O desenvolvimento do pensamento bramânico nos Upanishades e nos Aranyakas é devido em especial ao ascetismo da filosofia yoga. Os Aranyakas são textos destinados à instrução espiritual dos brâmanes eremitas que vivem nas selvas. Já Upanishade significa doutrina arcaica, revelação sagrada.
Para a salvação eterna, o importante é a gnose, e não o rito. Os upanishades, diversamente dos Brâmanes, manifestam uma grande simpatia para com o yoga.
A Braman (essência do mundo, princípio supremo) une-se uma nova concepção do Absoluto: a do atman. A essência do homem, e de qualquer outra coisa, é atman, a alma, o espírito. Mas o homem e cada coisa se fazem uma só com o braman. Logo, o braman é atman, isto é, o Absoluto, e o todo é espírito. O mundo empírico é uma decadência da pura espiritualidade do braman-atman. Existe apenas o braman-atman, e as coisas existem só na própria unidade. Os upanishades pregam a renúncia e afirmam uma moral ascética em relação aos bens do mundo, considerados vãos e ilusórios. Não há medo da morte, mas medo de continuar a viver numa outra vida, conforme a metempsicose (transmigração das almas). Toda a moral visa a fugir do renascimento da alma, da transmigração. O único modo de se salvar e libertar-se da vida dolorosa do mundo seria a inação.
Ao problema moral, assim entendido como problema da libertação são dadas então, até agora, duas soluções: a do Ioga e a dos Upanishades. O Ioga ensina a viver sem agir, renunciando à vida segundo a natureza, violentando perpetuamente as condições normais da existência. Para os Upanishades, ao contrário, a salvação e a libertação provêm do conhecimento, que dissipa a ilusão do mundo e nos faz atingir a imutável realidade do Branan. Cessando o turbilhão da vida e da morte, alcançando-se a paz. Tal intelectualismo terá êxito feliz no bramanismo posterior e também no budismo, que é um sistema heterodoxo e ateu.
Um dos documentos composto de quatro compilações, muito usado pelo Bramanismo. No Hinduísmo, o estudo dos Vedas não é de muita importância, exceto em algumas escolas filosóficas.
Rig Veda - Ou "Veda das Estrofes". Contém 1028 hinos dedicados às divindades. É uma espécie de antologia onde a maioria dos hinos se refere ao sacrifício, elemento fundamental do Bramanismo.
Yajur Veda - Ou "Veda das Fórmulas". Reúne uma combinação de diversas fórmulas que acompanham a liturgia, seguidas de comentários em prosa.
Sarna Veda - Ou "Veda das Melodias". É semelhante ao Rig Veda, sendo, porém, acompanhado por notações musicais e se destina especificamente à execução do canto sagrado.
Atharva Veda - Também semelhante ao Rig Veda, porém de caráter mágico e especulativo.
Existem várias escolas filosóficas no pensamento hindu. Cada uma dessas escolas apresentam dogmas, pensamentos ou liturgias diferentes. O hinduísmo bem como qualquer outra religião hindu, parte de princípios dos "Três Caminhos".
a) Caminho do Conhecimento (Jnanamarga) - Doutrina que declara que o bem supremo pode ser obtido através do conhecimento.
b) Caminho da Ação (Mimamsakas) - Declara que o mais alto grau da ascensão espiritual que o homem pode almejar só pode ser realizado pelos sacrifícios e outras observações rituais.
c) Caminho do amor (Bhaktimarga) - Declara que o mais alto grau da ascensão espiritual se realiza através do amor e da devoção à divindade. Esse caminho tornou-se o mais importante dos três na religião hindu.
Há várias correntes no hinduísmo moderno, representadas por inúmeras seitas, que tendem a misturá-lo com o Cristianismo, como é o caso do Rãma-krisna, considerado santo por seus seguidores, que tinham "visões" de Rãma, Siva, Kãli, Alá e Jesus e dizia que todos eram um só Deus, para quem a humanidade caminhava por vias diversas.
A Índia, berço de muitas religiões, é um forte centro de convivência e de absorção de vários sistemas filosóficos e religiosos. O hinduísmo continua a ter a maioria da população (85%), seguindo-se o Islamismo (9,9%), o Cristianismo (2,3%), o Sikhismo (1,7%), o Jainismo (0,5%), o Budismo (apenas 0,1%) e outras (0,5%).