Se te pareço noturna
e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta
noite
Olhei-me a mim, como se tu
me olhasses.
E era como se a água
Desejasse
Escapar de sua casa que é
o rio
E deslizando apenas, nem
tocar a margem.
Te olhei. E há tanto
tempo
Entendo que sou terra. Há
tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água
mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor
e nauta
Olha-me de novo. Com menos
altivez.
E mais atento.
(I)