Para Pensar
"Numa economia
globalizada, não é apenas o maior que ganha mercado, e
sim o mais rápido e também o que atende melhor..." (LF)
Esta é a moral de uma história que está circulando de boca em boca entre
os principais especialistas norte-americanos em atendimento ao cliente.
Parece louco, mas não é ! A história, ou "causo", como está sendo
batizada aqui no Brasil, começa quando o gerente da divisão de carros
Pontiac, da GM dos Estados Unidos, recebeu uma curiosa carta de
reclamação de um cliente.
Eis o que ele escreveu:
"Esta é a segunda vez que mando uma carta para vocês e não os culpo por
não me responder. Eu posso parecer louco, mas o fato é que nós temos
uma tradição em nossa família, que é a de comer sorvete depois do
jantar. Repetimos este hábito todas as noites, variando apenas o tipo
de sorvete, e eu sou o encarregado de ir comprá-lo. Recentemente
comprei um Pontiac e desde então minhas idas à sorveteria se
transformaram num problema. Sempre que eu compro sorvete de baunilha,
quando volto da loja para casa, o carro não funciona. Se compro
qualquer outro tipo de sorvete, o carro funciona normalmente. Os
senhores devem achar que eu estou realmente louco, mas não importa o
quão tola possa parecer a minha reclamação. O fato é que estou muito
irritado com o meu Pontiac modelo 99."
A carta gerou tantas piadas do pessoal da Pontiac que o presidente da
empresa acabou recebendo uma cópia da reclamação. Ele resolveu levar o
assunto a sério e mandou um engenheiro conversar com o autor da carta.
O funcionário e o reclamante, um senhor bem-sucedido na vida e dono de
vários carros, foram juntos à sorveteria no fatídico Pontiac. O
engenheiro sugeriu sabor baunilha para testar a reclamação e o carro
efetivamente não funcionou.
O funcionário da GM voltou nos dias seguintes, a mesma hora, fez o mesmo
trajeto, no mesmo carro, e só variou o sabor do sorvete. Mais uma vez o
carro não pegava na volta, quando o sabor era baunilha. O problema
acabou virando uma obsessão para o engenheiro, que passou a fazer
experiências diárias, anotando todos os detalhes possíveis e depois de
duas semanas chegou à primeira grande descoberta. Quando escolhia
baunilha, o comprador gastava menos tempo, porque este tipo de sorvete
estava bem na frente.
Examinando o carro, o engenheiro fez nova descoberta: como o tempo de
compra era muito mais reduzido no caso da baunilha em comparação com o
tempo dos outros sabores, o motor não chegava a esfriar. Com isso, os
vapores de combustível não se dissipavam, impedindo que a nova partida
fosse instantânea.
A partir desse episódio, a Pontiac mudou o sistema de alimentação de
combustível e introduziu a alteração em todos os modelos a partir da
linha 99. Mais do que isso, o autor da reclamação ganhou um carro
novo, além da reforma do que não pegava com sorvete de baunilha.
A GM distribuiu também um memo interno, exigindo que seus funcionários
levem a sério até as reclamações mais estapafúrdias, "porque pode ser
que uma grande inovação esteja por trás de um sorvete de baunilha", diz
a carta da GM.