Criatividade é a arma A criatividade é uma técnica que existe em todas as pessoas. O problema é que, de um modo geral, são criados estereótipos de criatividade ligados ao artista, ao pintor, ao publicitário, etc. A criatividade está presente em todas as funções humanas e vem sendo difundida como um elemento básico para o sucesso e sobrevivência no mundo atual e futuro. A questão é que elegemos alguns desses estereótipos e classificamos somente algumas pessoas como criativas. Existem inúmeras maneiras de ser criativo em marketing, conforme demonstram estudos em que os princípios de criatividade são utilizados no aprendizado de marketing. A resposta dos estudantes tem sido muito boa, devendo-se admitir que leva mais tempo para compreender que se deve aprender a pensar, ao invés de apenas memorizar. A prática do marketing é um permanente exercício de criatividade, pois o homem de marketing usa a sua imaginação criativa, não apenas para levar adiante projetos já estabelecidos, mas também para detectar possíveis mudanças sobre a vida de sua empresa, a vida de outras pessoas e sobre sua própria vida. O ato criativo não pode ser definido, pois não é limitado e muito menos linear, é espacial. As suas formas de atuação são por novidade ou originalidade, cujo responsável por este ato nada mais é do que o conhecimento adquirido/acumulado. Este ato de dar origem a algo novo é obtido através da invenção (associação de dois ou mais fatores aparentemente díspares, dando origem a algo radicalmente novo); ou da descoberta (encontro acidental de algo que não se havia percebido antes). Devemos ter consciência de que sempre existe uma outra forma de pensar, de que existe uma segunda resposta certa e de que nossa cultura e nosso sistema tendem a limitar-nos e que todas as vezes em que alguém nos disser que aquela é a resposta certa, temos a obrigação de pensar em duas outras alternativas, mesmo que não possamos expô-las naquele momento, mas não se pode, em momento algum, perder a crença de que nosso potencial é muito maior que uma só resposta certa. A criatividade, segundo Freud, é originária de um conflito dentro do (ID) inconsciente, e se mais tarde produz uma solução a este conflito (Ego), teremos como resultado o comportamento criador. Este conflito deve-se a uma insatisfação que retifica a realidade, criando uma solução, que utiliza todas energias para a eliminação desta angústia. Existem dois pontos a destacar: O Algoritmo, que é regido por regras de lógica matemática, que é sempre aplicado em premissas conhecidas, e o seu resultado é sempre esperado. O outro ponto é a Heurística, que equivale as tentativas e erros, cuja verdade é circunstancial e não verificável. Podemos dizer, então, que uma pessoa criativa não é uma pessoa normal com algo que se adiciona a ela, mas sim uma pessoa normal sem que nada tenha sido tirado dela. E isto é a criatividade e o pensamento contínuo, saindo do padrão mental para procurar outras respostas e outras formas. Existem diversas leis para evidenciar o ato criativo: - Lei da Parcimônia - Duas soluções para o mesmo problema, sendo provável que a mais simples seja a correta. - Lei de Friedrich - Questionar tudo. - Lei da Soberania das informações - Aceitar todas as informações expostas e questioná-las quando não forem suficientes para explicar algo. - Lei da Despersonalização - Olhar tudo como se fosse uma unidade. - Lei de Murphy - Lei da provocação das coisas inanimadas. "Tudo que tiver chance para dar errado, dará". - Lei da Obsolescência - Se algo funciona, está obsoleto. Em marketing, o profissional usa a imaginação criativa para otimizar seus lucros, detectando as prováveis mudanças dentro da empresa, levando adiante os seus projetos. A criatividade não é um dom divino, ou algo transmitido geneticamente, ela é simplesmente uma forma de processar informações, nada mais do que isso. Na verdade todas as pessoas são criativas, o que acontece é que muitas são inibidas por fatores culturais e pelo processo educacional. Por meio do insight, o homem utiliza a sua imaginação e fantasia imagens de coisas não presentes na realidade. O processo criativo deve estar sempre de mãos dadas com o humor, que ajuda a compreender com muito mais facilidade, acompanhado do desejo de ter que criar algo novo. Dentro do processo criativo, temos várias etapas: Identificar problemas - definição do que deve ser resolvido, obtidos através do check list. Preparação: Direta - procura as informações (soluções) no cérebro. Indireta - procura a qualificação de informações no meio externo. Incubação - desviar a atenção para qualquer outro tipo de coisa sendo essencial para descansar. Aquecimento (Warm Up) - voluntariamente ou inconscientemente através de flashes e se expõem idéias e se procura soluções, através do brain-storning (tempestade de idéias). iluminação - idéia espontânea que surge a qualquer hora ou local. Elaboração - dá suporte a idéia na realidade. Verificação - análise da aplicação das idéias. O share of mind deve ser thorough (exaustivo), indo a fundo e verificando se todas as informações obtidas são boas ou não, através da ambigüidade, lembrança, sucessão e contraste. Não basta ser um gênio ou inteligente para ser criativo, o importante é ter a mente aberta para tudo e um inconformismo constante. Os bloqueios são gerados pelo julgamento das idéias; o poder criativo é inversamente proporcional ao medo que se tenha dos desafios. Alguém que queira ser criativo não pode ter medo de desafios. O marketing, juntamente com a criatividade,estrutura rapidez, organização, auto confiança, curiosidade, consciência do esforço criativo, conhecimento, habilidade, intercâmbio, e como respaldo temos o encorajamento que leva este profissional à diferença. Este profissional utiliza o marketing como um meio de manipular os recursos humanos/materiais, sabendo o porque, quem, onde, como, o que e quando estimular a imaginação, não só sua, mas de todos os funcionários de sua empresa. Temos que saber que o erro faz parte do processo. Um dos métodos mais conhecidos no mundo é o da tentativa e erro e não da tentativa e acerto. Acreditar que somos criativos. A crença é o princípio de tudo, se a pessoa acredita que é criativa ela acessa seu potencial; acessando seu potencial, ela toma ações criativas que, por sua vez, vão reforçar esta crença. Finalmente, a diferença entre as pessoas criativas e as não criativas é que as primeiras acreditam na sua criatividade. Por isso, temos que lembrar que nosso poder emotivo pode ter sido bloqueado, mas que ele está presente em nós, basta acessá-lo. A Régua Heurística é um instrumento da memória artificial - uma espécie de emulsão fotográfica para o estímulo da criatividade - é colocar em colunas e combinar os diversos fatores que possam gerar alternativas. Para sistematizar busca de perguntas é feita com a combinação de seis perguntas básicas com nove perguntas técnicas, acrescidas ou não dos fatores qualificantes e aplicadas aos elementos do modelo de marketing a serem analisados. A Régua tem aplicação mais dinâmica aos elementos do marketing mix, que são, afinal, as ferramentas do executivo de marketing. A Régua Heurística propõe exatamente 2.322 diferentes perguntas para cada elemento do modelo, através de suas combinações, às quais se intercalam os 43 fatores qualificantes, onde encontraremos aquelas alternativas que podem ser a solução para o problema. E então, a intuição começar a dizer coisas baixinho ao ouvido, é bom ficar mais tempo em face de dois fatores combinados. Uma boa idéia poderá surgir. A Régua Heurística jamais visaria encontrar respostas ou dar soluções milagrosas para os problemas de marketing, e sim estimular amplamente a imaginação para que, no período de preparação do processo criativo, a mente comece a estocar o maior número possível de informações - diretas e indiretas - de tal forma que, quando se entrar nos períodos de incubação e aquecimento, as combinações sejam feitas a partir de elementos amplos, com milhões de células suficientemente excitadas para permitirem uma iluminação rápida, ou várias. Uma delas, pelo menos, a mais viável. "O apoio financeiro é essencial a cada importante inovação tecnológica. Nenhuma técnica simples de decisão empresarial pode evitar que a decisão de financiar seja difícil, trabalhosa, arriscada e sujeita a erros.