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GUERRA E PAZ
E de repente, o Universo despiu-se de suas vaidades;
e de forma inesperada - como num sonho inesquecível -
os olhares e os gestos tornaram-se confiantes;
e ninguém mais, temeu os juízos maldosos,
os preconceitos mundanos, as agressões e os risos debochados...
Todos os homens, mulheres
e crianças puderam encontrar-se
livremente, com suas diferenças;
com suas cores, seus credos e suas bandeiras...
O povo todo conjugou-se no amor;
e já não mais, imperavam as armas e a violência.
A loucura das guerras com os seus deuses de pedra,
estava banida, para sempre, da Terra...
E de repente, a paz deixou de ser fantasia...
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SUAS LÁGRIMAS
E suas lágrimas refrescaram a terra...
Lágrimas-de-anjo,
lágrimas-de-moça,
lágrimas-de-Santa-Maria...
Suas lágrimas de inocente alegria,
vertidas de modo tão puro;
e a ternura
de um santo momento,
que ficou para sempre,
nos rastros do tempo...
Suas lágrimas,
suas sentidas lágrimas...
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ECLESIASTES - 2.3.
Sim, a verdade é milenar:
há um tempo oportuno para cada acontecimento...
O tempo de nascer,
o tempo de plantar,
o tempo de construir
e o tempo de se alegrar...
O tempo de dançar,
o tempo de correr,
o tempo de procurar
e o tempo de ouvir...
O tempo de amar,
o tempo de perder,
o tempo de se indignar
e o tempo de lutar...
Em busca da paz e da justiça,
no grande palco deste mundo!
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VIDRAÇA DA JANELA
Vidraça...
Lá fora a chuva:
chuvinha triste
e persistente...
Agora se vê o ontem,
que se foi,
deixando saüdades...
Saudades das alegres brincadeiras
do mundo da infância,
tão cheio de encantamentos...
Saudades dos paternos carinhos,
guardados na imensidão do tempo,
para que sejam lembrados
eternamente!
Vidraça...
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O ATO DE AMAR
Breves espaços de tempo,
que surgem
e se estendem,
mesclando-se
com a eternidade...
Voláteis instantes,
quando um segundo, apenas,
é o bastante...
Um olhar,
um sorriso,
um leve aceno;
e todo o tempo do mundo,
no compasso do amor maior...
Um segundo apenas!
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A VISÃO DESTA MANHÃ
A visão
desta manhã, cheia de sol:
marcas na areia,
presença do homem,
presença do mar,
presença do céu,
liberdade de formas
e movimentos...
Plenitude de expressão,
ressoando
até os confins do Universo!
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LIBERDADE
Liberdade!
Palavras e gestos;
feitos heróicos
e todas as lutas,
em defesa da justiça...
Liberdade!
Tradicionais templos,
o homem,
suas relíquias
e suas verdades...
Liberdade!
A canção de todos os tempos da existência;
as idéias dos gênios
e a vida dadivosa de todos os santos...
Liberdade!
Amor sem limites,
vôo de pássaro
no espaço infinito!
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PELA VIDA
Sem dúvida, seguiremos - sempre juntos - a nossa estrada...
Mesmas paisagens,
mesmos acontecimentos,
mesmos encantos e ares,
mesmas esperanças...
Sem dúvida, juntos, a seguiremos;
ainda que com trajes diferentes,
os mesmos sorrisos,
os mesmos perfumes
e as mesmas carícias...
Entre risos e esperanças nunca perdidas -
e sim transfiguradas -
seguiremos repetindo com alegria,
os mesmos ritos e as mesmas dádivas,
sob o mesmo céu azul...
E veremos os vôos dos pássaros,
cada vez mais largos,
no processo infinito e radiante da criação!
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NOITES & DIAS
Entre noites e dias - ao fugir das
incertezas - vagam nossos pensamentos,
revendo e percorrendo caminhos...
Entre visões e sonhos,
intensa esperança
e indescritível alegria,
extasiando-nos a beleza multiforme
da vida...
Em cada cor,
em cada flor,
e em cada pássaro, na imensidão dos céus,
a revelação, gradativa
e infinita, da amorosa e divina
composição do Universo!
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O TEMPO QUE PASSOU
Não!
O tempo que Deus te deu não voou,
e nem se perdeu no infindável espaço
dos milênios...
Palavras amigas e amorosas -
é certo -
marcaram e deixaram saudades...
A flor que recebeste,
certo dia,
era só perfume...
E ainda hoje, com incrível fragrância,
revolve os teus pensamentos,
amorosamente...
Nem tudo voou
e nem tudo se perdeu, na imensidão do tempo!
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O PÁSSARO
Azulado é o céu nesta manhã;
e viver é como o viver do pássaro,
que nele voa e
vibra
com o vento
em suas asas...
Viver é como o viver do pássaro,
que passa
e lá se vai bem alto...
Viver é como o viver do homem
e da mulher,
de mãos amorosamente, dadas...
É como o viver daqueles que lutam,
que vencem ou perdem;
e que prosseguem,
com fadigas e esperanças,
os seus caminhos...
Daqueles que choram e desacreditam;
que insistem
e tornam a acreditar...
Daqueles que em sua trajetória
de fracassos e triunfos,
tentam com dignidade,
chegar à última estação do percurso...
Azulado é o céu nesta manhã;
e lá se vai o pássaro, com liberdade,
prosseguindo no seu vôo!
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VENTOS QUE SOPRAM
Ventos que sopram
do leste,
do oeste,
do norte
e do sul...
Alguém que chegou,
alguém que partiu,
deixando saudade,
saudade enorme...
A presença constante
e querida,
deixou marcas profundas,
restando o tempo -
o tempo contado
para recordar...
Alguém que chegou,
alguém que partiu!
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VESTAL
Ó vestal, bela e serena,
das eras passadas do romano templo,
anseio por algum sinal que possa,
dar-me de ti a mais sincera imagem...
Procuro em ti o decantado traço,
que te fez eterna musa
dos poetas...
Procuro em ti, quem sabe,
a grandeza do teu porte,
e o mistério envolvente
do teu semblante -
marcados que foram
para sempre -
nas rotas do tempo!
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A ANGÚSTIA DO AMIGO
O mar está agitado amigo:
o barco joga bastante,
causando-nos apreensão...
Anos de lutas que se foram -
duras lutas - como pedras -,
irrealizações frustrantes
e um peso de mil anos sobre as costas...
E pensar na família
e na partilha -
na esperada partilha que não houve;
e nas muitas lágrimas
e tristezas,
que se espalharam pelos caminhos...
E se nada deu certo
é porque, na verdade,
o tempo novo não veio...
Mas esse mar há de acalmar-se;
e haverá finalmente,
um porto seguro,
cheio de sol e alegria...
E haverá mais consciência,
mais luz,
mais partilha
e muito mais amor!
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MENINOS DE RUA
Um dia, no mundo de outrora,
a inocência floresceu
e perfumou
as ruas da cidade...
Os dias de sol,
os dias de chuva,
as noites de lua,
os céus de estrelas,
as brincadeiras alegres
e as travessuras...
Um dia,
quase que de repente
- pela indiferença dos homens
e dos tempos -,
os pobres meninos de rua,
quais estrelas cadentes,
despencaram-se,
rumo à abissal
inconsciência do mundo!
E os dias de sol,
as noites de lua
e os céus de estrelas?
Teriam sido apenas,
belos sonhos...
Belos sonhos de um saudoso visionário?
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PROPÓSITO
Não foi sem propósito,
desafiar os mitos e os fantasmas,
que, no templo sagrado da Terra,
ameaçam o homem...
Foi santa ousadia,
abalar a fortaleza
desses deuses de pedra,
que teimam em habitar o mundo...
Ousar, não foi
e não será sem propósito...
Na antevisão, cada vez maior,
de mais liberdade,
mais partilha
e mais amor!
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VISÃO DO MAR
O céu,
o mar,
o barco,
a vela,
o homem
e o seu destino...
O timoneiro -
velho e bravo marinheiro -,
na esperança de novos dias,
sob as estrelas incontáveis,
que lhe enfeitam as noites,
aventura-se
na imensidão dos oceanos...
Velho homem,
antigas rotas,
na busca de sábios costumes,
na expectativa de um novo porto
e na esperança de novos dias!
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LÁ PARA TRÁS
E lá para trás,
ficaram as pessoas e as coisas,
que embalaram e envolveram
a criança,
que um dia se foi para bem longe,
cheia de saudades...
A casa grande,
a juventude e a alegria dos pais,
as palmeiras da praça,
a igreja e seus fiéis,
a grama verde
e o perfume de um imenso jardim...
E tudo isso, sob a esplendência
inesquecível
do infinito azul do céu...
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O ADVOGADO
Longos corredores,
salas,
ante-salas,
prazos,
contestações,
recursos
e arrazoados...
Andar lento ou apressado,
meditado,
na expectativa da sentença favorável;
temor do fracasso,
nomes e mais nomes,
artigos,
parágrafos
e dispositivos...
Longos corredores;
processos e mais processos,
a lei e o fato,
ânimo,
desânimo,
motivação
e vigor para novas lutas...
O Direito,
a Justiça,
a luta às vezes quixotesca,
mas necessária;
composição dos conflitos,
alegrias,
tristezas
e tremenda obsessão pela liberdade!
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AQUELE QUE PASSA
Venha companheiro,
deixe a tristeza de lado
e venha comigo...
Ali, logo ali,
depois da primeira esquina,
outros ventos,
outra visão,
gente nova,
gente verdadeira,
de conversa boa e amiga...
Venha companheiro,
deixe a tristeza de lado;
e vamos colher logo ali,
lírios de dois mil anos,
cultivados pelos poetas,
nos caminhos do tempo...
E vamos ver que, nem Salomão
- com todo o seu poder real -,
pôde vestir-se como um deles!
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HOJE É DOMINGO
Hoje é domingo;
e é dia de ver-se cada qual,
na mais profunda e misteriosa dimensão de si...
E se hoje é domingo, é também, dia
de reencontro,
para escutar a bondosa palavra
de Deus, nosso Pai...
Hoje é domingo e é dia de tirar
a venda dos olhos,
e de humildemente, pedir perdão
por nossas faltas...
E se hoje é domingo, é dia de sinos
que ressoam;
é também, dia de alegre silêncio,
longe da agitação do nosso mundo...
Hoje é domingo
e dia de voltar-se cada qual, para a
doce ternura de Jesus;
é dia de paz
e de união...
E se hoje é domingo, é também,
dia de descanso...
É dia do homem
e do seu caminhar, cujos passos,
longe da mundana vaidade,
ressoam na imensidão dos tempos...
E portanto, se hoje é domingo, é dia
do Criador e de todas as criaturas;
é dia de muita esperança,
de muita fé,
de muito amor,
de muito sol
e de muita luz...
Graças pois, ao bom Deus,
porque hoje é domingo!
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SEJAM ENTOADAS AS MAIS BELAS CANÇÕES
Pelos passos que foram dados e
por todos os reinos que foram construídos;
pelos anseios que tivemos
e por tudo aquilo que vivemos,
sejam entoadas as mais belas canções do mundo...
Pelas muralhas do castelo
e por todas as estrelas do céu;
pelos caminhos floridos
e por toda a esperança existente,
sejam entoadas as mais belas canções do mundo...
Pelas coisas transitórias
e por todos os momentos eternos;
por todos os sorrisos encantados
e por todas as vaidades dissipadas,
sejam entoadas as mais belas canções do mundo...
Pelos momentos de alegria
e por todos os dias da existência;
por toda a nossa história
e pelas lembranças do passado,
sejam entoadas as mais belas canções do mundo...
Pelos sentimentos verdadeiros
e por todo o nosso caminhar;
por todas as juras de amor
e por todo o encanto da sedução,
sejam entoadas as mais belas canções do mundo...
Pelos sinos das catedrais
e por suas mensagens de amor;
por todos os domingos de sol
e por todos os jardins das cidades,
sejam entoadas as mais belas canções do mundo...
E finalmente,
pelas flores mais lindas
e por todo o tempo em que vicejem;
por todo o precioso tempo da vida,
que vale viver sem queixas e amarguras,
sejam entoadas as mais belas canções do mundo!
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 |
UM DIA QUE SE FOI
O passado é passado;
nada de reminiscências,
nada de coisas que se foram
e se perderam,
em percursos insondáveis...
Nós e nossas incertezas:
nossos sonhos apenas mal sonhados;
nossos diferentes caminhos,
que certo dia se cruzaram,
simplesmente...
Nossos retratos e
nossas parcelas do passado;
nosso encontro
que aconteceu um dia,
no tempo que agora é só
recordação...
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O TEMPO DOS DESAMPARADOS
Qual o sentido das desamparadas
horas,
quando a gente sofrida,
mal querida,
andante e esquecida,
vagueia pelas ruas do mundo?
O tempo dos pobres é o tempo
que sobra
da vida apressada,
abafada
e descompassada;
da angustiante vida
que vaza, lentamente, para as profundezas
do Universo...
O tempo dos pobres é o tempo
sem qualquer sentido,
onde se agigantam as vaidades do mundo,
e definham as justas partilhas!
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LEMBRANÇAS
Lembranças... Que lembranças!
Dos bondes que, no passado, circularam,
levando e trazendo neste Rio de Janeiro,
a gente alegre e espirituosa que existia...
A cidade inteira era sol,
era verde majestoso,
era mar,
era perfume...
Era a elegância da mulher e
a polida sedução cavalheiresca...
E do nascente ao poente
era música que ressoava,
maviosamente...
Era a Cidade Maravilhosa dos Mil Encantos,
sempre florida,
para receber os eternos namorados...
Saudades desse Rio de Janeiro
- que saudades!
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COISAS QUE PASSAM
Há pouco ventou por aqui;
e lá se foi alguma tristeza,
que era só transtorno...
Algumas antigas lembranças
que envolviam sentimentos,
nem sempre bons...
Lembranças de alguns
e talvez, pequenos desencontros;
que deixaram certamente,
suas marcas...
Há pouco ventou por aqui...
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A CHEGADA
Estrada de Ferro Leopoldina – ponto final...
A noite era de verão;
a estação, a da velha Leopoldina Railroad;
o mês, o de fevereiro;
e o lugar, o Rio dos Mil Encantos -
o nosso Rio de Janeiro!
E porque era verão,
o suor afluía intensamente...
O caminho era o da Tijuca;
a rua, a Hadock Lobo;
e o destino, uma das pensões,
dentre as muitas que existiam
na cidade...
O seu dono - alegre e amável -
acolhia os recém-chegados,
sorrindo e dizendo:
"gosto de receber os mineiros
e de me lembrar das Alterosas"!
E meus pais - também sorridentes - eram só agradecimentos,
naquele tão distante e saudoso ano de
1943!
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 |
O POETAR MINEIRO
O poetar mineiro tem o formato das
suas iluminadas montanhas,
tem o azul do céu sempre presente,
tem a majestade das folhas verdejantes;
e a imorredoura lembrança
dos seus heróis Inconfidentes...
O poetar mineiro é certamente bem caboclo,
trazendo em si o gosto da terra
e a virtude persistente da paciência,
na esperança, sempre renovada,
de fartas e desejadas colheitas...
O poetar mineiro tem a marca das ruas
e do casario da antiga Vila Rica;
e dos braços dos homens,
que um dia nela, mourejaram,
deixando ali, impressos para sempre,
os sinais de suas mais belas
linhagens...
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 |
O TEMPO E A BALANÇA
Assim como chegou o barqueiro, certo dia,
trazendo além da vida, muitas novidades;
certo dia, também, partiu -
depois de bem pesar todas as peças carregadas...
Ao fim do seu trabalho,lá se foi ele,
contente com o lucro da jornada;
e daqueles que sorriram no momento da chegada,
nem todos puderam chorar na hora da partida...
Entretanto, para consolo do mundo, não só aquela,
mas outras barcas, também, se seguiriam
para alcançar outras vezes, o mesmo porto,
na repetição esperada dos seus ritos!
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 |
E DEPOIS?
- O que se passa?
- O que se passa, não sei;
mas passam patinhos,
vaquinhas e até um burrinho.
E voam, felizes, os passarinhos...
- E depois;
o que se passará depois?
- Certamente, os anos da vida passarão;
e assim também, o louco tempo perdido,
com as suas horas de desenganos
e talvez, de arrependimentos...
- E depois;
o que se passará depois?
- Quem sabe, uma certa mosca errante,
em vôos mirabolantes,
fazendo de si um espetáculo,
que ninguém irá entender...
- E depois;
o que se passará depois?
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DEPOIS DO TEMPORAL
Passados os ventos e as chuvas,
sob o sol,
um ar diferente ganhou as ruas,
ainda sinuosas como eram antes;
porém as casas já não eram mais
as mesmas,
nem as pessoas,
nem os cães vagabundos...
Depois do temporal, um outro tempo
não mais nosso;
e que silente,
nada mais nos dizia...
E os nossos sonhos;
e os nossos risos,
que fim tiveram?
Restaram talvez,
algumas lembranças;
e quem sabe, umas poucas sobras
de esperança!
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CARNAVAL DA MANGUEIRA
Mais um carnaval que passou;
e na lembrança, a nossa adorável escola de samba
- a nossa mais amada e carioca das escolas de samba - a Mangueira - exibindo toda a sua beleza...
Sem a Mangueira,
a vida perderia em graça,
o batuque do samba não ressoaria;
e os desfiles de carnaval não teriam grandeza...
Se os seus passos são cheios de vida,
que sejam pois, eternos os seus desfiles,
querida Mangueira!
E que sejam exaltados para sempre,
todos os seus passistas
e a harmonia de suas alas;
sua esplêndida bateria,
e suas belas porta-bandeiras!
Mais um carnaval que passou,
deixando saudades...
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O PALAVRÃO
Um murro na mesa,
uma xícara quebrada,
um palavrão!
E após...
Uma lágrima derramada
sobre a toalha de linho
– de alvo linho...
Cabeças baixas;
e a lembrança das palavras que foram,
há pouco,
motivos de tanta diferença...
|
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CASAS ANTIGAS
Casas antigas,
de muros altos e paredes de pedra;
telhados descorados
e pinturas marcadas pelo tempo...
Ecos do passado,
com a história de cada um,
em seus menores detalhes...
De gente que amou,
sorriu,
sofreu certamente,
e seguiu o seu caminho pela vida...
|
QUANDO O MUNDO ERA SÓ SILÊNCIO
Quando o mundo era só silêncio;
Quando nada parecia existir - nem o tempo e nem o espaço...
E vagávamos por aí, em outras dimensões,
não antevíamos nem a beleza, nem os sentimentos
que depois encheram nossas vidas...
E já não temos saudades de outros caminhos,
senão os que foram por nós, juntamente percorridos,
entre alegrias e gozos
que ainda reverberam...
Nem tudo era bom quando o mundo era só silêncio; e
vagávamos por aí, sós, em outras dimensões...
|
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QUANDO O MUNDO FOR OUTRO
Quando o mundo for outro, sem as
guerras e seus autores;
quando a morte e a destruição
não forem mais notícias...
Quando as armas não mais existirem;
e os homens puderem livremente,
seguir os seus caminhos...
Quando o mundo for outro;
e quando nesta terra,
a vida rimar com a beleza do céu,
com o perfume das flores
e o encanto dos pássaros
que cortam os ares...
Quando o mundo for outro;
e a paz não for apenas, uma vaga esperança -
tão distante de nós,
tão distante do universo
e tão distante de Deus...
Quando o mundo for outro...
|
BOA NOITE!
É noite;
noite profunda e friamente gostosa,
sob aconchegantes cobertores...
Dorme o mundo inteiro;
e todas as Marias e Josés da cidade
sonham com um mundo de paz...
Lá fora,
a lua e seu brilho de eternidade;
lua cheia de fantasias,
navegando, lentamente,
para os confins do universo...
A cidade é toda silêncio,
parecendo pedir mais silêncio ainda...
Boa noite!
|
O QUE FOI FEITO?
O que foi feito
daquele momento de ternura,
que nós, deliberadamente,
deixamos escapar,
jogando-o na lixeira do mundo,
para se perder na eternidade...
O que foi feito?
|
NOSSOS PASSOS
Nossos passos
e compassos de espera,
repletos de eternas idéias,
amorosamente, em conflito:
idéias que falam,
que gritam
e que imploram!
Nossos passos
e descompassos,
espalhando nossas migalhas pelos caminhos;
e atribuindo-lhes, sempre, vaidosamente,
valores que são apenas, muito nossos...
Além desses passos, compassos
ou descompassos, ouro puro mesmo,
é sempre, a eterna e meiga presença
de você!
|
AMAR
Amar o tempo em que vivemos
e o tempo que virá...
Amar o que está à nossa volta
e o que já se encontra além da vida...
Amar a humanidade;
amar sempre e
intensamente!
Amar, olvidando-se das coisas vazias,
sem espírito,
e que nada acrescentam...
Na esperança do amor maior de nosso Deus!
|
"Minhas Poesias" Copyright © Antonio P. B. Castilho - 2003 - |

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Madre Teresa de Calcutá
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 |
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ao acaso ou listar todos... Se quiser inscrever seu site, faça-o aqui mesmo.
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