Sinopse Histórica
1. Os Aborígenes: Na época do descobrimento de América o território brasileiro era povoado por quatro grandes nações: os Caraíbas, os Tupis, os Tapuios e os Araucos. Os últimos ocuparam a bacia Amazônica, mas também se estenderam até a costa Atlântica. Os Tupis eram agricultores, pescadores e bons navegantes e guerreiros. Os Tapuios, os quais eram considerados como "bárbaros" pelos Tupis, eram nômades que viviam da caça e da pesca.
2. O descobrimento: O almirante português Pedro Alvares Cabral chegou as costas da Bahia (em abril, dia 22, de 1500) e se apoderou das terras em nome do rei de Portugal. (Em janeiro, desviado por uma tormenta, Vicente Pinzón havia tocado no Cabo São Agustin, perto de Pernambuco). Américo Vespucio, á serviço de Portugal em 1501, reconheceu a costa sul-americana até perto do Estreito de Magalhães. Na mesma época explorou as costas do Brasil Concalo Coelho. Em 1502, Fernando de Noronha descobriu as ilhas que hoje em dia levam seu próprio nome.
O pais descoberto recebeu seu nome atual porque nele abundava o "pau Brasil" (de onde se extraía uma riquíssima sustância tintôrea vermelha, realmente muito apreciada em Europa). Em busca de pau Brasil, franceses e holandeses exploraram o território também.
3. A conquista: Em 1530 apareceu a primeira expedição colonizadora, no comando de Martín Afonso de Sousa, quem levava ordens de expulsar os franceses e fundar povoações portuguesas. A primeira que fundou foi à origem do atual porto marítimo de Santos. No ano 1532, o Re João III dividiu o país em quinze capitanias hereditárias para poder impulsar a colonização e lutar com os índios. Dominados os Tupis, os portugueses já poderiam com a sua ajuda, manter a distância dos Tapuios.
4. A Colônia: Em 1549, dezenove anos depois, o rei nomeou governador geral a Tomé de Sousa, quem fundou a cidade de Salvador, ou Bahia, capital do Brasil até 1763. Para impulsar a indústria açucareira em São Vicente, ao Sul e Recife, no Nordeste, foram levando escravos africanos (6.000.000 entre 1549 e 1850). Em 1555, um grupo de hugonotes franceses, tomaram posse da Bahia de Guanabara, mas foram expulsados depois de dura luta. Os portugueses resolveram então erigir lá uma cidade: Estácio de Sá fundou-se assim, aos pés do Pão de Açúcar, a Vila São Sebastião do Rio de Janeiro (março 1, 1565). A cidade foi trasladada mais tarde para a colina chamada Morro do Castelo. Entre 1580 e 1640, como Portugal foi dominada por Espanha, Brasil sofreu ataques de todos seus inimigos. Em 1612, os franceses estabeleceram uma colônia no atual estado do Maranhão, que dominaram São Luís. Foram expulsados em 1614. Os holandeses atacaram e tomaram a cidade da Bahia em 1624, mas foram desalojados pelos espanhóis no ano seguinte.
Em 1630 ocuparam Pernambuco e sete capitanias mais. Governaram até 1654, tiveram destacada atuação na obra colonizadora. Durante a denominação espanhola do Portugal, os portugueses iniciaram a expansão até o interior. Os colonos de São Paulo organizaram expedições (bandeiras) que, em busca de ouro, penetraram até os rios Paraguai, Gouporé e Amazonas. Em 1698 descobriram ouro em Minas Gerais, pouco depois em Mato Grosso, e em 1725 em Goiás. Na evolução econômica do país se completavam assim os ciclos de "pau Brasil" (1500-53), do açúcar (1554-1694) e de ouro (1694-1750). Os bandeirantes venceram grandes obstáculos e fundaram muitas colônias agrícolas e mineiras. Ao terminar a denominação espanhola, os governadores gerais do Brasil receberam o título de Vice-rei foram morar no Rio de Janeiro em 1763.
5. O império: Quando Napoleão invadiu o Portugal em 1807, o príncipe regente Don João se trasladou com a sua corte ao Brasil. Em 1821 voltou para Lisboa , deixando como regente ao seu primogênito Pedro. Este lançou o chamado "grito de Ipiranga" ( Independência ou morte! ), pelo qual declarou a independência do Brasil (setembro 7, 1822) e coroou-se o imperador com o título de Pedro I (dezembro 7). O novo governo uniu-se com a Banda Oriental com o nome de "Província Cisplatense", o que provocou uma rebelião dos uruguaios ao mando de Juan Antônio Lavalleja e apoiados por Buenos Aires, quem foi derrotado em Juncal, pela esquadra argentina que enviava ao Almirante Brown; também houve em terra algumas ações adversas ao Brasil, e se chegou a um Tratado de Paz (1828) no qual se reconhece a Independência do Uruguai. Dom Pedro perdeu a sua popularidade por ter dissolvido a Assembléia Constituinte e ter perseguido a muitas pessoas ilustres (entre elas José Bonifácio de Andrada e Silva "Patriarca da Independência"). Em 1830 teve que abdicar em favor do seu filho Pedro, de cinco anos, a quem lhe nombrou uma regência. Aos nove anos de governo e na vista da difícil situação, o Parlamento concordou declarar a Pedro maior de idade, porém que ele só tinha quatorze anos. Com o nome de Pedro II, o jovem assumiu o governo. Durante seu próspero reinado instalaram-se as primeiras industrias, construíram-se ferrovias, estimulou-se a migração, fomentaram-se as artes, abriram-se escolas e se encrementou
a agricultura e o comércio. Também ocorreram duas guerras importantes. Na primeira, em 1851, Brasil apoiou a uma facção argentina para derrocar ao ditador Juan Manuel de Rosas; na segunda (1865-70), formaram uma aliança com Uruguai e a Argentina para derrotar ao caudilho paraguaio Francisco Solano López.
6. A república: As idéias republicanas, que foram se estendendo desde princípios do século XVIII, em 1789, animaram o primeiro movimento independista, encabeçado por José Joaquím da Silva Xavier ("Tiradentes"), quem morreu no cadafalso depois de cruéis torturas (abril 2, 1792), ressurgiram através de todo o século XIX. O movimento culminou em 1888, quando aboliu-se definitivamente a escravidão: os fazendeiros do Sul, que perderam seus escravos sem compensação econômica, uniram-se aos republicanos e ao exército para derrocar a monarquia. Benjamin Constant associou-se aos Grais. Manoel Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto para iniciar o movimento. Em 1889 (novembro 15) se proclamou à República sem derramamento de sangre.
Os governos províncias se aderiram e se estabeleceu um governo provincial encabeçado por Fonseca, quem foi sucedido por Peixoto. Em 1891 Aprovou-se a Constituição Federal. De 1891 a 1930 foram eleitos Presidentes da República com regularidade cada quatro anos. Dois homens foram especialmente destacados na república: o jurista Rui Barbosa e o diplomático Barão de Rio Branco. Em 1930, uma revolução levou ao poder à Getúlio Vargas, quem quatro anos depois foi eleito presidente por uma Assembléia Constituinte e governou até 1945. Nesse ano voltaram as eleições populares: foi eleito a General Eurico Gaspar Dutra. Vargas, que voltou ao poder nas eleições de 1951, suicidou-se em agosto 24, 1954 a conseqüência de uma grave crise política.
Em 1956 foi eleito Juscelino Kubitschek; desde a sua administração se trasladaram os poderes da Nação para a nova capital, Brasília (abril 21, 1960).
Jânio Quadros, eleito para o período 1961-66, renunciou em agosto 25, 1961, e foi substituído por João Goulart (setembro 7) depois de uma crise na que optou-se pelo sistema presidencial. Goulart, que preferiu se rodear com elementos de extrema esquerda, foi deposto em abril de 1964 mediante uma revolução sangrenta. Para substituído até 1967 foi eleito pelo Congresso o Gral. Humberto Castelo Branco, que em 1967 entregou o poder a Arthur da Costa e Silva. Este vítima de um síncope cardíaco em 1969 foi substituído pelo Gral. Emílio Garrastazú Médici. Para 1974 - 79 foi eleito Presidente o Gral. Ernesto Giesel. Em outubro 15, de 1978, foi eleito para um período de cinco anos o Gral. João Ernesto Figueiredo, quem assumiu a presidência em março 15, 1979. Em novembro do próprio ano ficou cancelado o sistema bipartidista, com um desenho de vigência, e foi autorizada a atuação de diversas organizações partidistas. Brasil recebeu a visita do Papa João Paulo II em junho de 1980.
Para o período entre dia 15 de março de 1979 e dia 15 de março de 1985 foi eleito Presidente o Gral. João Batista de Oliveira Figueiredo. Em seu governo foi promulgada a Lei de Anistia, que possibilitou o regresso dos sancionados pelo movimento do ano 64; a reforma partidária foi feita e em 1982 se realizaram as primeiras eleições diretas para governadores, fato que ocorria desde 1965. O país deveu enfrentar se com o agravamento da crise econômica e o endividamento externo. Se inaguraram, por outra parte, as centrais hidroelétricas de Tacuarí e Itaipú e ferrovias de Carajás.
O dia 15 de janeiro de 1985 o Colégio eleitoral escolheu Presidente da República ao Candidato opositor Tancredo Neves, quem devido a uma doença imprevista, não conseguiu assumir, mas em seu lugar assumiu o vice-presidente o vice-presidente eleito, José Sarney, dia 15 de março de 1985. O dia 21 de abril do mesmo ano morre Tancredo Neves, e José Sarney assume a Presidência.
O governador Sarney teve como nota dominante o comprimento da principal missão do seu mandato: a convocatória e o funcionamento da Assembléia Constituinte para votar uma nova constituição, no marco democrático. A promulgação da nova carta foi feita dia 15 de outubro de 1988.
Teve o seu começo a implementação do Plano Nacional de Reforma e Desenvolvimento Agrário e também o Programa de Irrigação do Nordeste. Em política exterior, foram botadas as bases para lograr uma integração política, econômica e cultural com a Argentina e o Uruguai. No aspecto econômico instituiu o Plano Cruzado para combater a inflação, mas fracassou.
O dia 15 de março de 1990 Fernando Collor de Mello, governador de Alagoas, de 41 anos, é eleito presidente. Para controlar o equilíbrio econômico, elabora o Plano Brasil Novo ou Plano Collor, o mais drástico programa de estabilidade até esse momento imposto no país. O fracasso deste plano e as acusações de corrupção econômica na qual viu-se envolvido o levaram a renunciar depois de ser submetido a um processo constitucional de "impeachment".
Em seu lugar assumiu o vice-presidente Itamar Franco.