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Amor e Ódio 1998
Newton Meyer*


Amo as porteiras abertas,
Amo as fronteiras, incertas
Deste Brasil colossal. Amo os pampas, amo a serra,
E os pinheirais desta Terra; Amo a Paz e amo a Guerra,
E as águas do Pantanal.

Amo a floresta e o roçado;
Amo os rangidos do arado,
O Saci e o Curupira;
amo a Mãe-d'àgua e o Caapora;
amo a sanfona que chora
amo os roqueiros de agora;
amo as noites de catira.

Amo a onça arisca, enorme;
amo a coruja que dorme no telhado do curral.
Amo o ninho na arueira,
o bem-te-vi da porteira,
a seriema ligeira
nas ruas do cafezal.

Amo os campos de Humaitá,
Os mortos de Pirajá
e o riacho do Ipiranga;
as castanheiras, o piquí,
os frutos do burití;
amo o vinho do assaí,
a popunha e o cajá-manga.

Amo as barrancas do rio,
amo o calor,
amo o frio,
o samba, o maracatú.
Amo o lago e a corredeira
Jupiá ,Ilha Solteira
amo a força brasileira
nas gargantas de Itaipú.

Amo os palmares do Norte,
amo as ameias do Forte,
amo as folhas de jurema.
Amo as índias enfeitadas
as mineiras recatadas
amo as curvas bronzeadas
das garotas de Ipanema.

Amo as picadas e os atalhos,
Os granitos e os cascalhos
Dos garimpos brasileiros;
A blenda, a cassiterita,
o manganês, a hematita.
que tanto a cobiça excita
nos corações estrangeiros.

Amo Cícero Romão,
"Peregrino do Sertão"
Padre Vítor e Iãncã,
Amo a Morte e amo a vida;
Amo os carros de corrida,
Amo o grito da torcida,
Que atroa no Maracanã.

Amo o Cristo Redentor,
os sinais do Salvador,
que dobram dentro de mim.
Amo as dunas do nordeste,
Amo o Sertão,
amo o Agreste;
Respeito o "cabra da peste "
que se ajoelha no Bonfim.

Amo os mares cor das matas,
amo a espuma das cascatas
e o por-do-sol do Guaíba.
E a minha alma comovida
Venera a imagem querida
Da Senhora Aparecida
Das águas do Paraíba.

Esse amor predestinado,
Futuro, agora e passado,
vem de muitas gerações vem
do emboaba mineiro,
do goiano garimpeiro,
do farroupilha alvaneiro,
do seringal, dos sertões;

do Jangadeiro valente,
do paulista persistente,
do carioca feliz.
Vem do alemão "catarina",
Do japonês, vem do "china",
vigorosa adrenalina
no sangue deste país!
                                                          

Vem do cadinho das raças que, abandonando desgraças,
buscaram
Paz entre nós;
-e agora são nossa gente,
trabalhadora e contente
igual se fora semente
de nossos próprio avós!

Amor de braços abertos,
sem horizontes incertos,
confiante no futuro,
que tem por Estrela Guia
o Cruzeiro que alumia
nosso pão de cada dia
mais cristão e mais seguro.

Meu ämor sem preconceito",
Ama as leis, ama o Direito
- e abraça as revoluções.
Ama os negros de Palmares,
E o Canhão que atrôa os ares,
erguendo nossos cantares
no concerto das nações!

E esse amor quase infinito,
abraçando um povo aflito,
se ajoelha ante a Santa Cruz,
e jura morrer primeiro,
que permitir ao estrangeiro
triunfar sob o cruzeiro
de cinco estrelas de luz!

Mas... odeio o vilipêndio
que acende as iras do incêndio, queimando-todos os dias,
a Esperança Derradeira
igual insana fogueira
sobre a Pátria Brasileira
costurada por Caxias!

Odeio a selvageria
na luta do dia-a-dia,
que põe irmão contra irmão;
repudio o traficante,
o político farsante,
televisão degradante,
desmandos e corrupção.

Odeio o trabalho escravo,
o nepotismo,
o conchavo o funcionário servil;
o impatriotismo que graça,
botando o país à praça,
na vergonhosa trapaça
dos vendilhões do Brasil.

Odeio os lideres falsos,
que exploram homens
descalços,
sem terra e sem instrução
pregando a imbecilidade
em nome de uma "igualdade" divorciada da Verdade,
... que chama Revolução...

Odeio patrão safado
que engana e explora o
empregado,
não respeitando ninguém.
Odeio o empregado "esperto",
-que sabe fazer o certo mas,
desleal e encoberto,
engana o patrão também...

... E pôr tanta impaciência,
pelo ódio sem clemência,
peço perdão ao Senhor !
Se odeio tanto a injustiça,
A covardia e a cobiça;
Se odeio o vício que viça
- meu Ódio é feito de Amor !

Outubro de l.998-NEWTON MEYER. Cel.Art. QEMA. Da Academia Pouso Alegre (MG) "- Amor e Ódio" Prêmio Nacional l999 da Sociedade Cultura Latina do Brasil.. Transcrito do No/9 jornal "AÇÃO NACIONAL" Fone (11)3311-7552. São Paulo. Brasil.

 


Escultura em Madeira de Erwin Teichmann - Pomerode / SC

 

 


La Main de Dieu
Musee Rodin - Paris

 

 


Flor de Lótus

 

 


1964 - Antônio Maragno Lacerda
A penultima vez que morei em Paris -
Clichy

 

 

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Bignoniaceae - Tabebuia
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NATUREZA
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