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A zona de exclusão Bielorússa chama-se agora a "reserva florestal ecológica de radiação". A maioria das aldeias nela contidas são muito remotas. Muitas não têm estradas, e as únicas maneiras de lá chegar são de tractor ou a pé.

Quanto a cansaço, haverá sempre um banco onde sentar-se…

Ou podemos ficar em pé a olhar para a Niagara de Chernobyl. O nível de radiação aqui é o mesmo que em Kiev. Estar nesta ponte é tão seguro como estar nas pontes de Veneza. Mas nunca esquecer que isto é Chernie, onde se pode andar umas poucas centenas de metros e chegar a um sítio muito mau. Há mais de 800 locais de enterramento de desperdícios radioactivos na área de Chernobyl. Foram deixados desde 1986 e nunca sabemos onde podem estar. Como medida de segurança, o contador Geiger tem de estar sempre ligado.

Finalmente, aqui está a aldeia. Sem nome.

É-me díficil descrever o que sinto, quando venho a uma aldeia sem pessoas, mas vou tentar – primeiro é um sentimento, como se tivesse ficado surda. O silêncio é tremendo. Não há pássaros a cantar, não há vento, nada que possa quebrar este silêncio. As aldeias mais pitorescas que as vilas, as casas e cabanas não parecem reais. Todas parecem pintadas e sinto-me como a caminhar dentro dessa pintura.

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