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Texto
de José Roitberg
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a Lei
No Brasil No Brasil são inúmeras as publicações dos Protocolos dos Sábios de Sião. A tradução que deu origem a todas elas é a da edição comentada do historiador laureado e membro e presidente da Academia Brasileira de Letras Gustavo Dodt Barroso (1888-1959). Entre outras coisas foi um dos ideólogos do Integralismo, que tenta se mostrar "não anti-semita", mas enxergando o mundo pelas letras de Gustavo Barroso em livros como: Brasil - Colônia de banqueiros (1934); História secreta do Brasil, 3 vols. (1936, 1937 e 1938) e Os protocolos dos sábios de Sião (1936). Nos últimos 25 anos, tais livros tem sido publicados pela Editora Revisão de Siegfried Elwanger "Castan" e podem ser encontrados para venda na Internet e em diversas livrarias e feiras de livros. Algumas outras editoras publicaram os Protocolos, inclusive com propagandas de venda (acima) como em 2000 no Rio de Janeiro. Pela lei brasileira, os Protocolos não são proibidos, pois não fazem apologia ao nazismo, tendo sido escritos quase 30 anos antes do surgimento da ideologia nazista. Os Protocolos formam a base do conceito de Hitler para a perseguição dos judeus como você verá mais abaixo, mas em momento algum falam contra os judeus. A edição comentada por Gustavo Barroso é legal. As diversas edições sem os dados do editor e gráfica ou autor, são ilegais em em relação a "Lei de Imprensa" brasileira. Os Protocolos são indicados como leitura obrigatória em sites de grupos separatistas, nazistas, nacionalistas, do Poder Branco, KKK e até mesmo do MV - Movimento Pela Valorização da Língua Portuguesa. Protocolos dos Sábios do Sião - 1897 O livro apócrifo, Protocolos dos Sábios do Sião é uma fraude feita na Rússia pela Okhrana (polícia secreta do Czar Nicolau II), que culpa os judeus pelos males do país. Foi publicado privadamente em 1897 e tornado público em 1905, por Serguei Nilus em seu livro "Velikoe v Malom" (Os Grandes e Os Pequenos). É copiado de uma novela do século XIX (Biarritz, 1868) e afirma que uma cabala secreta judaica conspira para conquistar o mundo. A base da história foi criada por um novelista alemão anti-semita chamado Hermann Goedsche que usou o pseudônimo de Sir John Retcliffe. Goedsche roubou a idéia de um outro escritor, Maurice Joly, cujos "Diálogos no Inferno entre Maquiavel e Montesquieu" (1864) envolviam uma conspiração dos Infernos contra Napoleão III. A contribuição original de Goedsche consistiu na introdução dos judeus como os conspiradores para a conquista do mundo. O Império Russo usou partes da tradução Russa da novela de Goedsche, publicando-as separadamente como os Protocolos, e afirmando serem atas autênticas de reuniões secretas de Judeus. O seu propósito era político: reforçar a posição do Czar Nicolau II apresentando os seus oponentes, como aliados de uma gigantesca conspiração para a conquista do mundo. O Czar já via no Manifesto Comunista de Marx e Engels, de 1848, uma ameaça. Como Marx era judeu de nascimento, apesar de não seguir a religião e pregar por um regime político onde a religião seria banida, a "ameaça judaica poderia ser fundamentada" Os Protocolos são uma fraude de uma ficção plagiada.Os Protocolos foram denunciados como fraude em 1921 por Philip Grave, um correspondente do London Times; por Herman Bernstein em "The Truth About The Protocols of Zion: A Complete Exposure" (Ktav Publishing House, New York, 1971); e Lucien Wolf em "The Jewish Bogey and the Forged Protocols of the Learned Elders of Zion" (London: Press Committee of the Jewish Board of Deputies, 1920). Os Protocolos foram publicados nos EUA num jornal de Michigan cujo proprietário era Henry Ford (o criador dos carros Ford), ele mesmo, autor de um livro tremendamente anti-semita chamado de O Judeu Internacional. Mesmo após a sua denúncia como fraude, o jornal continuou a citar o documento. Adolf Hitler e seu Ministério da Propaganda, usaram os Protocolos para justificar a necessidade do extermínio de judeus desde mais de 10 anos antes da Segunda Guerra Mundial. Segundo a retórica nazista, a conquista do mundo pelos Judeus, descoberta pelos russos em 1897, estava obviamente sendo levada a cabo 33 anos depois. Os Protocolos continuam a enganar pessoas e ainda são citados por indivíduos e grupos racistas, supremacistas brancos, nazistas e neo-nazistas como a causa dos males dos povos, quer estejam sob governos democráticos, ditatoriais, de esquerda, de direita, teocráticos ou qualquer outro regime. Os Protocolos estão publicados em várias línguas, inclusive português, espanhol, inglês, russo, outras línguas da Europa Oriental, árabe e línguas asiáticas etc. Enquanto Hitler os usou para "provar" que os judeus eram culpados pela Revolução Comunista na Rússia em 1917, os neo-nazis russos e nacionalistas-comunistas russos os usam, hoje, para provar que os judeus são os responsáveis pela queda do Comunismo e pela democratização do país. O texto falso, a fraude feita por um governo imperial decadente e cruel com seu próprio povo, é tão convincente que 104 anos depois ainda é apresentado como uma das maiores revelações que todo bom racista deve conhecer. OS PROTOCOLOS INFLUENCIARAM ADOLF HITLER? Como quase ninguém leu o Mein Kampf, escrito por Hitler, e fica discutindo se ele é ou não racista, se ele mostra ou não as intenções do ditador em relação aos judeus, dê uma olhada no texto abaixo. Aus Mein Kampf: Die Protokolle der Weisen von Zion Aus 11. Kapitel: Volk und Rasse -- Erster Band: Eine Abrechnung The Protocol Plot. Printed by Aryan Bookstore, Los Angeles, California, ca. 1934. .
. . Wie sehr das ganze Dasein dieses Volkes auf einer fortlaufenden Lüge
beruht, wird in unvergleichlicher Art in den von den Juden so unendlich
gehaßten Protokollen der Weisen von Zion gezeigt. Sie sollen auf
einer Fälschung beruhen stöhnt immer wieder die Frankfurter
Zeitung in die Welt hinaus: der best Beweis dafür, daß sie
echt sind. Was viele Juden unbewußt tun mögen, ist hier bewußt
klargelegt. Darauf aber kommt es an. Es ist ganz gleich, aus wessen Judenkopf
diese Enthüllungen stammen, maßgebend aber ist, daß sie
mit geradezu grauenerregender Sicherheit das Wesen und die Tätigkeit
des Judenvolkes aufdecken und in ihnen inneren Zusammenhägen sowie
dan letzten Schlußzielen darlegen. Die beste Kritik an ihnen jedoch
bildet die Wirklichkeit. Wer die geschichtliche Entwicklung der letzten
hundert Jahre von den Gesichtspunkten dieses Buches aus überprüft,
dem wird auch das Geschrei der jüdischen Presse sofort verständlich
werden. Denn wenn dieses Buch erst einmal Gemeingut eines Volkes geworden
sein wird, darf die jüdische Gefahr auch schon als gebrochen gelten
(337).
Ele foi publicado pela mais que insuspeita Aryan Bookstore de Los Angeles, Califórnia, em 1934 fazendo parte dos comentário em sua edição do "Complo dos Protocolos". Lembre-se que nos anos 1930 houve um surgimento do movimento nazista, também nos Estados Unidos e este material é de sua propaganda oficial, cuja tradução é:
OS PROTOCOLOS: LER OU NÃO LER? É um tabu e uma tolice que a comunidade judaica não leia os Protocolos. Esse livro deveria ser de leitura obrigatória nas escolas, discutido dentro de seu contexto histórico e político para que cada judeu entendesse porque os anti-semitas empregam este livro por mais de 110 anos. Ninguém consegue se esconder das palavras negando sua existência. Apenas com o conhecimento é que se pode combater este tipo de ataque racista. Já foi o tempo em que se podia alimentar qualquer esperança em relação a uma certa contenção da propagação do texto dos Protocolos. Não adiantam leis enquanto a Internet permanece desregulamentada. Não adianta apreender livros enquanto seu conteúdo, em quase todas as línguas é disponível gratuitamente. Em uns 20 segundos de pesquisa se encontra a versão na língua desejada. Aproveite os links abaixo e leia os Protocolos dos Sábios de Sião! Entenda sua retórica. Perceba por que ele fascina os racistas. Entenda por que é preciso se defender deste texto. No dia
do fechamento desta matéria havia cerca de 15.000 ocorrências
sobre os Protocolos em inglês e 460 em português. Bilble
Believers - texto completo em inglês Entre os sites com material em inglês sobre a história dos Protocolos e as provas documento ser forjado, você pode dar uma olhada em: ADL
- Anti Difamation League Se você possuir imagens ou capas scaneadas de outras edições dos Protocolos que possam engrandecer esta que a mais profunda compilação sobre o assunto, por favor envie para nós. Grato. Clicando nas imagens onde está marcado "zoom" você abre uma imagem maior e mais detalhada. Martin Luther ou Martinho Lutero Ao lado você pode ver a rara capa de seu livro mais virulento: "os Judeus e Suas Mentiras". Martin Luther é o pai os Luteranos. Durantea primeira parte de seu ministério, 1513-1523, Luther condenou a perseguição do judeus recomendou uma política mais tolerante em relação a eles. Em 1523 ele escreveu "Que Cristo Nasceu Como Um Judeu" no qual ele discute que os judeus, que eram da mesma linahgem do fundador do cristianismo estavam certos em recusar a aceitar o "paganismo papal" apresentado a eles pelo cristianismo. Ele acrescentou: Se eu tivesse sido judeu e tivesse visto estas tolices ensinadas pela fé cristã, eu preferiria virar um porco que um cristão". Todavia, quando os judeus não aceitaram a sua versão do cristianismo e não se converteram, Luther se tornou incrivelmente hostil aos judeus. Em torno de 1530, ems eus escritos, ele se refere a "judeus de pecoço duro, coração de ferro e teimosos como o Diabo". Então, em 1542 ele escreveu "Sobre Os Judeus e Suas Mentiras" e em 1543, "Em Nome de Hamephoras". Estes dois panfletos continham algumas das mais horrendas e vís palavras escritas contra os judeus. 500 anos depois, Hitler encontrou muitas de suas idéias e justificativas para o tratamento dos judeus e para o advento do Holocausto nestes escritos. A igreja luterana é alemã e Martin Luther era alemão. Será que você precisa pensar duas vezes ao se lembrar de Martin Luther King - Martinho Lutero o Rei? ©
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