Diamante
2a. Parte
(continuação)
Geologia do diamante
- 3 o
Simpósio Brasileiro de Geologia do Diamante - novembro de 2001
-Diamantes de Minas Gerais: qual
terá sido o caminho das pedras?
-A polêmica da
origem do diamante na Serra do Espinhaço (Minas Gerais)
-
Grupo de pesquisa da UFMG (líderes: Joachim Karfunkel e Mario
Luiz de Sá Carneiro Chaves)
- Minerais
pesados como indicativos de áreas fontes primárias dos
diamantes da Serra do Espinhaço
& Diamantes
na mina de Romaria (2 artigos)
-
Kimberlitos diamantíferos no Brasil e sua pesquisa, por Axel
de Ferran
-Aspectos mineralógicos,
geológicos e econômicos de diamantes e carbonados da
Chapada Diamantina, Bahia
-Significado
econômico de sedimentos conglomeráticos na região
de Diamantino, Mato Grosso
-Placers
diamantíferos da região de Água Fria, Chapada dos
Guimarães, Mato Grosso
- Jazidas
de Argyle, Austrália
As
fontes primárias dos diamantes - os kimberlitos - aparecem
normalmente na forma de chaminés intrusivas na crosta, podendo
apresentar contribuições variáveis de
xenólitos das rochas por onde passou a intrusão. Os
kimberlitos são rochas híbridas, ultrabásicas,
potássicas e ricas em voláteis (CO2 e H2O),
compostas por fragmentos de eclogitos e/ou peridotitos, em uma matriz
fina formada essencialmente de olivina (predominante), flogopita,
calcita, serpentina, diopsídio, granada, ilmenita e enstatita
(Chaves & Chambel, 2003).
O diamante se forma numa área
delimitada pela interseção entre o Manto Superior e a
região basal da Litosfera, onde esta se torna mais espessa. Esta
área bem delimitada se denomina de Janela do Diamante. O seu
limite superior é a isotermal de 900oC e o limite
inferior, de 1200oC. Abaixo da curva do Manto Superior
está a zona de equilíbrio do diamante e acima, a zona de
equilíbrio da grafita. A gênese do diamante exige uma
profundidade entre 150 e 200 km (acompanhe a curvatura da figura).
Esta figura (acima) mostra o início da
ascensão da chaminé kimberlítica, a partir do
Manto Superior, transportando os cristais de diamante no seu interior.
Concluída a sua ascensão, a chaminé kimberlítica atinge a superfície do terreno. Observe que o kimberlito estéril (barren kimberlite) se encontra na zona de equilíbrio da grafita, não podendo, portanto, conter diamante.
Diamante no Brasil
- Diamante no Triângulo Mineiro (Berço dos maiores diamantes das Américas: Presidente Vargas, Darci Vargas, Presidente Dutra e outros)
- Visite Coromandel
- Garimpo e o meio ambiente
- Coromandel como fonte de inspiração
- Agostinho Rosa - amigo e cidadão de Coromandel
- Harry Winston (de Nova York): o joalheiro que comprou o diamante Presidente Vargas
- Vídeo da TV Globo - Fantástico (7.08.2001) (use o RealPlayer) Obs.: A reportagem cita erroneamente que o diamante Pres. Vargas tinha o peso de 900 quilates (o número correto é 726,6). A TV Globo está reorganizando a coletânea de vídeos disponíveis na Internet, de modo que este não se encontra online no momento.
- Diamantes brutos com mais de 100 quilates (51 pedras)
Amostra de kimberlito procedente do Alto Paranaíba, região de Coromandel, MG
(o comprimento da face polida é de 11 cm).
Fotos da região do rio Santo Antônio do Bonito, mun. de Coromandel, onde a empresa Brazilian Diamonds (ex-Black Swan) está realizando pesquisa mineral Note-se que na calha deste rio foi encontrado em 1938
o Presidente Vargas, o maior diamante das Américas.
(Crédito: homepage da Brazilian Diamonds Limited).
http://www.braziliandiamonds.com/
- História de Diamantina
- Diamantina e os sertões
- A poesia de Diamantina
- Museu do Diamante (Diamantina, MG) - foto
- Mineração no Brasil Colonial
- Spix e Martius, a Estrada Real e a cultura tropeira
- Diamante em Rondônia
O ano de 2004 registrou o triste episódio de um massacre de 32 garimpeiros pelos índios Cinta-Largas na Reserva Roosevelt, município de Espigão D'Oeste, na parte oriental do Estado de Rondônia. O motivo foi a disputa de uma rica jazida de diamante ocorrendo dentro da Reserva. A extração do diamante é ilegal, pelo fato de se situar em terras indígenas. Todavia, há especulações de que esta área tem produzido algo em torno de um milhão de quilates anuais, no valor aproximado de US$ 100 milhões. Em 23 de novembro desse mesmo ano, foi editada uma Medida Provisória autorizando a arrecadação e alienação dos diamantes brutos em poder dos indígenas.
Depois de arrecadados, os diamantes foram leiloados no dia 2 de fevereiro de 2005, em hasta pública da Caixa Econômica Federal, na cidade do Rio de Janeiro. Segundo um comunicado da Caixa no dia seguinte, os 665 quilates leiloados renderam a cifra de R$ 716.920,00. Seguem as imagens de algumas pedras leiloadas:
Pedra com 28,40 ct, ofertada com lance mínimo de R$ 80.000.
Lote de 30 pedras, estando 7 delas no intervalo de 1,01 a 2,99 quilates; as 23 restantes variam de 10 pontos até 1 quilate. Lance mínimo para o lote: R$ 8.010.
- Diamante na Bahia
-
O circuito dos diamantes
- A
história do diamante na Chapada
-
Ecoturismo
A Bahia no Cancioneiro PopularQuero me casar
com negociante
Que vá pra Chapada
Buscar diamante
Meu bem, meu amante
É um negociante
Que foi pra Chapada
Buscar diamante
As moças d’agora
Só querem brilhante
Eu vou pra Chapada
Buscar diamante
- Diamante em Mato GrossoAs moças d’agora
Só querem se casar,
Botam a panela no fogo
E não sabem temperarFonte: http://jangadabrasil.com.br/abril20/cn20040a.htm
- Estrutura sócio-econômica e dinâmica dos impactos ambientais na bacia do Alto Rio Paraguai
- Projeto Pantanal - Universidade de Tübingen
- Garimpos de diamante no Pantanal Mato-Grossense
- Pantanal - informações gerais
- Diamante em Roraima
-
Um
pioneiro em busca dos diamantes
- Tambaqui, o
novo diamante
- Diamante no Piauí
- Degradação ambiental em Gilbués
- Gilbués, uma cidade condenada a desaparecer
- Mapa indicativo das províncias diamantíferas do Brasil
Fonte: www.ourivesariauniversal.com
- Entidades do setor
- Instituto Brasileiro de Gemas e Metais
Preciosos-IBGM
Coleção particular
Ao lidar com diamantes, qualquer geólogo é
tentado a adquirir alguns espécimes de diamantes brutos em
garimpos ou de comerciantes, iniciando desse modo uma pequena
coleção particular. O autor desta página
não fugiu à regra. Seguem as imagens de alguns
espécimes dessa coleção.
Sandy e Júnior, com 37 e 49 pontos, respectivamente.
Weird, com 89 pontos.
Detalhe de Weird, com parte dos
octaedros bem visíveis.
Da esquerda para a direita: Júnior, Weird, F 61(com 13 pontos) e Sandy. Todos os espécimes são diamantes brutos, com exceção do F 61, que é lapidado (escala em milímetros).
Outra imagem dos 4 diamantes.
Diamante no mundo
Os sites que seguem são fontes de informação muito ricas sobre o tema em questão:
-
Exposição sobre diamantes - Museu Nacional de
História Natural (Paris)
- Exposição sobre
diamantes - Museu da Civilização (Quebec)
- Museu de
História Natural (New York)
- Museu do Diamante
(Antuérpia, Bélgica)
- Instituto Gemológico da
América-GIA
- Instituto
Gemológico Internacional-IGI
-
Smithsonian Institution (Washington, D.C.)
- Kimberlites
and the Diamond Fields
Diamantes famosos
- 1: Clique aqui
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aqui
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-
Maiores diamantes lapidados
The Centenary: o orgulho da De Beers . Descoberto na mina Premier, África do Sul, em julho de 1986. Enquanto bruto, pesou 599,10 quilates. Com a ajuda de uma pequena equipe, o lapidário Gabi Tolkowsky levou quase três anos para transformá-lo num dos diamantes mais perfeitos, de corte mais moderno e de mais bela cor da atualidade. Possuindo 247 faces, o Centenary lapidado pesa 273,85 quilates, sendo superado apenas pelo Great Star of Africa (530,20 ct) e pelo Lesser Star of Africa (317,40 ct), ambos integrantes das jóias da Coroa Britânica. O Centenary foi exposto ao público pela primeira vez em cerimônia realizada na Torre de Londres, em maio de 1991.O Presidente Vargas, com 726,6 quilates, foi o maior diamante já descoberto nas Américas. Foi encontrado no rio Santo Antônio do Bonito, município de Coromandel, em 13 de agosto de 1938. Coromandel se situa no Triângulo Mineiro e dista 403 km de Brasília e 475 km de Belo Horizonte. Na época era o 4o. maior diamante do mundo, caindo para a sexta posição algumas décadas mais tarde. Suas dimensões eram: comprimento - 56,2 mm; largura - 50,0 mm; e espessura - 24,4 mm. Era branco, transparente, com uma ligeira tonalidade amarelada em uma das extremidades. Consta que foi vendido por US$ 141.000, quantia equivalente na época a 120 kg de ouro. Com base nessa equivalência, o Pres. Vargas valeria hoje algo em torno de US$ 1.157.520 (se considerarmos a onça-troy a US$ 300). Entretanto, segundo informações coletadas na região, pedras com metade do tamanho do Presidente Vargas são vendidas hoje por algumas dezenas de milhões de dólares. Após ser vendido, sucessivamente, para compradores em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Amsterdã, o Presidente Vargas foi finalmente arrematado por um joalheiro de Nova York - Harry Winston - o qual cortou a pedra em 29 brilhantes. O destino desses brilhantes é um mistério que tentaremos desvendar.
Recentemente, foram obtidas as informações que seguem, fornecidas pelos joalheiros Mouawad , com sede em Beirute. Na viagem entre Amsterdã e Nova York, o Presidente Vargas foi segurado pela Lloyds no valor de US$ 750.000. Na primeira lapidação, devido à sua forma peculiar, decidiu-se cortar uma parte do topo da pedra de cerca de 20 quilates. Desta peça resultou uma "pera" pesando 10,05 quilates. Do corte principal resultaram duas partes, respectivamente com 550 e 150 quilates. Dos 29 brilhantes lapidados, 19 possuíam um tamanho maior e 10 pedras eram menores, atingindo o total de 411,06 quilates. Quanto à forma, o conjunto compreendeu dezesseis do tipo "esmeralda", um do tipo "pera", uma "marquesa" e entre as gemas menores dez triângulos e uma baguette. O nome Presidente Vargas foi retido para a gema maior, uma tipo "esmeralda", pesando 48,26 quilates. Por um certo número de anos este diamante foi de propriedade da esposa do Sr. Robert W. Windfohr, residente em Fort Worth, Texas, o qual o adquiriu em 1944. Em 1958 Harry Winston o recomprou e cortou-o novamente para um brilhante de 44,17 quilates (para eliminar defeitos microscópicos), vendendo-o novamente em 1961. As identidades dos outros compradores não são conhecidas, mas reporta-se que em 1948 Gaekwar de Baroda tinha comprado uma das gemas do Vargas. Relata-se, ainda, que em outubro de 1992 o Presidente Vargas IV, pesando 25,4 quilates, foi vendido por US$ 396.000.
Computação gráfica do diamante Presidente Vargas (Crédito: Jaime Barbosa, sob a supervisão de Iran F. Machado).