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A sua história: Esta biografia quase que poderia figurar num qualquer livro de contos de fadas. Céline Marie Claudette Dion, a mais nova de 14 irmãos, nasceu a 30 de Março de 1968, em Charlemagne, uma pequena cidade perto de Montreal, no Canadá. O seu nome provém da canção "Dis moi Céline", que sua mãe, Thérèse Dion, costumava cantar durante a sua gravidez. A sua família era pobre e todo o dinheiro que os seus pais conseguiram juntar ao longo da vida, foi investido na compra de um Pub. Em 18 de Agosto de 1973, com apenas 5 anos, a pequena Céline cantou em público pela primeira vez, no casamento de seu irmão Michel. Altura em que familiares e amigos começam a aperceber-se do seu precoce talento. Durante a adolescência Céline Dion atravessou por problemas na escola. O facto de ser mais alta do que as outras raparigas da sua idade, muito magra e ter os dentes tortos, levou a que se sentisse excluída pelos colegas. Mas para além de ser ignorada, e por vezes mal tratada pelos colegas, os professores também mostravam alguma estranheza em relação aquela menina tímida, chegando ao ponto de solicitarem que a assistência social visitasse a casa da família Dion, por forma a verificar o ambiente daquela família numerosa. O resultado da visita foi a constatação de que se tratava de uma família pobre mas extremamente unida, em que as crianças viviam felizes brincando, tocando e cantando. Céline dizia que quando a levavam para a escola tiravam-na da sua felicidade. Céline Dion era uma menina super protegida pelos pais, o que aliado à indiferença de grande parte dos seus colegas e dos professores, levava a que se isolasse quando estava na escola. Depois deste triste episódio, Céline Dion passou a ter aulas particulares em casa. Aos 12 anos, Thérèse Dion, confiante no dom da sua filha, escreveu uma canção intitulada "Ce n'était qu'un rêve", que se tornaria na primeira canção de Céline. A canção foi gravada numa cassete e enviada a René Angélil, um empresário cujo nome a família tinha descoberto na contracapa de um disco de Ginette Reno, a mais famosa cantora do Québec, da altura. Passaram-se dois dias sem que a família Dion obtivesse qualquer resposta. Foi então que Michel, o irmão mais velho de Céline, telefonou para o empresário com a certeza de que aquele havia ignorado a cassete que lhe enviara. Ele respondeu que efectivamente não tivera oportunidade de a ouvir, mas que iria certamente fazê-lo. Na verdade, pouco era o interesse de qualquer produtor ou empresário musical em apostar num eventual talento de 12 anos de idade. Minutos depois, porém, o telefone de Thérèse Dion tocou! René Angélil ficou de tal forma impressionado com aquela voz que não acreditou que pertencesse a uma menina de 12 anos. Pediu então que Céline e a mãe passassem pelo seu escritório para ele a ouvir ao vivo. Assim aconteceu e Céline Dion levou Angélil às lágrimas. René vislumbrou naquela menina uma potencial estrela, e contra os conselhos de muitos, não hesitou em hipotecar a sua própria casa para pagar o lançamento dos dois primeiros álbuns da jovem cantora, "La Voix du Bon Dieu" e "Céline Chante Noel", produzidos por Eddy Marnay, um dos melhores compositores franceses, que já havia trabalhado com Edith Piaf e Barbra Streisand. Ao lançar praticamente em simultâneo dois álbuns, Angélil esperava que a jovem Céline Dion atraísse uma maior atenção do público. Em 1981, o Canadá despertou indubitavelmente para uma nova estrela. Seguiu-se sucesso atrás de sucesso no seu país natal e pouco depois em França, onde Céline Dion se torna na primeira cantora canadiana a alcançar o disco de ouro e platina. A 30 de Abril de 1988, depois de já ter conquistado o Canadá e os países europeus de expressão francófona, Céline Dion participou no Festival Eurovisão da Canção, que se realizava nesse ano em Dublin, na Irlanda. Representando a Suíça com a canção "Ne Partez Pas Sans Moi", perante uma audiência de 600 milhões de telespectadores, Céline Dion sagrou-se vencedora, granjeando uma enorme projecção por toda a Europa. Nesse mesmo ano, ao assistir na tv ao tremendo êxito de Michael Jackson na cerimónia de entrega dos American Music Awards, Céline Dion decidiu que era altura de partir à conquista da terra das oportunidades, os Estados Unidos da América. René Angélil prontamente consegue com que Céline Dion assine contrato com a Sony Music, a mesma editora discográfica de Michael Jackson. É também no final da década de 1980, que o célebre produtor musical David Foster descobre o talento desta artista desconhecida nos EUA, e com quem produziria alguns dos maiores sucessos da indústria musical. Em apenas três meses, Céline Dion aprende inglês e em Setembro de 1990 edita o seu primeiro álbum anglófono, "Unison", cujo single "Where Does My Heart Beat Now", atinge o 4º lugar no top americano de vendas. Logo no ano seguinte é convidada a participar na banda-sonora do filme da Disney: "A Bela e o Monstro", ganhando o seu primeiro Oscar da Academia e Grammy Award, graças à canção "Beauty and the Beast", em dueto com Peabo Bryson. Com este tema, e em especial com a conquista destes prémios, Céline conquista a atenção do grande público, dando início a uma carreira de sucessos, tanto em inglês como em francês. "The Colour of my Love", o seu terceiro álbum em inglês, é lançado em Novembro de 1993. Contendo “The Power of Love" (o seu primeiro n.º 1 nos EUA), “Think Twice" e “When I Fall In Love" (música do filme de Tom Hanks e Meg Ryan: Sleepless in Seattle), atinge os 6 discos de platina nos Estados Unidos. Mas é em Inglaterra que este álbum bate recordes. Tudo graças ao single "Think Twice", canção que passa quase despercebida nos EUA, mas que se torna num grande sucesso no Reino Unido, catapultando-a para a ribalta em toda a Europa. "The Colour of my Love" atinge o primeiro lugar do top Britânico, permanecendo lá durante sete semanas consecutivas, algo que não acontecia desde 1965 com os Beatles. O álbum manteve-se no top Britânico durante umas incríveis 149 semanas, ultrapassando um milhão de cópias vendidas em Inglaterra, o que lhe garante a certificação disco de diamante. É igualmente o primeiro mega-sucesso mundial para Dion, com cerca de 20 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. Contudo, em simultâneo com o sucesso internacional, Céline Dion sofre uma perda que a marcará para sempre. Em 1993, Céline visita a sua sobrinha Karine, de 16 anos, que se encontra no hospital, gravemente doente com Fibrose Quistica, e enquanto lhe canta "Les Oiseaux du Bonheur" ao ouvido, Karine morre nos seus braços. Céline que já colaborava com a Canadian Cystic Fibrosis Foundation, torna-se então na representante da fundação, contribuindo desde então para a angariação de muitos milhões de dólares. Também nesse ano, depois de René Angélil sofrer um ataque cardíaco, Céline Dion assume o seu romance com o empresário, através de uma mensagem que decide incluir à revelia no pequeno livro que acompanha o cd "The Colour of My Love". Depois de um namoro secreto, que começara na noite da grande vitória no Festival Eurovisão da Canção, em 1988, Céline Dion (de 26 anos) e René Angélil (com 52) casam-se num faustoso casamento, celebrado em 17 de Dezembro de 1994, na Catedral de Montreal. Segue-se a consagração absoluta! Com "D'eux", um álbum em francês, editado em Março de 1995, totalmente produzido por Jean-Jacques Goldman, Céline Dion consegue um sucesso sem precedentes para um álbum francófono. "D'Eux" torna-se num sucesso instantâneo por toda a Europa, atingindo o 4º lugar em Inglaterra, algo que nem Edith Piaf, Jacques Brell ou Charles Aznavour haviam conseguido. Permaneceu durante 44 semanas consecutivas no n.º 1 do top francês, e em 7 meses "D'eux", torna-se no álbum, em língua francesa, mais vendido de sempre. Recorde que ainda hoje se mantém. Mas se 1995 parecia grande, 1996 assegurou a Céline Dion o estatuto de diva da pop. Céline chamou para si a atenção do mundo quando em Março lançou o álbum "Falling Into You", que graças a canções como "Because You Loved Me", "All By Myself" ou "It's All Coming Back To Me Now", entrou para a história como um dos álbuns mais vendidos de sempre (mais de 32 milhões), recebendo dezenas de prémios em todo mundo, entre os quais, três Grammy Awards, incluindo para "Melhor Álbum do Ano". A 19 de Julho de 1996, por sugestão do próprio presidente dos EUA, Bill Clinton, Céline Dion canta "The Power of the Dream", na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Atlanta, perante 100 mil pessoas que estavam no estádio e 3,5 mil milhões de telespectadores. Depois de 7 anos de trabalho incessante, com uma média de mais de um cd editado por ano, e de uma digressão mundial que se prolongou por ano e meio, Céline Dion preparava-se para umas merecidas férias. Todavia, depois de terminar a sua "Falling Into You Tour", Will Jennings propôs a voz de Céline Dion para a canção principal da banda-sonora de um filme que estava a ser rodado por James Cameron, TITANIC. Ao contrário do que seria de pensar, esta não era a canção de sonho para Céline Dion, pelo que recusou o convite. Mas James Horner e Will Jennings estavam determinados a incluir a voz de Dion naquela banda-sonora, isto porque Will Jennings havia escrito a letra de "My Heart Will Go On" especificamente para a voz de Céline Dion, e não desistiria enquanto ela não a cantasse. Depois de várias insistências, quer da equipa de TITANIC, quer da Sony Music e até do seu marido, Céline Dion tomou uma decisão! Bebeu um café, coisa que não costuma fazer, foi para o estúdio, fechou os olhos e cantou. Sem música, sem nada. Saiu tão perfeito que aquela única gravação (inicialmente pensada para demo) foi escolhida, sendo a orquestra introduzida posteriormente. Pensando estar a fazer um simples favor a um amigo (Will Jennings), e não tendo a noção do enorme sucesso que iria ter, Céline Dion marcaria para sempre a sua carreia. Prevendo o sucesso do filme, a editora, porém, persuadiu Céline Dion a gravar um novo álbum de originais, "Let's Talk About Love", o qual foi editado em Novembro de 1997, por forma a coincidir com o lançamento da banda-sonora de TITANIC. O cd "Let's Talk About Love" juntar-se-ia a "Falling Into You" na lista dos mais vendidos de sempre, com mais de 31 milhões de unidades vendidas em todo o mundo. O filme, que havia sido o mais caro e o mais demorado a gravar, foi também o mais lucrativo de sempre. Milhões de pessoas correram ás salas de cinema para verem a história de amor de Rose e Jack, no navio que provou não ser inafundável. TITANIC arrecadou 11 Oscars da Academia. Simultaneamente a banda-sonora do filme faz história. "My Heart Will Go On", irrompe pelos ouvidos do mundo, tornando-se no tema que mais vezes é tocado nas rádios de todo o planeta e no videoclip mais exibido em todo o mundo, com o espantoso número de 500 mil milhões de exibições. 1998 foi o ano de ouro da franco-canadiana. Céline Dion torna-se na cantora de maior sucesso em praticamente todos os países do mundo, num sucesso sem precedentes. Granjeia prémios e mais prémios e recorde após de recorde. Com a banda-sonora de TITANIC e com "Let's Talk About Love", vende mais de 65 milhões de álbuns num só ano, facto nunca antes realizado, e "My Heart Will Go On", recebe o Oscar para "melhor música original". Em Março de 1999, Céline Dion ganha mais dois Grammy Awards, graças a "My Heart Will Go On". Nesse mesmo ano, René Angélil, com 57 anos, é diagnosticado com cancro. Apercebendo-se da volatilidade da vida, Céline Dion, que se encontrava em digressão mundial, cancela grande parte dos seus concertos (entre os quais o concerto agendado para 27 de Junho de 1999, no Estádio de Alvalade, em Lisboa), e marca para o início do ano 2000 uma pausa na sua carreira. No final de 1999, depois de meses de terapia, a doença dá finalmente sinais de remissão. Dion, no entanto, não desiste da sua ideia de se centrar na família. A 31 de Dezembro de 1999, Céline Dion realiza o seu último concerto, antes do período de pausa que decidira impor na sua carreira. Céline que havia sido convidada para cantar em Nova Iorque e Tóquio, rejeita as propostas e actua em Montreal, sua terra natal, onde num concerto memorável, que contou com a presença entre outros de Bryan Adams, se despede dos palcos por alguns anos. No dia 25 de Janeiro de 2001, Céline Dion deu à luz o seu primeiro filho, René-Charles Dion Angélil. Em Março de 2002, a diva regressa ao trabalho, com o lançamento de um novo disco - "A New Day Has Come". Depois de, em 2001, se assistir ao fracasso de vendas de Mariah Carey e Michael Jackson, o mundo recebeu o novo cd de Céline Dion, de braços abertos. "A New Day Has Come" entrou directamente para o primeiro lugar em 18 países, entre eles, os Estados Unidos, Austrália, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Finlândia, Áustria, Egipto, Nova Zelândia..., tornando-se no álbum de Dion que mais vendeu na sua primeira semana. Para garantir uma maior estabilidade à família, a cantora espanta o mundo ao anunciar que se vai fixar em Las Vegas, dando início, em 25 de Março de 2003, ao mais ambicioso projecto da sua carreira. "A New Day...", o espectáculo produzido pelo conceituado produtor do Cirque du Soleil, Franco Dragone, contou com a participação de mais de 50 bailarinos, dirigidos por Mia Michaels, aliando o canto, a dança e inúmeros efeitos especiais no mesmo palco. O espectáculo "A New Day...", realizado 5 noites por semana, numa sala com 4100 lugares, orçada em mais de 90 milhões de dólares, que o Caesars Palace de Las Vegas, construiu especialmente para Céline Dion, torna-se num sucesso estrondoso. Aplaudido pelo público e pela crítica, o seu contrato originalmente de 3 anos é prolongado. Realizados 717 concertos, atraindo 3 milhões de espectadores, o incrível espectáculo de Las Vegas, chegou ao fim em 15 de Dezembro de 2007, altura em que ainda esgotava noite após noite. Mas, se seria de esperar que depois de Las Vegas, a artista iria fazer uma pausa na sua carreira, Céline Dion voltou a surpreender... Em 14 de Fevereiro de 2008, deu início à "Taking Chances World Tour", a sua 11ª digressão, e até 26 de Fevereiro de 2009, percorreu os 5 continentes, com cerca de 130 concertos, em 93 cidades, de 25 países. Com mais de 3 milhões de bilhetes vendidos, a "Taking Chances World Tour", tornou-se na segunda digressão, de uma artista a solo, mais lucrativa de sempre (apenas seguida pela tour de Madonna). Terminada esta digressão, durante a qual teve oportunidade de descobrir o mundo na companhia do marido, do filho e da sua mãe, Céline Dion fez uma nova pausa na sua carreira, durante a qual realizou mais um sonho. Na manhã de 23 de Outubro de 2010, na Flórida, Céline Dion, com 42 anos, deu à luz os gémeos Nelson e Eddy, baptizados em homenagem a Nelson Mandela e a Eddy Marnay (produtor dos primeiros álbuns da carreira da artista). Por essa altura já estava confirmado o regresso a Las Vegas, com novo espectáculo com início agendado para 15 de Março de 2011. Com mais de 200 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo, e uma carreira de fazer inveja a muitos, Céline Dion não mostra sinais de abrandamento.
A Família Dion: Adhémar - 2 de Março de 1923 # Thérèse - 20 de Março de 1927 Denise - 16 de Agosto de 1946 # Clément - 2 de Novembro de 1947 # Claudette - 10 de Dezembro de 1948 # Liette - 8 de Fevereiro de 1950 # Michel - 18 de Agosto de 1952 # Louise - 22 de Setembro de 1953 # Jacques - 10 de Março de 1955 # Daniel - 29 de Novembro de 1956 # Ghislaine - 28 de Julho de 1958 # Linda - 23 de Junho de 1959 # Manon - 7 de Outubro de 1960 # Paul - 3 de Abril de 1962 # Pauline - 3 de Abril de 1962 # Céline - 30 de Março de 1968
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