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A regra é simples. O primeiro a jogar desenha uma figura simples, sugere uma imagem, que pode ou não ter significado. O segundo jogador, sem conhecer esse significado, usa o sinal do primeiro como elemento de uma outra figura, com significado diferente. E assim procede o terceiro, não para completar o desenho dos dois primeiros, mas para mudar sua direção, para transformá-lo.

 

Muitas vezes o resultado é um desenho incompreensível, mas as crianças se divertem muito jogando. A primeira desenha, digamos, a forma oval de um olho. A segunda, interpretando a forma oval de outra maneira, desenha patas de galinha. A terceira planta uma flor no lugar da cabeça. E assim por diante. O produto final é menos importante do que o processo do jogo, ou seja, do que a luta para dominar formas estranhas impondo-lhes novas formas, do que as surpresas e descobertas a cada passo do jogo.

 

Ao final, porém, as figuras podem conter uma história. Sem querer, pode aparecer um personagem insólito, um monstro, uma paisagem fantástica. A partir daí, pode-se continuar a brincadeira com palavras.

 

 

 

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