Mês de Agosto - Salve Obaluaiê!!!
Atótóo! Atótóo!
Silêncio! Silêncio!
Esse é o significado da saudação de Obaluaiê, denotando respeito e cerimônia.
Os escravos sincretizaram Obaluaiê como São Lázaro, São Roque, São Sebastião (no Recife), entre outros. Usavam assim as imagens desses santos católicos para fugir do jugo do Senhor e poder cultuar seu Orixá, entoando cânticos de louvor e adoração em sua língua.
Dentro da Umbanda, mantém estreita relação com a linha das almas. Encontra-se identificação com esse Orixá nos trabalhos dos pretos-velhos, onde muitos dizem ser da linha de Obaluiaiê.
Não é cultuado em todas as casas de Umbanda, na maior parte das vezes, pela falta de conhecimento e despreparo dos médiuns no trato com esse Orixá.
Dentro do Candomblé, é um Orixá da família djedje, juntamente com Nanã e Oxumaré. Sua origem está possivelmente no território de Tapá (ou Nupê), mas há quem duvide dessa região como sendo a sua "terra natal".
Há indícios que seu culto é tão antigo que seria anterior a chegada de Orunmilá, vindo de Odùdùa.
Narra um Itan de Ifá a seguinte história:
"Obaluaiê era oriundo de Empé (Tapá) e havia levado seus guerreiros aos quatro cantos da terra. Uma vez ferido por sua flecha, a pessoa ficava cega, surda ou manca. Ao chegar ao território Mahii, no norte de Daomé, dizimou seus inimigos e colocou-se a massacrar tudo aquilo que lhe aparecia pela frente. Os Mahii, consultaram então um babalawô que lhe ensinou como acalmar Obaluaiyê. Eles fizeram então oferendas com pipocas.
Satisfeito com a atenção dispensada a ele, Obaluaiyê mandou que construissem um palácio onde ele dali em diante moraria. Desde então, nunca mais voltou a Empê.
Os Mahii prosperaram e tudo se acalmou. Apesar da sua escolha por Mahii, em Empê continuou sendo saudado como Kábíyèsí Olútápà Lempé (Rei de Nupê em país Empê)"
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Última atualização em: 16 de setembro de 2000
