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Mangá e Jogo de Tabuleiro


Paulo Phillipe tem 21 anos e mora em Belo Horizonte. Ele trabalha (não profissionalmente) com tradução e edição de mangás. Conheceu o Hikaru no Go no site http://www.toriyamaworld.com . Hoje ele é fanático pela revista e mal consegue esperar o próximo capítulo ser liberado!

Durante uma conversa com amigos sobre a influência que os mangás têm sobre os ocidentais, falou-se de Hikaru no Go, o que acabou despertando o interesse de Paulo. Logo ele encontrou na internet um tutorial interativo e teve seu primeiro contato com as regras. Pouco depois se registrou no KGS, um site onde jogadores do mundo todo se reúnem para jogar Go.

Depois de alguns dias, ele estava fascinado pelo jogo. Jogava com grande frequência. Comprou um tabuleiro na loja Origem (mas não recomenda que se compre lá por que diz que não é o tabuleiro oficial) e começou a praticar em casa, ora jogando na internet ou contra o computador, ora refazendo no tabuleiro partidas de profissionais.

Paulo conta ainda que no passado já jogou Xadrez, mas que não foi um jogo que o tenha prendido muito, sem saber dizer ao certo por quê. Ele também joga com frequência jogos de computador e videogame.

 

 

Marton Divenyi também tem 21 anos e mora no Rio de Janeiro. Ele baixou na internet o primeiro episódio do desenho animado Hikaru no Go e achou a história bem legal, mas não entendia nada do que estava acontecendo quando mostravam cenas dos jogos. Então começou a pesquisar na internet sobre o Go para poder entender o desenho. Depois de um tempo descobriu os servidores KGS e IGS e passou a jogar neles com certa periodicidade. Isso ocorreu há cerca de um ano. Hoje, com falta de tempo por causa da faculdade, joga em média uma partida por semana.

Marton conta que curiosamente, desde que começou a jogar Go, alguns amigos notaram uma mudança drástica na forma com que joga outros jogos, principalmente jogos de guerra como War e Diplomacia. Desde que começou a jogar Go, consegue criar territórios mais bem protegidos e quebrar os territórios dos oponentes com muito mais facilidade. Marton acredita que isso se deu porque no Go você está sempre tentando enfraquecer grupos adversário e fortalecer os seus. Marton chega a enxergar jogadas que nenhum dos seus amigos que não jogam Go enxergam antes que ele as mostre.

 

 

 

Mas não são só os meninos que se interessam! Natasha tem 17 anos e mora no Rio de Janeiro. Conheceu Hikaru e não parou mais de ler. A princípio não achou que um mangá sobre jogo de tabuleiro fosse ser interessante, mas logo que começou a ler mudou de idéia.

Lendo o mangá, ficava curiosa para saber o que estava acontecendo nas cenas que mostravam partidas, porque os personagens ficavam tensos diante de certas posições. Algumas cenas Natasha não entende até hoje. Ela ainda se considera iniciante no jogo. Não ganha partidas no KGS, mas ganha dos amigos do colégio. Como esse é o ano do vestibular, e Natasha quer se dedicar aos estudos, pretende se aprofundar no Go pra valer só a partir de 2004.

Natasha conta ainda que tinha Go no velho console de videogame Phantom mas como era tudo em japonês, não entendia. Agora que descobriu que se trata de Go, não larga mais o consolezinho!

"Foram os jogos antigos (Phantom NES) que me despertaram para tudo o que considero importante na minha vida: meu interesse por tecnologia, informática, cultura oriental (também faço aula de japonês!). Como eu queria que tivesse uma Nihon Ki-In no Rio!", conclui ela.

 

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