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RICARDO CHRISTE

Entrevista


 

Ricardo Christe, 29 anos, é um dos idealizadores da FPT e um de seus membros mais ativos.

Formado em cinema pela ECA-USP, trabalha hoje como coordenador de projetos numa empresa de geração de websites.

Conhecido de longa data e atualmente um bom amigo, Ricardo aceitou gentilmente responder às nossas perguntas.

 

 

 

 

 

PÁGINA DOS JOGOS DE TABULEIRO: Como surgiu a idéia da FPT?

RICARDO CHRISTE: Numa conversa entre amigos. Eu e o Fábio Tola, hoje morando em Baltimore (EUA), nos encontramos um belo dia e percebemos que conhecíamos, separadamente, muita gente que gostava de jogar. Ele tinha acesso fácil a um salão de festas com várias mesas e cadeiras. Nós tínhamos muitos jogos de tabuleiro guardados. Porque não juntar tudo e fazer uma farra? Resolvemos reunir todo mundo numa tarde de Sábado. Rendeu umas 20 pessoas e muitas novas amizades. Só acabou quando o Sol nasceu, e a vontade unânime era de fazer outra, tão logo quanto possível. Assim foi a primeira Festa do Peão de Tabuleiro, que só foi ganhar esse nome mais pra frente.

 

PJT: Como você vê a FPT hoje?

RC: O espírito original permanece: fazer novos amigos, rever amigos antigos... divertir-nos com os jogos num ambiente não-competitivo e camarada. Os recém-chegados se espantam com a variedade de jogos (principalmente importados) disponíveis, e querem experimentar o maior número possível. Os veteranos querem testar novas aquisições ou pagar promessas de partidas que não aconteceram na FPT anterior. E todo mundo se entrosa, forja amizades que ficam para as próximas Festas, dá muita risada junto. Para quem gosta de jogar, é o melhor evento social que pode haver: gente legal, jogos incríveis, diversão por horas e horas seguidas.

 

PJT: Você comentou que teria interesse em ampliar as FPTs? Como você vê a viabilidade de uma FPT maior e eventualmente de alcance nacional? Qual é o seu sonho para o futuro das FPTs?

RC: O principal problema que enfrentamos para uma ampliação significativa é que os jogos são emprestados pelos freqüentadores. Não houve necessidade de estabelecer nenhum controle, até porque todos se conhecem. Nunca houve um incidente do tipo "sumiram com um jogo meu", graças à postura adulta e respeitosa dos participantes. Nós nos orgulhamos disso. Um evento ampliado irá requerer um planejamento para que a coisa continue funcionando sem crises. Estamos estudando meios para isso. A FPT cresce na base do boca-a-boca. O número de pessoas que a conhece é certamente muito maior hoje, do que na primeira edição, mas por uma razão ou outra o número de freqüentadores se mantém o mesmo, em torno de 40 por festa. Não que a gente estabeleça limites. Nossa meta para a próxima é ficar entre 50 e 80 pessoas. O local escolhido para o dia 25 de Janeiro, a lanchonete Bob's (Avenida dos Bandeirantes, em São Paulo), acomoda esse número com conforto. Aos poucos, vamos crescendo -- sem perder a qualidade de vista. O que enxergamos como "festa nacional" é simplesmente uma festa que atraia jogadores de outras partes do País. Desde há muito convidamos gente de outros Estados para vir, pessoas que conhecemos pela Internet e que moram no Nordeste, no Sul... em Minas, no Rio, em Brasília. Só depende delas poderem viajar para São Paulo. A FPT nasceu paulistana e é improvável que seja feita em outro lugar. Seria fantástico reunir gente de vários cantos do Brasil; estejam os leitores, desde já, convidados!

 

PJT: Como você vê a formação de grupos como o da FPT em outros lugares do país? Que dicas você dá para quem gostaria de organizar um grupo como esse?

RC: É muito fácil começar um evento como a FPT. Em qualquer ponto do País. Basta ter os jogos e um local com mesas e cadeiras, que acomode todo mundo. Aí é só combinar um dia para juntar os amigos. Se isso for feito com alguma regularidade (eu recomendaria um intervalo de dois meses), esse evento cresce naturalmente: os primeiros freqüentadores chamam mais gente para a segunda edição, e assim sucessivamente. Nosso site oficial, http://www.festadopeao.tk, trata de muitos detalhes da Festa e exibe fotos do evento. Dá para ter uma boa idéia de como é. Lá estão os meios de contato conosco também. Eu ficaria muito feliz em poder ajudar quem quisesse fazer algo semelhante. Nada me deixaria mais feliz do que ver gente jogando pelo Brasil afora.

 

PJT: Uma última curiosidade. De onde surgiu o nome Festa do Peão de Tabuleiro?

RC: Através de um debate que virou votação, feita no grupo de discussões por e-mail que mantemos (http://groups.yahoo.com/group/tabuleiro/) e que está aberto a qualquer pessoa interessada em "jogos de tabuleiro". Nossas reuniões não tinham nome, precisávamos de um. "Festa do Peão de Tabuleiro" acabou ganhando. Sem incorrer em desrespeito, a paródia com a Festa do Peão Boiadeiro (que hoje nem sei se ainda tem esse nome) conquistou o voto da maioria, pelo bom humor. Mesmo quem torceu o nariz no início, já se acostumou. Eu não lembro quem sugeriu, mas é um nome forte, com personalidade, brasileiríssimo. Gosto muito.

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