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Publicado no sítio “NOVA ERA”, no endereço a seguir:

http://br.geocities.com/novaeramg/

OUTRAS FAMÍLIAS......

Considerações do Autor do Sítio, a Respeito da Matéria

Com base em importante estudo do Professor Cid Rebelo Horta, sobre as origens, influências e transformações, pelas quais passaram as famílias governamentais do Estado de Minas Gerais

 

“Teria de falar também noutras parentelas que completam a constelação governamental de Minas. Os Fulgêncio Alves Pereira-Cunha Melo-Peixoto dominam largo trecho do Norte do Estado desde há mais de um século.

Os Coelho são os fundadores de Guanhães; e é ditado popular que em Guanhães e Virginópolis "quem não é Coelho, é couve", tão extensa é essa parentela no Nordeste Mineiro. Formam os Coelho um grupo familiar poderoso desde antes da República aos nossos dias, com Francisco Nunes Coelho Jr., Getúlio de Carvalho, Nelson Coelho de Sena, Caio Nelson de Sena, Euler de Sales Coelho, todos senadores ou deputados no primeiro ciclo republicano. Na atualidade há dois representantes da família, um na Câmara Federal ( Guilherme Machado ), outro na Assembléia Legislativa ( Rafael Caio Nunes Coelho ), ambos lutando em Peçanha contra os Cunha Pereira, que, igualmente, desde há um século encontram-se na liça política.

No Norte, ainda temos os Murta, os Versiani, os Caldeira; no Triângulo, os Rodrigues da Cunha, os Borges; no centro, ao redor de Curvelo, os Mascarenhas são tão poderosos em política quanto na indústria, de que se tornaram pioneiros e líderes entre nós.

A amostragem feita basta para revelar as grandes linhas seguidas pelo sistema patrimonialista em Minas Gerais; aí estão representados 33 dos 55 presidentes da Província e 80% dos governadores republicanos de Minas Gerais.

Com um pouco mais de dados e classificação metodológica mais rigorosa, estou certo de que poderia completar a cadeia de "parentelas" que desde os tempos coloniais governam a terra mineira.

Baseado no domínio da terra, esse processo de chefia política, que se transfere de pais a seus descendentes e afins, somente há bem pouco começou a denunciar sintomas de desagregação em conseqüência dos abalos sofridos na estrutura agrária em que se fundamentava.

São muito conhecidos os fatores que determinam a desagregação da feição tradicional da nossa política, mas todos poderiam resumir-se num fato fundamental – a decadência da estrutura agrária e o aparecimento de uma nova estrutura econômica, a industrial.”

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