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PERGUNTAS SOBRE PETRÓLEO


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1) Em que formações geológicas ocorrem jazidas de petróleo?

2) Que fatores determinam a presença de petróleo no subsolo?

3) Como as jazidas de petróleo são localizadas?

4) Qual é a etapa seguinte na pesquisa de petróleo?

5) A Petrobrás já pesquisou todo o território nacional?

6) No Brasil, quando começou a exploração petrolífera no mar?

7) Como é feita a perfuração de um poço em terra?

8) O que é lama de perfuração?

9) A lama ajuda a conhecer melhor o poço?

10) A perfuração de um poço sempre revela a presença de petróleo no subsolo?

11) E se for encontrado petróleo ou gás?

12) Como se realiza a perfuração no mar?


13) Quais são as principais características desses equipamentos?

14) A que profundidades são feitas as perfurações?

15) Como se classificam os poços, em terra e no mar?

16) Uma sonda em atividade reúne muitas pessoas?

17) A perfuração de um poço é feita sem parar?

18) O que determina a colocação de um campo para produzir?

19) Como se estabelece se o desenvolvimento de um campo de petróleo é viável ou não?

20) Como são classificadas as reservas?

21) Como um poço é colocado em produção?

22) Tem que haver pressão para o óleo subir?

23) Qual é o tempo de vida útil de um campo de petróleo?

24) Quanto se extrai, em média, das jazidas?


25) Como varia o fator de recuperação?

26) O que é gás natural?

27) Pode existir água no petróleo?

28) O que é feito do gás?

29) O gás seco é aproveitado?

30) Como se realiza a produção no mar?

31) É longo o caminho do óleo, do poço à refinaria?

32) Quantas refinarias tem a Petrobrás?

33) Existem refinarias particulares?

34) O que se entende por refino de petróleo?

35) Como se desenvolve o processo de refino?

36) O tipo do petróleo interfere na operação de refino?

37) Quais os principais produtos obtidos do petróleo?

38) Quais os rendimentos obtidos, em derivados, em relação ao petróleo processado?

39) Quais são os meios para transportar petróleo, seus derivados, álcool e gás natural?

40) Todos os navios utilizados pela Petrobrás são próprios?

41) Onde operam os navios?

42) Como são utilizados os oleodutos, polidutos e gasodutos?

43) Oleodutos e gasodutos são seguros?

44) O que é pesquisa tecnológica?

45) Quais os objetivos da pesquisa tecnológica na Petrobras?

46) Quais os benefícios da pesquisa tecnológica?

47) Que órgão da Petrobrás realiza pesquisas tecnológicas?

48) Quais os principais resultados da pesquisa na Petrobrás?

49) Quais são os principais projetos desenvolvidos pelo Cenpes?

50) Existem substitutos para o petróleo?

51) A Petrobrás desenvolve e produz alguma fonte alternativa de energia?

52) Que produtos são extraídos do xisto?

53) Como é a atuação da Petrobrás nas questões ligadas ao meio ambiente, qualidade e segurança industrial?

54) Como a Petrobrás contribui para a melhoria da qualidade do ar, especialmente nos grandes centros urbanos?

55) Que cuidados a Petrobrás dedica aos problemas ambientais em suas diversas áreas de atuação?

56)
E quanto às atividades no mar?


57) A Petrobrás apóia projetos ambientais de outras instituições?

58) O que é a Gestão pela Qualidade Total e quais as vantagens de a Petrobrás adotar este modelo de administração?

59) Quando se fala em Sistema Petrobrás, o que significa?




respostas
RESPOSTAS SOBRE PETRÓLEO


R1.: O petróleo é encontrado nas bacias sedimentares, depressões na superfície da terra preenchidas por sedimentos que se transformaram, em milhões de anos, em rochas sedimentares. Essas bacias cobrem vasta área do território brasileiro, em terra e no mar.



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R2.:
A existência de acumulações de petróleo depende das características e do arranjo de certos tipos de rochas sedimentares no subsolo. Basicamente, é preciso que existam rochas geradoras que contenham a matéria-prima que se transforma em petróleo e rochas-reservatório, ou seja, aquelas que possuem espaços vazios, chamados poros, capazes de armazenar o petróleo. Essas rochas são envolvidas em armadilhas chamadas trapas, compartimentos isolados no subsolo onde o petróleo se acumula e de onde não tem condições de escapar. A ausência de qualquer um desses elementos impossibilita a existência de uma acumulação petrolífera. Logo, a existência de uma bacia sedimentar não garante, por si só, a presença de jazidas de petróleo.




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R3.: A moderna exploração do petróleo utiliza um grande conjunto de métodos de investigação na procura das áreas onde essas condições básicas possam existir. Os diversos estágios da pesquisa petrolífera orientam-se pelos fundamentos de duas ciências: a Geologia, que estuda a origem, constituição e os diversos fenômenos que atuam por bilhões de anos na modificação da Terra, e a Geofísica, que estuda os fenômenos puramente físicos do planeta. Assim, a geologia de superfície analisa as características das rochas na superfície e pode ajudar a prever seu comportamento a grandes profundidades. Os métodos geofísicos, por sua vez, tentam, através de sofisticados instrumentos, fazer uma espécie de "radiografia" do subsolo, que traz valiosos dados e permite selecionar uma área que reúna condições favoráveis à existência de um campo petrolífero.



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R4.: Especialistas analisam o grande volume de informações gerado pelas etapas iniciais da pesquisa e a partir daí obtêm um razoável conhecimento sobre a espessura, constituição, profundidade e comportamento das camadas de rochas existentes numa bacia sedimentar, o que permite a escolha dos melhores locais para a perfuração. Porém tudo isso pode, no máximo, sugerir que certa área tem ou não possibilidades de conter petróleo, mas jamais garantir a sua presença. Esta somente será confirmada pela perfuração dos poços.



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R5.: Todas as bacias sedimentares brasileiras foram pesquisadas, em graus diferentes. A intensidade do esforço exploratório tem variado em função dos resultados obtidos. Em algumas bacias, houve descobertas logo na fase inicial de exploração, e o número de poços perfurados cresceu rapidamente. Em outras, esse sucesso não ocorreu, e o trabalho foi interrompido, só tendo sido retomado após o reestudo das informações e com o emprego de novas idéias ou métodos. Esta é a prática adotada por todas as grandes companhias de petróleo.





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R6.: A Petrobrás perfurou o primeiro poço marítimo em 1968, em frente ao Espírito Santo, e o segundo, no mesmo ano, no litoral de Sergipe, que resultou na descoberta do campo de Guaricema. A atividade nas bacias marítimas foi acelerada progressivamente desde então, em decorrência dos avanços tecnológicos e dos êxitos alcançados. Em 1974, foi descoberto petróleo na bacia de Campos, no litoral fluminense, que se tornou a mais importante província produtora do País.



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R7.: A perfuração em terra é feita através da sonda de perfuração, constituída de uma estrutura metálica de mais de 40 metros de altura (a torre) e de equipamentos especiais. A torre sustenta um tubo vertical, a coluna de perfuração, em cuja extremidade é colocada uma broca. Através de movimentos de rotação e de peso transmitidos pela coluna de perfuração à broca, as rochas são perfuradas.




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R8.: É um fluido especial, composto basicamente de uma mistura de argila, aditivos químicos e água, injetado no poço por meio de bombas, a fim de manter a pressão ideal para que as paredes do poço não desmoronem. A lama de perfuração serve, também, para lubrificar e resfriar a broca e deter a subida do gás e do petróleo, em caso de descoberta.




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R9.: Sim. Enquanto se processa a perfuração, todo o material triturado pela broca vem à superfície, em mistura com a lama. O geólogo examina os detritos contidos nesse material e, aos poucos, vai reunindo a história geológica das sucessivas camadas rochosas vencidas pela sonda. A análise desses dados pode dar a certeza de que a sonda encontrou petróleo e que a perfuração deve continuar ou, então, de que não há esperança de qualquer descoberta.



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R10.: Não, nem sempre. Apesar do grande progresso dos métodos de pesquisa, mais de 80% dos poços pioneiros não resultam, no Brasil e no mundo, em descobertas aproveitáveis. Quando um poço não revela a presença de petróleo, é tamponado com cimento e abandonado. Embora secos ou subcomerciais, esses poços podem fornecer indicadores e informações importantes para o prosseguimento das perfurações, porque permitem maiores conhecimentos sobre a área explorada.



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R11.: Na fase da pesquisa petrolífera denominada avaliação, determina-se se o poço contém petróleo em quantidades que justifiquem sua entrada em produção comercial. Para isso, são realizados testes de formação, para recuperação do fluido contido em intervalos selecionados; se os resultados forem promissores, executam-se os testes de produção, que podem estimar a produção diária de petróleo do poço.






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R12.: No mar, as atividades seguem etapas praticamente idênticas às de terra. As perfurações marítimas podem ser executadas através de plataformas fixas ou flutuantes e de navios-sonda.




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R13.: As plataformas mais comuns são de dois tipos: as semi-submersíveis, que se apóiam em flutuadores submarinos, cuja profundidade pode ser alterada através do bombeio de água para dentro ou fora dos tanques de lastro, permitindo que os flutuadores fiquem posicionados sempre abaixo da zona de ação das ondas, o que dá ao equipamento grande estabilidade. As plataformas auto-eleváveis se apóiam no fundo do mar por meio de três ou mais pernas com até 150 metros de comprimento, que se movimentam verticalmente através do casco. No local da perfuração, as pernas descem até o leito do mar e a plataforma é erguida, ficando a uma altura adequada, acima das ondas. Finda a perfuração, as pernas são suspensas, e a plataforma está pronta para ser rebocada. Já os navios-sonda parecem navios convencionais, mas possuem, no centro, uma torre e uma abertura pela qual é feita a perfuração.



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R14.: Em algumas partes do mundo, já foram feitas perfurações em lâminas d'água (distância da superfície ao fundo do mar) superiores a 2.000 metros e há projetos para dobrar esta marca. No litoral brasileiro, já houve perfurações em águas de 1.845 metros de profundidade.






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R15.: Os poços iniciais são chamados pioneiros e têm por objetivo testar áreas ainda não produtoras. Caso se realize uma descoberta com o pioneiro, são perfurados outros poços para estabelecer os limites do campo. São os chamados poços de delimitação ou extensão. Todos eles são, em conjunto, classificados como exploratórios. Se for confirmada a existência de área com volume comercialmente aproveitável de óleo, são perfurados os poços de desenvolvimento, através dos quais o campo é posto em produção. Em muitos casos, os poços pioneiros e os de delimitação também são aproveitados para produzir.




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R16.: Uma perfuração mobiliza numerosos equipamentos e dezenas de profissionais especializados, entre os quais se incluem eletricistas, mecânicos, sondadores, torristas, plataformistas, soldadores, sem falar na presença obrigatória de geólogos e engenheiros especializados.



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R17.: Desde o momento em que a perfuração é iniciada, o trabalho se processa sem interrupção e só termina quando atinge os objetivos predeterminados. O objetivo de um poço, em termos de perfuração, é traduzido na profundidade programada: 800, 2.000, 6.000 metros, etc. Isto requer trabalho árduo e vigília permanente. À medida que a broca avança, são acrescentados tubos em segmentos de dez metros. Em geral, uma broca tem vida útil de 40 horas. Para trocá-la, tem-se de retirar toda a tubulação em segmentos de três tubos e recolocá-los. É fácil imaginar o trabalho e o tempo que se leva se a perfuração estiver, por exemplo, a 4.000 metros de profundidade.





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R18.: O desenvolvimento de um campo, ou seja, sua preparação para produzir, só ocorre se for constatada a viabilidade técnico-econômica da descoberta, verificando-se se o volume de petróleo recuperável justifica os altos investimentos necessários à montagem de uma infra-estrutura para produção comercial.




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R19.: Através do dimensionamento das reservas. Determinam-se, primeiro, as quantidades de óleo e gás existentes na jazida (volume original provado), por meio do reconhecimento de fatores como sua extensão, espessura das camadas saturadas com óleo ou gás, quantidade de água associada, percentagem de gás dissolvido no óleo, porosidade da rocha, pressão, temperatura, etc. A seguir, é calculado o volume de hidrocarbonetos que pode ser recuperado, multiplicando-se o volume original provado por um fator de recuperação. As reservas são reavaliadas anualmente, e seu volume oscila em função de novas descobertas, das quantidades de petróleo extraídas a cada ano e dos avanços técnicos que permitem elevar o fator de recuperação dos fluidos existentes no interior da rocha-reservatório.



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R20.: As reservas se classificam em provadas, prováveis e possíveis. Reservas provadas são aquelas cuja existência é considerada de alta certeza; as prováveis são as de média certeza, enquanto as possíveis são de baixa certeza. Essas três classificações representam o petróleo explotável, ou seja, que pode ser extraído economicamente pelos processos existentes. Há ainda uma outra classificação, a de reservas não definidas, utilizada para identificar o óleo cujo aproveitamento depende de estudos mais aprofundados ou de tecnologia ainda não disponível.




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R21.: Quando um poço é produtor, inicia-se o estágio de completação: uma tubulação de aço, chamada coluna de revestimento, é introduzida no poço. Em torno dela é colocada uma camada de cimento, para impedir a penetração de fluidos indesejáveis e o desmoronamento de suas paredes. A operação seguinte é o canhoneio: um canhão especial desce pelo interior do revestimento e, acionado da superfície, provoca perfurações no aço e no cimento, abrindo furos nas zonas portadoras de óleo ou gás e permitindo o escoamento desses fluidos para o interior do poço. Outra tubulação, de menor diâmetro (coluna de produção), é introduzida no poço, para conduzir os fluidos até a superfície. Instala-se na boca do poço um conjunto de válvulas conhecido como árvore-de-natal, para controlar a produção.




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R22.: Na fase de produção, o óleo pode vir à superfície espontaneamente, impelido pela pressão interna dos gases. Nesses casos, temos os chamados poços surgentes. Quando isso não ocorre, é preciso usar equipamentos para promover a elevação artificial dos fluidos. O bombeio mecânico é feito por meio do cavalo-de-pau, montado na cabeça do poço, que aciona uma bomba colocada no seu interior. Existem ainda os bombeios hidráulico, centrífugo e a injeção de gás, com o mesmo objetivo.



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R23.: É de cerca de 30 anos. Nas operações de produção, o que se procura é extrair o petróleo da maneira mais racional possível, para que este período não se reduza.




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R24.: Retiram-se, em média, apenas 25% (fator de recuperação). Portanto, 75% do petróleo ficam retidos, esperando que surjam novas técnicas, capazes de aumentar a eficiência dos meios de extração.





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R25.: Ele varia segundo a natureza dos reservatórios (porosidade das rochas) e as características do petróleo (maior ou menor viscosidade). Pode-se aumentar o fator de recuperação com técnicas especiais, chamadas recuperação secundária e terciária. Elas consistem na injeção de água, gás, vapor ou substâncias especiais no interior do reservatório, para estimular a saída do petróleo. Utiliza-se também o método de combustão in situ, que provoca uma espécie de incêndio controlado nas profundezas do reservatório, conseguindo-se, assim, maior fluidez do óleo.




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R26.: É o gás existente nas jazidas. Algumas vezes, é produzido juntamente com o petróleo - é o chamado gás associado, comum nos poços da bacia de Campos. Há também o gás natural não-associado, existente em jazidas sem petróleo, como nos poços do campo de Juruá, na Amazônia.





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R27.: Sim. Ao sair do poço, o petróleo não vem só. Embora existam poços que só produzem gás, grande parte deles produz, ao mesmo tempo, gás, petróleo e água salgada. Isto prova que o óleo se concentra no subsolo, entre uma capa de gás e camadas de água na parte inferior. Depois de eliminada a água, em separadores, o petróleo é armazenado e segue para as refinarias ou terminais.





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R28.: O gás natural é submetido a um processo onde são retiradas partículas líquidas, que vão gerar o gás liquefeito de petróleo (GLP) ou gás de cozinha.





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R29.: Após processado, o gás é entregue para consumo industrial, inclusive na petroquímica. Parte deste gás é reinjetado nos poços, para estimular a produção de petróleo.





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R30.: Os sistemas de produção marítimos utilizam plataformas fixas especialmente construídas ou plataformas de perfuração, do tipo semi-submersível, adaptadas para produzir. A Petrobrás desenvolveu tecnologia própria para produção marítima, através dos sistemas flutuantes de produção, largamente utilizados na bacia de Campos. Os êxitos sucessivos obtidos na concepção e operação desses sistemas colocaram a Companhia na vanguarda mundial da produção de petróleo em águas profundas, onde o Brasil vem obtendo sucessivos recordes tecnológicos, destacando-se o de produção em maior lâmina d'água do mundo.






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R31.: Sim. Entre a descoberta de uma jazida e o início da produção são mobilizados centenas de profissionais e aplicados bilhões de reais para montar uma complexa infra-estrutura que permita a extração do petróleo e seu escoamento até as refinarias. São necessários enormes investimentos para a construção de plataformas de produção marítima, oleodutos, gasodutos, estações coletoras de petróleo, instalações de tratamento e terminais petrolíferos.





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R32.: A Petrobrás possui dez refinarias e uma fábrica de lubrificantes. São elas:

1. Refinaria Landulpho Alves (Rlam) - Mataripe, Bahia

2. Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) - Cubatão, São Paulo

3. Refinaria Duque de Caxias (Reduc) - Campos Elíseos, Rio de Janeiro

4. Refinaria Gabriel Passos (Regap) - Betim, Minas Gerais

5. Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) - Canoas, Rio Grande do Sul

6. Refinaria de Paulínia (Replan) - Paulínia, São Paulo

7. Refinaria de Manaus (Reman) - Manaus, Amazonas

8. Refinaria de Capuava (Recap) - Mauá, São Paulo

9. Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) - Araucária, Paraná

10. Refinaria Henrique Lage (Revap) - São José dos Campos, São Paulo

11. Fábrica de Asfalto de Fortaleza (Asfor) - Fortaleza, Ceará

As unidades industriais da Petrobrás se completam com duas fábricas de fertilizantes nitrogenados (Fafen), localizadas em Laranjeiras (Sergipe), e em Camagari (Bahia).






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R33.: Sim. Ao ser criada a Petrobrás, o governo manteve as autorizações concedidas a grupos privados. Esta é a razão da existência das refinarias Ipiranga, no Rio Grande do Sul, e Manguinhos, no Rio de Janeiro, ambas de pequeno porte.





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R34.: O refino é constituído por uma série de operações de beneficiamento às quais o petróleo bruto é submetido para a obtenção de produtos específicos. Refinar petróleo, portanto, é separar as frações desejadas, processá-las e transformá-las em produtos vendáveis.






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R35.: A primeira etapa do processo de refino é a destilação primária. Nela, são extraídas do petróleo as principais frações, que dão origem à gasolina, óleo diesel, nafta, solventes e querosenes (de iluminação e de aviação), além de parte do GLP (gás de cozinha). Em seguida, o resíduo da destilação primária é processado na destilação a vácuo, na qual é extraída do petróleo mais uma parcela de diesel, além de frações de um produto pesado chamado gasóleo, destinado à produção de lubrificantes ou a processos mais sofisticados, como o craqueamento catalítico, onde o gasóleo é transformado em GLP, gasolina e óleo diesel. O resíduo da destilação a vácuo pode ser usado como asfalto ou na produção de óleo combustível. Uma série de outras unidades de processo transformam frações pesadas do petróleo em produtos mais leves e colocam as frações destiladas nas especificações para consumo.






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R36.: O petróleo, em estado natural, é uma mistura de hidrocarbonetos - compostos formados por átomos de carbono e hidrogênio. Além desses hidrocarbonetos, o petróleo contém, em proporções bem menores, compostos oxigenados, nitrogenados, sulfurados e metais pesados. Todos esses elementos combinam-se de forma infinitamente variável. Conhecer a qualidade do petróleo a destilar é fundamental para as operações de refinação, pois sua composição e aspecto variam segundo a formação geológica do terreno de onde o petróleo foi extraído e a natureza da matéria orgânica que lhe deu origem. Assim, há petróleos leves, que dão elevado rendimento em nafta e óleo diesel; petróleos pesados, que têm alto rendimento em óleo combustível; petróleos com alto ou baixo teor de enxofre, etc. O conhecimento prévio dessas características facilita a operação de refino.






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R37.: A Petrobrás produz, em suas refinarias, mais de 80 produtos diferentes.







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R38.: Estes rendimentos dependem do tipo do petróleo e da complexidade da refinaria. No caso das refinarias da Petrobrás, a produção média é a seguinte:

Aproveitamento de um barril de petróleo

Derivados %
GLP 8,75
Gasolinas (automotivas e aviação) 21,31
Nafta 8,96
Querosenes (iluminação e aviação) 4,36
Óleo diesel 34,83
Óleos combustíveis 16,85
Outros 4,94

Derivados e sua utilização

Produto Utilização
Gás ácido - Produção de enxofre
Eteno - Petroquímica
Dióxido de carbono - Fluido refrigerante
Propanos especiais - Fluido refrigerante
Propeno - Petroquímica
Butanos especiais - Propelentes
Gás liquefeito de petróleo - Combustível doméstico
Gasolinas - Combustível automotivo
Naftas - Solventes
Naftas para petroquímica - Petroquímica
Aguarrás mineral - Solventes
Solventes de borracha - Solventes
Hexano comercial - Petroquímica, extração de óleos
Solventes diversos - Solventes
Benzeno - Petroquímica
Tolueno - Petroquímica, solventes
Xilenos - Petroquímica, solventes
Querosene de iluminação - Iluminação e combustível doméstico
Querosene de aviação - Combustível para aviões
Óleo diesel - Combustível para ônibus, caminhões, etc.
Lubrificantes básicos - Lubrificantes de máquinas e motores em geral
Parafinas - Fabricação de velas, indústria de alimentos
Óleos combustíveis - Combustíveis industriais
Resíduo aromático - Produção de negro de fumo
Extrato aromático - Óleo extensor de borracha e plastificante
Óleos especiais - Usos variados
Asfaltos - Pavimentação
Coque - Indústria de produção de alumínio
Enxofre - Produção de ácido sulfúrico
n-Parafinas - Produção de detergentes biodegradáveis




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R39.: Petróleo, derivados e álcool podem ser transportados por navios ou dutos. Os navios, operados pela Frota Nacional de Petroleiros (Fronape), unidade da Petrobras, são utilizados no transporte de petróleo e seus derivados do exterior para os terminais marítimos brasileiros, e do Brasil para o exterior. A Fronape efetua, também, o transporte de cabotagem de petróleo, seus derivados e álcool ao longo da costa brasileira. Os dutos são classificados em oleodutos (transporte de líquidos) e gasodutos (transporte de gases) e em terrestres (construídos em terra) ou submarinos (construídos no fundo do mar). Os oleodutos que transportam derivados e álcool são também chamados de polidutos. Outras modalidades de transporte, como o rodoviário e o ferroviário, são ocasionalmente empregadas para a transferência de petróleo e derivados.





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R40.: Nem todos. A Petrobrás dispõe de navios especializados para o transporte de petróleo, derivados e álcool, assim como de navios mínero-petroleiros (que levam minério e trazem petróleo) e outros destinados ao transporte de produtos químicos. A capacidade própria de transporte é complementada com navios afretados de terceiros, mediante o pagamento de um aluguel ou frete por carga transportada.





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R41.: As operações de carga e descarga dos navios são feitas em terminais marítimos, que dispõem de facilidades para atracação e sistemas de tubulações e bombas para a transferência da carga transportada, bem como de tanques para seu armazenamento. A Petrobrás possui terminais para petróleo, derivados e álcool, cujas sedes estão localizadas nas cidades de São Francisco do Sul (SC), São Paulo (SP), Duque de Caxias (RJ), Ipojuca (PE) e na Ilha de Madre de Deus (BA). Nas operações de cabotagem, os navios também descarregam nos portos que possuem instalações especializadas para este fim.





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R42.: Dos campos de produção terrestres e marítimos o petróleo é transportado por oleodutos para as refinarias. Quando importado, ele é descarregado nos terminais marítimos e transferido para as refinarias, também através de oleodutos. Depois de processado nas refinarias, seus derivados são transportados para os grandes centros consumidores e para os terminais marítimos, onde são embarcados para distribuição em todo o País. O gás natural, por sua vez, é transferido dos campos de produção para as plantas de gasolina natural, de onde, depois de processado para a retirada das frações pesadas, é enviado aos grandes consumidores industriais e à rede de distribuição domiciliar. A Petrobrás dispõe de extensa rede de oleodutos, gasodutos e polidutos que interligam campos petrolíferos, terminais marítimos e terrestres, bases de distribuição, fábricas e aeroportos.





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R43.: Os oleodutos, gasodutos e polidutos são o meio mais seguro e econômico para transportar grandes volumes de petróleo, derivados e gás natural a grandes distâncias. Além disso, o sistema permite a retirada de circulação de centenas de caminhões, economizando combustível e reduzindo o tráfego de veículos pesados nas rodovias. Resultado: melhora-se a circulação, preservam-se as estradas e diminui a emissão de gases tóxicos.




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R44.: Pesquisa centífico-tecnológica é a procura sistemática e planejada de novos conhecimentos e de novos métodos para a produção de bens de consumo e serviços.






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R45.: São eles: 1) racionalizar e aperfeiçoar os trabalhos de exploração, lavra, industrialização, transporte e distribuição de petróleo, seus derivados, gases naturais e raros, xisto e seus derivados; 2) diminuir o dispêndio cambial da indústria brasileira de petróleo e petroquímica, possibilitando a substituição de matérias-primas importadas e dos serviços técnicos contratados no exterior por equivalentes nacionais; 3) contribuir para a criação e o desenvolvimento de novos processos, produtos, equipamentos e métodos de interesse da indústria do petróleo e petroquímica adequados às condições brasileiras; 4) incentivar a inovação e o aperfeiçoamento dos métodos de expansão e organização do conhecimento científico e tecnológico.





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R46.: Com equipamentos, instalações, conhecimentos científicos e, sobretudo, com a perseverança e o talento do pesquisador, é possível gerar benefícios à sociedade sob a forma de maior variedade de bens de consumo, produtos mais baratos e de melhor qualidade.





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R47.: O Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo A. Miguez de Mello (Cenpes), cujos laboratórios estão localizados no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como órgão coordenador e executor das atividades de pesquisa, desenvolvimento e engenharia básica da Petrobras, o Cenpes tem contribuído, dentro do esforço global da Companhia, para o domínio das tecnologias utilizadas em suas operações e para sua adaptação à realidade brasileira. Essa atuação tem crescido nos últimos anos, devido aos grandes desafios que se apresentam na exploração, produção e refino dos petróleos nacionais, acrescidos da constante preocupação com a proteção ao meio ambiente e com a manutenção dos níveis de qualidade.





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R48.: Ao longo de quase 30 anos, as atividades do Cenpes apresentaram reflexos econômicos importantes, inclusive no balanço de pagamentos do País, em função da economia de divisas com assistência técnica, compra de projetos e pagamento de royalties. Importante também é a utilização de matérias-primas, equipamentos e materiais fabricados no País e o incentivo à capacitação tecnológica de empresas brasileiras de equipamentos e prestação de consultoria técnica.





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R49.: O Cenpes coordena três projetos estratégicos, que estão entre as prioridades tecnológicas da Petrobrás: o de Inovação Tecnológica e Desenvolvimento Avançado em Águas Profundas e Ultraprofundas, o de Recuperação Avançada de Petróleo e o de Desenvolvimento de Tecnologias Estratégicas de Refino. Entre os programas tecnológicos conduzidos pelo Cenpes, destaca-se o Programa de Tecnologia Offshore, com o objetivo de otimizar os custos nas atividades de exploração, perfuração e produção no mar. O Cenpes desenvolve também projetos em parceria com outras empresas petrolíferas e centros de pesquisa e desenvolvimento no exterior.





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R50.: Sim. O homem conhece e utiliza outras fontes de energia, como a hidrelétrica e a nuclear. Existem também as chamadas energias alternativas, que têm baixo custo ambiental, como a energia solar, a energia eólica (dos ventos) e a produzida por óleos vegetais, por exemplo. Entre essas energias alternativas, encontra-se o álcool anidro, que, no Brasil, tem sido utilizado com sucesso como combustível automotivo e matéria-prima para obtenção de produtos tradicionalmente produzidos a partir de petróleo. O uso do álcool foi uma resposta brasileira à crescente necessidade de substituição do petróleo.





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R51.: Sim. Além de colaborar na distribuição de álcool anidro, a Petrobras produz também óleo de xisto, semelhante ao petróleo. O Brasil possui a segunda maior reserva de xisto do mundo.




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R52.: O Brasil detém a patente internacional do único processo moderno, em operação comercial, para extração do óleo de xisto - o processo Petrosix. Em 1972, a Petrobrás colocou em operação em São Mateus do Sul, Paraná, a Usina Protótipo do Irati, para provar a possibilidade de operar o Petrosix em escala comercial, testar e desenvolver novos equipamentos, levantar dados básicos para o projeto da usina industrial e desenvolver tecnologia de proteção ambiental. O Módulo Industrial, que entrou em operação em 1991, produz óleo combustível, nafta industrial, enxofre, gás combustível e GLP (gás de cozinha).





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R53.: A Petrobrás adota uma política baseada em responsabilidade, prioridade e prevenção, com ênfase na adoção de atitudes pró-ativas, na transparência de suas ações e na execução de programas que promovam a integração e o bom relacionamento com as comunidades. Para isso, a Companhia desenvolve diversos projetos de melhoria operacional, que visam reduzir os impactos ambientais decorrentes de suas atividades, para preservar o meio ambiente, respeitando as comunidades e a natureza, além de atender às crescentes expectativas da sociedade com produtos de qualidade cada vez melhor.






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R54.: Entre outras iniciativas, a Petrobrás eliminou, em 1989, a adição de chumbo tetraetila à gasolina, contribuindo de maneira decisiva para a melhoria da qualidade do ar. Brasil e Japão foram os primeiros países do mundo a eliminar o chumbo da gasolina. Em 1992, a Petrobras lançou o diesel metropolitano para uso nos grandes centros urbanos, onde os níveis de poluição do ar são mais acentuados. Com apenas a metade do teor de enxofre do diesel usado para outras finalidades, esse produto reduz o volume de dióxido de enxofre lançado no ar das grandes cidades brasileiras.






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R55.: Nas fases de perfuração e produção, os cuidados maiores são com o lançamento de efluentes e resíduos sólidos, além da prevenção e do controle de acidentes nos poços. No transporte de petróleo e derivados, a preocupação da Companhia é dirigida para a adoção de medidas preventivas e de controle, para evitar derrames de óleo. Nas refinarias, a Petrobrás tem desenvolvido e implantado sistemas de tratamento para todos os efluentes potencialmente poluidores: chaminés, filtros e outros dispositivos e instalações que evitam a emissão de gases, vapores e poeiras tóxicas para a atmosfera. Os despejos líquidos são tratados por processos físico-químicos e biológicos antes de serem lançados nos rios ou no mar. Os resíduos sólidos são reciclados para utilização própria ou venda a terceiros. Os não reciclados são tratados em unidades de recuperação de óleo e de biodegradação natural, onde microorganismos do solo degradam os resíduos sólidos. Outros resíduos sólidos são enclausurados em aterros industriais constantemente controlados e monitorados.






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R56.: O respeito ao meio ambiente marinho, de onde provém 75% da produção brasileira de petróleo, tem levado a Petrobrás a intensificar os programas de treinamento para os empregados que trabalham nas atividades que interferem com esse sistema. Como uma das conseqüências, a Fronape, desde 1992, vem registrando uma acentuada redução de ocorrências que resultam em poluição do mar. A Petrobrás mantém centros de Prevenção, Controle e Combate à Poluição do Mar por Óleo em todos os terminais marítimos. Estes centros treinam empregados da Petrobras e de outras entidades para dar combate imediato e especializado a vazamentos acidentais de petróleo ou derivados.






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R57.: Sim. Na área de educação ambiental, a Petrobrás patrocina os projetos Brigada Mirim Ecológica, em Angra dos Reis (RJ), Cetáceos, no litoral fluminense, e Baleia Jubarte, no arquipélago de Abrolhos (BA). A Companhia também apóia projetos do Ibama, como o de preservação do Parque Nacional de Monte Pascoal e o projeto Tamar, de proteção das tartarugas marinhas. Considerada uma das mais importantes patrocinadoras do País, a Petrobras também apóia projetos culturais, esportivos e sociais.






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R58.: É uma filosofia de gestão que tem por objetivo engajar todos os empregados na busca permanente de níveis mais elevados de eficiência e produtividade. Esses princípios podem ser resumidos em satisfação dos clientes, respeito à sociedade, satisfação dos acionistas e valorização dos empregados.






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R59.: Além das atividades da Holding, o Sistema Petrobrás inclui cinco subsidiarias - empresas independentes com diretorias próprias, interligadas a Sede. São elas: Petrobrás Química S.A (Petroquisa), que atua na indústria petroquímica; Petrobrás Distribuidora S.A. - BR , na distribuição de derivados de petroleo; Petrobrás Internacional S.A. - Braspetro , nas atividades de exploração e produção e na prestação de serviços técnicos e administrativos no exterior; Petrobrás Gas S.A. - Gaspetro, responsável pelo Gasoduto Bolívia-Brasil e a Petrobrás Transporte S.A. - Transpetro, criada para executar as atividades de transporte marítimo da Companhia.


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