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A Carne

e seus problemas associados

O bumerangue da criação intensiva, industrializada volta-se contra o próprio Homem

Site Original (em Inglês)

por Victor C. Forsythe (angelman24@hotmail.com)

O USDA acaba de recolher 25 milhões de libras de hamburgueres contaminados e o Secretário da Agricultura Dan Glickman estava se esforçando para parecer otimista.

"Todas evidências nesse ponto indicam que contivemos o surto" declarava ele aos repórteres em agosto p.p.. A mensagem tranquilizadora não gerou muito otimismo. Não só os pesquisadores falharam em localizar exatamente a fonte da contaminação, mas todos envolvidos – inclusive a indústria da carne – admitiram que futuros surtos são inevitáveis.

A espécie mortífera da bactéria E.coli encontrada em hamburgueres na Hudson Foods Inc. é apenas uma das diversas doenças ameaças à vida encontradas no suprimento de alimento humano. O problema é uma conseqüência inevitável dos modernos sistemas de fazendas de criação intensiva, industrializada, cujo próprio sucesso na produção em massa de alimento causou o potencial para o massivo crescimento das doenças. Uma doença introduzida no sistema tem o potencial de se espalhar extensamente e frequentemente não pode ser detectada até que já esteja no prato do consumidor. No entanto as fazendas industrializadas se tornaram tão entrincheiradas na sociedade moderna que ninguém está propondo seriamente quaisquer alternativas. Em vez disso, o Departamento de Agricultura dos E.U.A. (USDA) está travando batalhas tentando proteger a retaguarda – "contendo surtos" em vez de evitá-los, porque ações preventivas eficazes seriam bem mais radicais do que qualquer um dos que estão no poder estão preparados para permitir.

O que você deve fazer para se proteger do alimento que não oferece segurança? Segundo o USDA e a indústria de alimentos, você deve lavar as mãos e superfícies da cozinha com mais freqüência e cozinhar tudo por mais tempo. Em outras palavras, pense na sua cozinha como uma câmara de descontaminação. Dentro das fábicas de alimentos eles planejam introduzir outras reformas – protocolos para segurança dos alimentos visando "pontos de controle críticos e perigosos " - (em inglês abreviado como HACCP. Finalmente eles iriam irradiar nuclearmente o seu alimento antes de venderem para você, bombardeando-o com radiação para matar bactérias.

Porém procedimentos para "pontos de controle críticos e perigosos" só podem ser eficazes caso antecipem todas entradas potenciais através das quais a doença pode entrar e se espalhar. E mesmo irradiando seu alimento – a solução atualmente sendo empurrada pelas indústrias do lixo nuclear e alimentícias – isso não irá acabar com tudo que poderia matar você. Trata-se apenas do mais recente "jeitinho" high-tec para resolver problemas criados pela produção em massa, problemas que demonstram que os perigos criados pela inovação tecnológica tendem a ser difíceis de prever e duros de controlar, uma vez que tenham emergido. O problema é de escopo global e crescente. Tomemos, por exemplo, o caso da doença da vaca louca. Inicialmente identificada na Inglaterra em 1985, a doença da vaca louca – tecnicamente BOVINE SPONGIFORM ENCEPHALOPATY (BSE) ou encefalopatia bovina espongiforme – produz profunda deterioração física e demência, antes de matar. Pertence a uma classe de moléstias cerebrais fatais conhecidas como encefalopatias espongiformes transmissíveis, ou TSEs, porque podem metralhar os cérebros das vítimas com perfurações microscópicas semelhantes às das esponjas.

Nem a irradiação nem o cozimento, nem qualquer outra esterilização rotineira, resolve para matar o agente infeccioso que causa TSEs. Segundo a principal teoria científica atual, o agente infeccioso não pode ser morto de maneira alguma, porque não se trata de um organismo vivo, para começar. É simplesmente uma proteína, chamada "prion" (Pri-on), que ocorre naturalmente em todos mamíferos e tem a capacidade de redobrar-se sobre si mesma, numa configuração fatal que se multiplica recrutando outras proteínas prion para modificarem seus padrões de dobrar.

Uma Estaca* Através do Coração

* no original inglês havia um trocadilho significativo, a palavra "steak" significando bife, mas sendo homônimo também de "stake", estaca.

Se o prion é apenas uma proteína, segue-se que a única maneira de "desinfetar" carne contaminada seria tratá-la com algo que destrói proteínas – o que praticamente iria negar todo o sentido de se comer carne, em primeiro lugar. Além da radiação, prions conseguem aguentar antibióticos, água fervente, alvejantes, formaldeído, e uma variedade de solventes, detergentes, e enzimas que sabidamente destroem a maioria das bactérias e vírus conhecidos. Num experimento, o agente infeccioso permaneceu transmissível mesmo após uma exposição durante uma hora a 360 graus centígrados (680 graus Fahrenheit!) – calor suficiente para derreter chumbo e reduzir um naco de carne de bom tamanho a cinzas finas.

Esta resistência forçou os pesquisadores a levantarem a questão perturbadora de que nem mesmo a incineração pode garantir que o agente seja desativado.

E ainda pior, se prions infectantes simplesmente forem versões redobradas de uma proteína que o corpo produz naturalmente, testar para verificar a presença deles será muito mais difícil que testes para bactérias, virus ou outros invasores externos. Portanto, a doença geralmente passa desapercebida, até que sintomas visíveis apareçam, altura em que a morte já é inevitável.

Diferente de outras doenças infecciosas, TSEs podem surgir através de mutações por acaso, mesmo em populações que nunca foram expostas. Estas ocorrências "espontâneas" afetam aproximadamente um em um milhão de seres humanos por ano e matam uma variedade de outros mamíferos com a mesma freqüência.

Finalmente, TSEs caracterizam-se por uma incubação bem mais longa que o virus da AIDS. Foram documentados casos em que mais de 40 anos haviam se transcorrido entre a época da exposição e o advento dos sintomas. No conjunto, todos estes fatores tornam impossível prevenir os surtos através de quarentenas, ou até mesmo de detectar um surto antes que tenha chegado a proporções epidêmicas.

Felizmente, as encefalopatias espongiformes transmissíveis possuem um calcanhar de Aquiles: Elas geralmente são "difíceis" de transmitir, especialmente de uma espécie para outra.

Com a exceção de uma doença nas ovelhas chamada "scrapie", TSEs se espalharam largamente somente em populações que mantinham práticas alimentares antinaturais. Nos seres humanos, o exemplo mais notável ocorreu na sociedade Fore de Papua, Nova Guiné. Após incorporar canibalismo ritual nas cerimônias funerárias no início do século 20, os Fore caíram, vitimados em grande número por uma devastadora epidemia de TSE chamada kuru.

Você é o que você come

Contudo nos dias atuais, no mundo high-tech das fazendas industrializadas, canibalismo e outros padrões alimentares antinaturais não só são praticados mas também pregados como o mais recente milagre da eficiência moderna e progresso.

Embora estas práticas sejam de fato bem mais difundidas nos E.U.A. que em qualquer outro país, foi na Inglaterra que os primeiros casos de TSEs se alastrando de animais para seres humanos foram documentados. Assim como kuru, a epidemia inglesa da doença da vaca louca foi ligada ao canibalismo – no caso, alimentar o gado com proteína "convertida" do próprio gado. Logo após as primeiras mortes humanas na Inglaterra, o USDA e a indústria pecuária relutantemente aceitaram uma proibição limitada dessa prática. A fim de minimizar o golpe na indústria, contudo, foram escritas cláusulas que permitem escapatória na legislação. Continua sendo legal dar proteína convertida de gado aos porcos ou galinhas, cujos restos por sua vez, podem novamente ser convertidos e dados para alimentar o gado.

Além disso, porcos ainda comem porcos, e galinhas rotineiramente são alimentadas com suplementos proteicos derivados de penas, sangue e até mesmo fezes de outras galinhas.

Segundo a editora das Pesquisas do Consumidor sobre Alimentos, Beatrice Hunter, a procura das indústrias alimentícias por rações animais mais baratas, "nos levou da alimentação a base de grama e feno até tais ingredientes não-tradicionais na ração animal como sedimentos de esgoto e estrume tratado..."

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BSE - "A Doença da Vaca Louca"

Folheto Informativo da Sociedade Vegetariana da Grã-Bretanha

Uma Vaca Louca

    A encefalopatia espongiforme transmissível (TSE) ocorre em muitas espécies diferentes e é invariavelmente fatal. Não é passível de tratamento e é de difícil diagnóstico. Muitas vezes não é possível dizer-se se um indivíduo está infectado até que os sintomas finais comecem a manifestar-se.

A Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) é um tipo de encefalopatia espongiforme transmissível que ocorre em seres humanos. Nas ovelhas, a doença é chamada scrapie e está presente há mais de 200 anos na Grã Bretanha e outros países. A doença da vaca louca ou Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE) é a forma da doença que ataca o gado. Os primeiros casos confirmados de BSE foram detectados em 1986. Em outubro de 1994, mais de 137.000 cabeças de gado morreram da doença na Grã Bretanha e muitas outras devem ter sido abatidas para consumo humano antes de apresentarem os sintomas clínicos. No momento, cerca de 400 a 700 reses são diagnosticadas por semana com BSE. Em junho de 1994, mais de 51% das fazendas produtoras de lacticínios da Grã Bretanha estava afetada pela BSE.

CJD

Quando a BSE é transmitida ao homem, adquire as características da CJD. A maioria das pessoas com CJD tem entre 50 e 70 anos de idade. A doença é rara em pessoas com menos de 35 anos, a menos que provocada por procedimentos médicos como infecção por hormônio de crescimento contaminado, transplante ou equipamento cirúrgico. Não há tratamento, e a doença é sempre fatal.

A CJD caracteriza-se por infecção generalizada do cérebro decorrente da multiplicação da infecção em outras partes do organismo. Não se sabe como desenvolve-se a infecção. O agente causador da CJD não é uma bactéria ou um vírus comum.

Há evidências de que o agente infeccioso seja uma proteína anormal, chamada prion, que interage com material genético do hospedeiro (DNA) produzindo mais proteína, cujo acúmulo anormal provoca a doença.

Alguns casos de CJD podem dever-se a procedimentos médicos que introduzem material infectado. Nestes casos, a doença pode ocorrer na adolescência ou na juventude, tendo um período de incubação mais curto (o tempo entre a infecção e o aparecimento dos sintomas) de aproximadamente 4 a 10 anos. Quando procedimentos médicos não são os responsáveis, a doença ocorre principalmente na meia-idade, sugerindo um período de incubação mais longo. A origem da infecção CJD nestes casos é desconhecida. Há pouca evidência de que a CJD seja provocada por scrapie de ovelhas e não se conhecem casos de TSE natural em porcos ou frangos. As vacas são normalmente abatidas e consumidas com mais idade do que outros animais de criação, e são ingeridas em maior quantidade em hambúrgueres, salsichas, sopas etc. Possivelmente a BSE está presente no gado a um nível sub-clínico e é responsável pelo desenvolvimento da CJD.

BSE

O primeiro caso confirmado de BSE surgiu em novembro de 1986, embora haja evidência de casos anteriores em 1985. O período de incubação da BSE é longo e deve ter havido um acúmulo substancial de infecção em vacas antes de 1986.

No final de 1987, 420 casos de BSE foram confirmados em fazendas por toda a Inglaterra. As provas começavam a sugerir que o concentrado alimentar era responsável pela transmissão da TSE ao gado. A política adotada pelo governo foi afirmar que a alimentação era o único problema e que era a scrapie das ovelhas que estava sendo transmitida ao gado bovino.
Este argumento permitia ao governo afirmar que ao mudar-se a forma de alimentação a doença seria erradicada e como tratava-se de scrapie de ovinos, não havia riscos para a saúde humana. Em julho de 1988, um decreto oficial sobre alimentação de ruminantes foi expedido proibindo que o gado (e também ovelhas e cervos) fosse alimentado com proteína derivada de animais.

Anteriormente a este decreto de proibição, em maio de 1988, foi formado um comitê governamental (presidido por Sir Richard Southward) para examinar as implicações da BSE para a saúde animal e humana. Seguindo suas recomendações, o gado evidentemente afetado com BSE foi abatido e suas carcaças enterradas ou incineradas. Os fazendeiros receberam 50% do valor de mercado como ressarcimento.

O Relatório Southwood completo não foi publicado senão em fevereiro de 1989. Segundo este relatório, o número total de casos de BSE era da ordem de 17.000 a 20.000, com um máximo de 350-400 casos mensais; a doença extinguia-se no gado e este seria um hospedeiro final da doença.

Durante 1989, a quantidade de gado afetado por BSE continuou a aumentar. O número total de casos confirmados em 1989 foi superior a 7.136. O Comitê Tyrell de especialistas foi formado a pedido do Comitê Southwood. Em junho, ele recomendou que os dados de pessoas afetadas pela CJD fossem monitorados pelos próximos 20 anos.

Em novembro de 1989, o governo proibiu o uso de certos órgãos bovinos de entrar na cadeia alimentar, quais sejam, cérebro, cordão espinhal, timo, baço, amígdalas e intestinos. Foram selecionados com base na afirmação não comprovada de que o agente infeccioso não estaria presente em outros órgãos ou tecidos. Tratavam-se também de partes de baixo valor comercial.

O decreto excluiu animais com menos de seis meses de idade sob a alegação de que não teriam sido alimentados com ração infectada.

Entretanto, há falhas neste decreto. Primeiro, é difícil remover os órgãos especificados sem que haja qualquer contaminação dos demais órgãos. O uso de serras mecânicas para cortar as carcaças pode provocar infecção do cérebro e do cordão espinhal que se espalha amplamente. Segundo, o alcance das vísceras não é abrangente. Experimentos em outros TSEs mostraram que a infecciosidade está presente em uma ampla gama de tecidos e órgãos. Por exemplo, o scrapie em ovinos está presente nos tecidos do fígado, dos rins e dos ossos. É bem provável que a infecciosidade da BSE esteja presente nos músculos, no sangue e nos nervos periféricos.

Em 1990, o número de casos de BSE continuou a crescer. O total do ano foi superior a 14.000. A previsão do Comitê Southwood de um número total de 17.000-20.000 foi claramente imprecisa. O BSE tornou-se uma doença perceptível e o ressarcimento passou a ser feito em cem por cento do valor para casos confirmados.

Em março de 1991, o governo notificou a incidência do primeiro caso de suspeita de transmissão vertical, em um animal nascido quatro meses depois do decreto de proibição. A transmissão vertical da mãe para o bezerro sugere que a infecciosidade está no sangue. Se for assim, a infecciosidade não pode ser confinada a certas vísceras específicas e provavelmente se espalhará por todo o animal infectado. Além disso, esta transmissão indicou que uma vaca infectada não é uma hospedeira final.

O rápido crescimento do número de casos de BSE foi atribuído à reciclagem de órgãos infectados de gado na ração. Entretanto, não havia dados para sustentar esta afirmação, que parte do princípio de que 7 casos de BSE, em 1986, foram de algum modo responsáveis por 20.000 casos em 1991.

Em 1992, os números continuaram a crescer. Significativamente, a proporção afetada de gado com 3 anos de idade também aumentou. Isto sugere transmissão entre animais ao invés de pela ração e que a doença é endêmica e mantida por transmissão vertical e horizontal.

1992 também viu uma mudança na notificação de casos suspeitos, os procedimentos tendo se tornado mais estrênuos. Isto efetivamente produziu uma queda nos incidentes notificados de gado nascido depois do decreto de proibição.

A BSE foi transmitida a várias outras espécies. Por volta de 1992, estas incluíam gatos domésticos, pumas, guepardos, avestruzes e antílopes. Estes animais contraíram a infecção originalmente da alimentação. 14 antílopes no Zoológico de Londres foram confirmados com a doença. Em apenas um destes considerou-se ser a alimentação a responsável. Nos outros 13, considerou-se ter havido transmissão vertical ou horizontal.

O número de cabeças de gado com BSE nascidas após o decreto continuou a aumentar. Isto foi atribuído às reservas de alimento contaminado dos fazendeiros e seu uso contínuo por pelo menos seis meses após o decreto de proibição ser proclamado. Em março de 1994, o governo admitiu que mais de 8.000 reses nascidas depois do decreto de proibição estavam infectadas.

Em 1993, dois fazendeiros de fazendas de lacticínios com rebanhos afetados pela BSE morreram de CJD. Uma garota adolescente sem história familiar da doença e nenhuma fonte médica de infecção possível desenvolveu CJD, confirmada por biópsia.

Novas provas de transmissão vertical foram encontradas no próprio rebanho experimental do governo. Em 1988/89, 316 bezerros de vacas com BSE foram cuidadosamente criados em condições protegidas contra possível exposição à alimentação infectada. Em março de 1994, foi notificado que 19 destes bezerros contraíram BSE.

Há grande quantidade de provas em suporte da transmissão vertical. Mais de 12.000 cabeças de gado com BSE nasceram após o decreto de proibição, mais de 600 destes foram animais criados em regime de confinamento protegidos contra a BSE. A idade mais frequente de morte de um animal por BSE é de 4 anos. Isto sugere transferência vertical e não por uma fonte alimentar. Histórias de casos individuais suportam a transmissão vertical. A implicação mais importante da transferência vertical é que para ela ocorrer os agentes infecciosos precisam estar contidos no sangue.

Novas pesquisas mostraram que o agente infeccioso de scrapie em ovelhas não provocava BSE em vacas. Sintomas de doença desenvolviam-se, mas não os da BSE. Isto sugere fortemente que a BSE não originou-se da scrapie. Se BSE não é scrapie, então o argumento do governo de que a scrapie nunca infectou seres humanos e, portanto, a BSE também não irá infectar não é válido.

CARNE DE GADO

Como o risco de BSE, há outros riscos ligados ao consumo de carne de gado.

Ela é rica em gordura, sobretudo gordura saturada. Salsichas, hambúrgueres e outras carnes processadas são especialmente ricas em gordura. Mesmo após retirar-se a gordura visível, ela ainda está presente nos tecidos da carne. Esta é chamada gordura estrutural e sua quantidade exata depende da forma como o animal foi alimentado e criado. Cerca de 25% do total da gordura na carne é de gordura estrutural.

O consumo de gordura, sobretudo de gordura saturada, está intimamente ligado a várias doenças crônicas inclusive as doenças cardiovasculares.

A intoxicação alimentar provocada por produtos da carne também é um alto risco. De particular importância é a verocitotoxina E.Coli, que pode provocar falência dos rins e ser fatal. A incidência da verocitotoxina E.Coli está aumentando e tem havido uma explosão de casos ligados a hambúrgueres.

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Aves e Ovos: já estão podres!

Embora algumas pessoas que asseveram ser vegetarianos comam aves, as galinhas não são vegetais; elas são animais cujas vidas são consideradas como sendo tão sem importância que somente nos Estados Unidos já matamos seis bilhões delas todo ano para comer. Aproximadamente 280 milhões de galinhas suprem os 68 bilhões de ovos que os E.U.A. consomem a cada ano; o resto são abatidas pela carne. 98% das galinhas "poedeiras" são criadas em pequenas gaiolas super-populadas.

Frangos ou galinhas podem ser criados para carne, mas só as fêmeas podem produzir ovos, assim uns 280 milhões de frangos por ano são dispensados, sendo empurrados para dentro de sacos de plástico onde são deixados até sufocarem. Eles não podem ser criados para serem "assados" ou "fritos" porque não foram selecionados para produzirem muito músculo. Como o objetivo primário na granja moderna é criar um frango lucrativo, "assados" e "fritos" sofrem numerosos problemas de saúde – afetando seus ossos e pernas – porque são tão "pesados de carne". Galinhas criadas como superpoedeiras vivem tão estressadas que seu período acelerado de postura dura apenas um ano e meio a dois no máximo, comparado com 15-20 anos em que as galinhas produzem ovos sob condições naturais. Agora elas põe aproximadamente o dobro dos 120 ovos anuais que as galinhas punham há décadas atrás, antes das granjas industrializadas, e seus corpos cansados pagam o preço.

Frangos "Assadas"

Galinhas criadas por sua carne são mantidas em grandes galpões, que tipicamente, abrigam 25.000 aves. Galinhas conseguem funcionar bem em grupos de até umas 90, um número suficientemente baixo para que cada ave encontre um nicho na ordem galinácea. Em grupos apinhados de milhares, contudo, tal ordem social não é possível, e, em sua frustração, as aves se bicam umas às outras com tanta veemência que tiram sangue e até mesmo se matam. A seleção genética, para atender à demanda e também manter os custos de produção baixos, causa condições extremamente dolorosas. Segundo o professor veterinário John Webster, "Os "assados" estão... sempre cronicamente com dor, durante pelo menos 20% de suas vidas. Não se movimentam... porque dói tanto nas suas juntas." Investigação secreta feita pela PETA em 1994 sobre a indústria do frango "assado" revelou aves sofrendo de desidratação, doenças respiratórias, infecções bacterianas, pernas aleijadas, ataques cardíacos, e outras mazelas sérias. Em vez de receberem eutanásia, aves doentes podem ser surradas até a morte com um pedaço de cano ou poderão ter suas cabeças ‘porradas’ com um cano que leva um prego na ponta. Outras simplesmente são deixadas sofrendo até que morram por si mesmas.

Para manter as aves acordadas e comendo, as lâmpadas ficam ligadas 23 horas por dia. Pesquisadores agrários agora estão testando o uso de lentes de contato vermelhas para tornar as galinhas confusas e embaçar a vista delas, assim reduzindo seus movimentos e canibalismo.

Galinhas Poedeiras

A indústria de ovos agora está quase totalmente automatizada. Alimentação, iluminação, temperatura, e até mesmo troca de penas é controlado por máquinas; nada fica para a natureza. Os ovos rolam para uma esteira rolante, que os leva para fora do galinheiro. Esteiras rolantes também trazem alimento e água para as gaiolas, que ficam empilhadas em diversas camadas. Os pisos das gaiolas são de grades aramadas, de modo que a sujeira cai dos andares superiores para as galinhas de baixo. Uma só gaiola, aproximadamente de 16 a 18 polegadas, comporta cinco ou seis aves, cada uma com espaço para asas de 32 polegadas. O chão da gaiola é inclinado na direção dos TROUGHS de alimento e água, de maneira que os bichos mais fracos frequentemente são esmagados no fundo, suas penas desgastadas pelo constante contato com o arame, e finalmente morrem.

A ração de aves é especialmente formulada para encorajar aumento de peso. Milho híbrido fortificado com vitaminas A e D (para eliminar a necessidade nutricional de luz solar) e misturado com antibióticos para lutar contra as infecções oriundas da incrível sujeira pelo confinamento apertado e pesticidas para controlar as populações de moscas e diversos insetos parasitas. A indústria até mesmo desenvolveu meios de reciclar os próprios dejetos das aves de volta à dieta delas.

Num galinheiro típico de 80.000 galinhas, umas 20 aves morrem diariamente. Quando o nível de produção de ovos baixa demais para haver lucro, todas galinhas são abatidas, e seus corpos maltratados viram alimento para cães e gatos, sopa de galinha, ração de animais da indústria de peles, e outros produtos variados. O galinheiro é lavado como preparo para a próxima leva de desafortunadas aves.

O Resultado Malsão

Muitas pessoas, temerosas dos elevados níveis de gordura e colesterol no bife e outras carnes "vermelhas", estão comendo mais frango, acreditando que aves sejam uma alternativa saudável. Não podiam estar mais erradas. Não só o frango contém a mesma quantidade de colesterol que o bife (25 mg por onça de peso), como também é provável que esteja contaminado com LEUKOSE (câncer galináceo) que infecta 90% das aves de granjas industrializadas, ou salmonelose, que também tem sido encontrada em até 90% das aves inspecionadas federalmente. Segundo a Food & Drug Administration dos E.U.A., as aves são a causa número um das doenças causadas pela comida, causando 1680 mortes estimadas por ano  e milhões de casos de "problemas de estômago" ou "intoxicação alimentar". Um inspetor só dispõe de dois segundos para cada ave para checar sinais de contaminação .

Ovos também são perigosos para a saúde. Embora os peritos agora considerem que o ovo costumeiro contenha 213 mg de colesterol, em vez dos 275 que achavam antes, ovos causam intoxicação alimentar, particularmente salmonella, e contribuem para a obesidade, doença cardíaca, e outros problemas de saúde sérios. Na Inglaterra em fins de 1988, a Ministra da Saúde Infantil Edwina Currie comentou que "a maioria da produção de ovos neste país" está contaminada com salmonella. Como resultado de seu franqueza, as vendas de ovos na Inglaterra caíram repentinamente uns 60%, e a Sra. Currie foi pressionada a renunciar. Dois meses mais tarde, um relatório confidencial do governo vazou, declarando que até dois milhões de infecções por ano podem ser provocadas pelo consumo de ovos e aves no Reino Unido. Porque os sintomas de salmonelose são similares aos sintomas de gripe, muitas pessoas contraem intoxicação por salmonella sem perceberem.

Comer galinha não é mais saudável ou humano do que comer outros tipos de carne, e ovos não são mais seguros para comer agora do que quando revimos o nível de colesterol deles. Estes alimentos são perigosos para sua saúde, e existem diversos bons substitutos para eles. Tente um mexido de tofu em vez dos velhos ovos mexidos, use substituto de ovos* nos pães e bolos, e tofu marinado no próximo churrasco, e acabe com o negócio das câmaras de tortura das galinhas. Talvez a única maneira de ter certeza que um jantar de frango não irá envenená-lo ou a sua família é dispensá-lo.

(*) No Brasil parece que ainda não temos, mas é fácil substituir ovos em receitas: adicione aproximadamente meia xícara de leite para duas colheres de maizena, o que equivale a uns dois ovos.


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