Mel é uma substância doce obtida a partir do néctar das flores ou das secreções provenientes de partes vivas das plantas ou que sobre elas se encontram e que as abelhas melificas libam, transformam e combinam com matérias específicas, armazenando-a depois em favos da colméia.
O mel é um produto biológico muito complexo a sua composição varia notavelmente como conseqüência da florada que lhe deu origem, e das condições climáticas de cada região.
A diferença entre um
mel e outro resulta
fundamentalmente da quantidade e qualidade de plantas que florescem e produzem
néctar. Em muitos casos há uma flora que predomina nitidamente em alguns méis,
conferindo-lhes características muitos peculiares, com sabor e coloração .
PRÓPOLIS
Utilizada desde a Antiguidade pelos sacerdotes egípcios e pelos filósofos gregos, a própolis é uma substância resinosa que as abelhas coletam em botões e córtex vegetais, transportam para a colméia, na corbícula, e adicionam a ela pólen, cera e secreções da glândula salivar.Hoje, conhecem-se inúmeras substâncias dessas secreções, e elas têm propriedades antibióticas, aplicáveis a diversas cepas bacterianas, além de propriedades cicatrizantes, antiinflamatórias e desinfetantes.
Sua composição química é a seguinte: 55 % de resinas e bálsamo, 30 % de cera, 10 % de óleos voláteis e 5 % de pólen.
As abelhas precisam ter a colméia toda vedada, para proteger o Mel, e a Geléia Real, as larvas, a Rainha e as Operárias. Assim é a própolis feita pela própria abelha para vedar a colméia. Tem cor preta, é sólida e só se transforma em produto para consumo após ser dissolvida em álcool de cereais. A própolis pode ser retirada sem destruir a colméia, com espátulas especiais. Uma colméia pode fornecer uma quantidade boa de material.
O homem passou a utilizar a própolis como remédio caseiro, como antiinflamatório, para dores de garganta, gripes e combate a infecções, embora a medicina oficial não reconheça provas de curas por meio dela.
Própolis é um produto antialérgico e antiinfeccioso, um medicamento extraordinário no combate às doenças das vias respiratórias. É um antibiótico natural colhido pelas abelhas, não produz efeitos colaterais, não destrói a flora intestinal, não afeta os rins ou o fígado, porque é eliminado naturalmente pelo organismo. A própolis consegue-se os mesmos feitos da penicilina, estreptomicina, terramicina, cloranfenicol e outros poderosos antibióticos, sem causar nenhum mal ao homem.
GELÉIA REAL DA RAINHA PARA VOCÊ
Não é só pelo poder afrodisíaco que a Geléia Real é uma concorrente nos balcões de farmácia. Como produto terapêutico, a geléia real faz o papel de estimulante das defesas naturais contra doenças, especialmente aquelas causadas pelo envelhecimento das células. Ajuda a combater o stress e a fadiga profunda, anemia, e até a baixar o nível de colesterol.
Pode auxiliar também no tratamento da hepatite, como regeneradora de células. É bom frisar que a geléia real não é remédio que dá o golpe final em doenças. É meio alimento, meio medicamento, que trabalha mais para deixar as energias em dia, enquanto a pessoa toma os remédios receitados pelo médico.
Pesquisas feitas com a geléia real indicam que seu uso resulta na mesma ação de uma enzima (substância que acelera os processos e funções do corpo). Portanto, é capaz de ativar rapidamente diversas glândulas que estão com o funcionamento debilitado, ou mesmo atrofiadas.
PÓLEN
É o elemento masculino das flores. Por intermédio do trabalho das abelhas ele serve ao homem. As abelhas colhem o pólen para alimentar-se e dar alimentos às suas crias. Nos quadros de colméia, há sempre inúmeros alvéolos cheios de pólen: alguns trazidos pelas abelhas em suas patas e outros, minúsculos, misturados nos néctares colhidos para a produção do mel.
No pólen estão presentes proteínas, aminoácidos, açucares, minerais, vitaminas, substâncias hormonais, gorduras e água.
Em 100g de pólen encontra-se a concentração de notáveis vitaminas, assim expressas em microgramas: tiamina; riboflavina, 167; piridoxina, 800; ácido pantotênico, 2700; ácido nicotínico, 10.000, além de inositol, ácido fólico e outros. Há também, inúmeras substâncias minerais: potássio, de 20 a 40 %; magnésio, de 1 a 20%; cálcio de 1 a 15 %; ferro de 1 a 12 %; silício de 2 a 10%; fósforo, de 1 a 20% e ainda quantidades expressivas de cloro, cobre, enxofre e outros minerais. É particularmente rico em vitaminas e hormonas de crescimento. É indispensável às abelhas para a manutenção da colônia e para a elaboração da cera, por outras palavras, sem pólen a própria existência das abelhas seria impossível. Alguns autores consideram até que alimentar as abelhas com pólen prolongaria a sua vida.
CERA
A cera é produzida por seis pares de glândulas cerígenas, que se localizam somente no abdômen das abelhas operárias.Essas glândulas têm maior função na faixa entre dez e dezoito dias de idade das operárias. Secretam a cera em forma líquida, que, em contato com o ar, se solidifica imediatamente em pequenas escamas transparentes. As abelhas trabalham esta cera com as mandíbulas, sob a forma de alvéolos hexagonais na construção dos favos.
A matéria-prima da cera é o próprio Mel que as abelhas transformam em gordura. A ciência já demonstrou que as abelhas necessitam ingerir de 6 a 7 quilos de mel para produzir 1 quilo de cera.
A cera de abelha é rica em vitamina A:
100g contêm 4096 U.I., enquanto que 100g de carne bovina contêm apenas 60 U.I.
VENENO DE ABELHAS
PROPRIEDADES
TERAPÊUTICAS
A medicina empírica, sempre viva e maravilhosa, é um, tesouro inesgotável de remédios muito preciosos. Entre estes,o veneno de abelhas ou apitoxina (do latim apis = abelha e do grego toxikon = veneno) tem sempre desempenhado um papel importante. São numerosos os remédios que atualmente consideram o veneno de abelha sobretudo como veneno medicinal, visto que tem resistido com sucesso à prova do tempo e da prática experimental, e adquire agora pleno direito de cidade na farmacopéia moderna. Este direito foi aliás confirmado em 1957 por uma portaria do Ministério da Saúde Pública da U.R.S.S. que emitiu uma instrução provisória relativa à aplicação do veneno sob a forma de picadas de abelhas num certo número de doenças.
De acordo com numerosas observações e os dados da nossa
investigação pessoal sobre o estado de saúde dos apicultores, verifica-se
que o veneno de abelhas é não somente um remédio eficaz contra um certo número
de doenças, como constitui também um meio profilático excelente. O seu
emprego inconsiderado pode, porém, ocasionar perturbações graves e irremediáveis.
A apiterapia não deve ser praticada senão sob a direção dum médico
competente, bastante conhecedor das conseqüências diversas que o veneno de
abelha pode provocar por vezes. Na maior parte dos casos o tratamento por apisação
deve ser acompanhado de medidas médico-profiláticas sob a
forma fisioterápica, dietética, terapêutica geral, etc.
Todas as substâncias são ao mesmo tempo veneno e medicamento, apenas dependendo da dose administrada. (Paracelso )