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Efeito Estufa



A sociedade moderna, para sua manutenção, depende da produção de energia. Tal energia tem sido obtida sobretudo de combustíveis fósseis, como o gás natural, o petróleo e o carvão. Essa utilização intensa dos materiais energéticos fósseis, aliada à agricultura extensiva e outros fatores que alteram a biosfera, tem resultado num acréscimo mensurável da concentração de gás carbônico (CO2) na atmosfera (aproximadamente 25% desde o início da primeira Revolução industrial). Embora automóveis e usinas produtoras de energia contribuam com aproximadamente 75 % do gás carbônico liberado em nações industrializadas (existem no mundo 400 milhões de veículos movidos à gasolina, diesel ou álcool e destes, 14 milhões no Brasil), a devastação e queima de florestas tropicais em países como o Brasil é outro grande contribuinte. Desde 1860, entre 90 e 180 bilhões de toneladas de carbono foram liberadas na atmosfera em decorrência de queimadas em desmatamentos acrescidos de 150 a 190 bilhões de toneladas devido à combustão de carvão, petróleo e gás natural. As arvores funcionam normalmente como um depósito para o gás carbônico : após absorvê-lo, devolvem à natureza os resíduos de oxigênio. Mas quando são derrubadas ou queimadas, o carbono que contem, assim como o do terreno subjacente é oxidado e liberado para a atmosfera.

As florestas são ecossistemas em clímax, em que o consumo e a produção de CO2 se eqüivalem. As queimadas, pela combustão de biomassa, podem elevar o lançamento de CO2 na atmosfera. A destruição de florestas tropicais pode acarretar graves alterações climáticas, já que o fenômeno de evapotranspiração regula o clima mundial.

O gás carbônico e outros poluentes, quando em grande quantidade, acabam formando um filtro na atmosfera. Durante o dia, a Terra é aquecida pelo sol e à noite perde calor armazenado, tendo por conseqüência uma redução de temperatura. Entretanto, com a camada de poluentes presente, o calor fica retido na Terra, provocando um aumento na temperatura média. A este fenômeno dá-se o nome de Efeito Estufa. Se nada for feito para modificar este quadro, na metade no próximo século a temperatura média poderá ter um acréscimo da ordem de 1,5 a 4,5 graus centígrados, significando uma temperatura média mais elevada do que durante os últimos 100.000 anos. Como conseqüência, o regime de chuvas poderá alterar-se : fortes chuvas cairão em regiões que hoje são áridas e haverá seca em áreas úmidas e produtivas. O impacto poderá ser ainda maior nos pólos, onde a temperatura média poderá subir até 10 graus centígrados. Se a calota de gelo que cobre a região Antártica derreter, o nível dos oceanos poderá elevar-se lentamente, com acréscimo de 5 a 7 metros, inundando importantes cidades costeiras e áreas de produção agrícola.

Uma das principais mudanças causadas por esse aumento de temperatura é a mudança da flora característica de várias regiões do mundo (as plantas têm "preferências" climáticas). Existe uma vertente de biólogos que especula que a elevação do nível de CO2 poderia aumentar a taxa de fotossíntese mundial, talvez, até, aumentando a produtividade agrícola.


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