A UM MASCARADO Rasga esta máscara ótima de seda E atira-a à arca ancestral dos palimpsestos... É noite, e, à noite, a escândalos e incestos É natural que o instinto humamo aceda! Sem que te arranquem da garganta queda A interjeição danada dos protestos, Hás de engolir, igual a um porco, os restos Duma comida horrivelmente azeda ! A sucessão de hebdômadas medonhas Reduzirá os mundos que tu sonhas Ao microcosmos do ovo primitivo... E tu mesmo, após a árdua e atra refrega, Terás somente uma vontade cega E uma tendência obscura de ser vivo ! Augusto dos Anjos