Bot é um dos novos lançamentos da Grow.
Mário Seabra o considera um de seus melhores jogos. E para quem
não sabe, Mário Seabra é o maior nome da criação
de jogos no Brasil.
Por isso, não percam a oportunidade de jogar Bot!
Mário está praticamente aposentado (pelo menos
por hora) e por isso não é sempre que se poder jogar um
novo jogo seu. Num mercado como o nosso, em que
a vida média dos produtos é muito curta, a maioria dos jogos de Mário
está fora de catálogo. Houve uma tentativa de lançamento
do Bot pela Copag, há alguns anos, mas poucos devem conhecê-lo.
Para quem ainda não jogou um jogo de Mário Seabra, é
uma ótima oportunidade de conhecer um. Para quem já jogou
vários, mais uma ocasião de se deliciar com um jogo que
o próprio autor tem entre seus favoritos.
Bot é um jogo tático-estratégico com
uma certa dose de aleatório. Com uma regra relativamente simples e de
duração razoável (minha primeira partida demorou 40 minutos) o jogo oferce
muitas possibilidades e se mostra bastante emocionante.
Cada
jogador tem uma cobra, formada por pecinhas que ocupam as casas hexagonais
de um tabuleiro também hexagonal. Cada direção do
tabuleiro corresponde a uma cor e o movimento se dá por cartas
de cores diferentes. A cor dá a direção do movimento
e o número determina quantas pecinhas devem ser passadas de uma
ponta a outra da cobra, na direção indicada.
Cada cobra, que desse modo não tem cabeça
ou rabo, mas simplesmente duas pontas, deve picar a cobra adversária
em uma de suas pontas. Para isso os jogadores preparam o bote, combinando
ataque e defesa, com coragem e prudência, aproximando-se do adversário
mas evitando seus golpes.
O jogo é bem dinâmico e é preciso saber
combinar movimentos, já que o jogador tem na mão 7 cartas e pode usar
quantas quiser. À
medida que os jogadores se picam, ou chegam a certos pontos-alvo (pontos
no tabuleiro que se atingidos provocam o mesmo efeito que uma picada, ou
seja, eliminam um pedaço da cobra inimiga) as cobras vão ficando menores.
Cobras em situação de perigo podem
apelar para alguns estratagemas, como entrar em um dos 4 "buracos"
do tabuleiro ou formar um círculo, ficando sem ponto fraco.
"O jogo dá muitas opções e
uma série de possibilidades incríveis", diz Mário.
"É um jogo com 80% de raciocínio e uma dose de aleatório
interessante. É sem dúvida um dos meus melhores".
Joguei
apenas uma partida e espero poder jogar várias outras em breve. A impressão
que o jogo dá é ser dos raros jogos disponíveis no mercado nacional
que são fáceis de aprender mas permitem que se
jogue um sem-número de partidas antes que suas possibilidades se esgotem.
Se tiverem ocasião de jogar, não deixem
de fazê-lo! É um jogo diferente e interessante. E nos enviem seus
comentários por e-mail.
André Zatz
jornalista e criador de jogos
Veja o Quadro
de Avisos 
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