Rachel de Queiroz demonstra o tempo todo a dura realidade vivida pelo povo nordestino. A seca, o pior inimigo desse povo, cria-lhe os piores momentos ou situações que podem, mas não deviam, ser vividos por qualquer SER HUMANO. A fome, a miséria, o desespero são pano de fundo constante em toda a obra e as mulheres são responsáveis por esta mensagem ou visão.
A mulher nordestina é o reflexo do sofrimento de um povo; é a mais frágil frente ao calor escaldante, à falta d’água, de comida e, principalmente, de sustento para seus filhos.
Mas em tudo isso podemos perceber a coragem desta mulher que, mesmo nos piores, ainda reúne forças para seguir acompanhando seu parceiro.
Durante toda a trama, só percebemos alguns momentos felizes e tranqüilos na convivência das filhas de Dona Idalina com sua amiga Mariinha. Elas bordam juntas preparando o enxoval e, para elas, os problemas da seca quase não existem.
Neste contexto, a mulher, independente de qualquer sofrimento DEVE SER MÃE.
Assim, a autora nos demonstra que a única alternativa de sobrevivência da mulher no sertão é SER COMPANHEIRA, PARCEIRA E MÃE, já que, com certeza, o sofrimento fará parte de suas vidas enquanto mulher nordestina.