Ministro dos negócios estrangeiros
Ok, mais um escândalo nos ministérios do governo português. Agora parece que o chefe de gabinete do ministério da Ciência e Ensino Superior tentou por duas vezes alterar a lei que rege a entrada de filhos de diplomatas para o ensino superior. E para além disso, esse senhor foi convidado para ser chefe de gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros. Lindo! Mais uma cabeça vai rolar, para além da cabeça do ministro da Ciência e E.S., ou seja; a cabeça do ministro dos N.E. Enfim, agora as verdades estão a saber-se cada vez mais e mais rapidamente. Ou seja, o ministro está completamente fodido. Por mais que tente escapar, não o vai conseguir fazer.
Update: O ministro demitiu-se mesmo! Não tinha nenhuma outra hipótese. Só é pena ter demorado tanto tempo para o fazer. Mas, mesmo assim, os partidos da oposição ainda não estão totalmente contentes. Querem agora que toda a verdade seja apurada numa comissão de inquérito na Assembleia da República.
Entretanto o PSD diz que o ministro saiu por razões pessoais, por não ter mais força anímica para continuar. Pois, pois...
SGI
A SGI está a mandar os gajos da SCO à merda com uma classe que é estranha de se ver nestes meios das grandes empresas de software/hardware. E ainda bem. Segundo a SGI os senhores da SCO podem meter o código UNIX que estava presente na versão de LinuX da SGI (que entretanto foi retirado) aonde eles quiserem. Por isso tudo a SGI lança um desafio à SCO; detectem mais código UNIX escondido no nossa versão de LinuX e nós damos-lhes uma prenda pelo natal. Ainda não se sabe ao certo se a prenda é uma bomba nuclear ou uma das novas workstations da SGI que dão para fazer filmes de natal com efeitos especiais e tudo.
Mas o que interessa é que a SGI e as máquinas que eles fazem continuam a ser um sonho para muita gente neste planeta. E são caras como tudo...
640 Mbytes de RAM
640 MegaBytes de RAM devem ser suficientes para este iBook com um G3 a 600Mhz... Vamos esperar, instalar e tirar conclusões depois.
Pois bem, é mesmo suficiente! Mais do que suficiente. Todas as aplicações têm um reduzidíssimo tempo de lançamento, as mais pequenas arrancam quase instantaneamente. E ocupar 640Mbytes de RAM não é muito facil. Foi a melhor compra para o iBook que eu poderia ter alguma vez feito.
Mas não há bela sem senão... Desde que instalei o módulo de 512Mb fiquei com um problema no ibook: de vez em quando o écran vai à vida e tenho de fazer um shutdown forçado para o problema desaparecer. Acho que teve a ver com um mau encaixe do teclado no dia em que instalei o módulo de memória. É altamente irritante... Depois de várias tentativas para perceber o que terá desencaixado durante o pouco tempo em que o teclado esteve a forçar a caixa do iBook não consegui chegar a nenhuma conclusão definitiva. A única coisa que resolve o problema temporáriamente é bater com força na base do iBook e depois reiniciá-lo. Mas não está bom ainda... Ainda hoje fiquei novamente sem écran. A minha esperança é que, à força de mais algumas pancadas o que ficou ligeiramente a fazer mau contacto irá ao lugar. Pode ser que eu tenha sorte. Se eu não tiver sorte, a caixa do iBook vai sofrer muito...
Corto Maltese ::: A Balada do Mar Salgado
Comprei, finalmente, a Balada do Mar Salgado. Já tinha saudades dessa história. É o melhor livro em BD que já li na minha vida. É como se estivessemos a ler um romance de aventuras. A profundidade é a mesma, senão mesmo, ainda maior. E as imagens só vêm aumentar esse efeito de profundidade.
A versão do livro que comprei é a versão a cores e não a original a preto e branco, mas ao contrário do que a maior parte dos puristas de Corto Maltese pensam, eu até prefiro a versão a cores. Será que ainda tenho a versão original, espalhada por diversos números da revista Tintin, algures em casa? Não me parece muito plausível, tenho de procurar.
Corto Maltese aparece pela primeira vez neste livro, mais exactamente na página 7 e amarrado a uma série de tábuas com duas delas [ as superiores ] com a configuração de um X dando a impressão de estar crucificado e à deriva no Oceano Pacífico... Isto depois de a tripulação do seu anterior navio se ter motinado... Não poderia haver melhor começo para um personagem do calibre do Corto Maltese. A primeira coisa que vemos Corto a fazer é a barba, além claro de o ver falar com Rasputine, um colega pirata de trabalho... Mas logo aí nesses primeiros momentos nota-se a ironia de Corto Maltese que o irá marcar para o resto da sua vida. Vida essa que acaba, pelo menos nos livros, algures no meio da guerra civil espanhola nos anos trinta... Será que Corto Maltese fugiu para Portugal para passar o resto da sua vida? É uma pergunta inquietante...
Depois o catamaran que recolhe Corto encontra um navio de carga holandês carregado de carvão. É de imediato assaltado por Rasputine e vemos toda a sua tripulação ser chacinada a tiro de espingardas no momento em que estão numa pequena escuna com o objectivo de tentarem encontrar rápidamente uma qualquer ilha e sobreviverem. Corto não gosta do que vê mas não pode fazer nada.
Outro aspecto importante é que Corto fuma longos e finos cigarros de enrolar. Era tudo o que havia na época além, claro, dos cachimbos. E está quase sempre a fumar, é uma trademark de Corto que perdurará para sempre. Que marca de cigarros fumaria ele se vivesse nesta época? Talvez Marlboro ou Camel... Pelo menos poderia encontrar essas duas marcas em qualquer sítio do mundo, bem, quase qualquer sítio...
Também não é nada frequente encontrar um livro de BD com mais de 150 páginas... E a Balada tem mais do que 150 páginas o que contribui bastante para se tornar uma grande história tanto em termos de qualidade como de quantidade. E não há uma única página enfadonha... Todas elas têm muito para mostrar, desde a "big picture" até ao mais ínfimo pormenor. E até existem páginas inteiras só com imagens e sem uma única linha de texto. Parece íncrivel mas não é assim tanto... Às vezes consegue-se contar melhor uma acção qualquer através de imagens "mudas" do que com imagens com texto descritivo ou com diálogos.
Ainda estou para descobrir a banda sonora ideal para a Balada. Talvez Swans ou algo mais romântico como por exemplo Nick Cave. Ou talvez Young Gods. E se fosse um som Techno? Seria muito interessante...
Fernando Pessoa
Acabou de sair um livro do Pessoa com escritos automáticos e notas pessoais. Deve ser muitíssimo interessante. Olhar para textos que FP nunca intencionou publicar porque eram demasiado pessoais ou automáticos e, por isso, sem grande valor literário, coisa que FP valorava muito.
Um dos livros a que eu regresso sempre, de tempos a tempos, é ao Livro do Desassossego "por" Bernardo Soares. Tenho a edição da Europa-América publicada em dois volumes. Não me consigo fartar, especialmente do segundo volume, mais pequeno e muito mais poético. E regresso tantas vezes porque o livro é realmente muito complexo e de difícil compreensão. Se bem que, não existe uma narrativa linear mas antes uma série de entradas de um diário que se vai repetindo e transformando ao longo do tempo. Sempre num tom triste e deprimido levando o leitor muito facilmente a um estado de espírito pesado ou mesmo muito pesado. Parece estar sempre a chover no Livro do Desassossego, tal são os estados de alma espelhados...
DayLight
The earth is moving fast. In a matter of a few hours daylight will shine again through the windows of my house, almost blinding me with so much clarity. That's what everybody calls reality. Like buying a can of pickles in the middle of the rain... Or something even stranger or more "normal"...
Douglas Coupland
Comprei o "Ei Nostradamus" do DC. Já li as primeiras 8 ou 10 páginas, parece-me interessante. Logo se verá. As primeiras páginas são um relato da morte de uma adolescente num liceu no Canada. Parece que o resto do livro anda à volta da religião e da espiritualidade... E do fundamentalismo cristão...
EnglishEditor2 e NotePad [ ou outro editor txt qualquer ]
Exprimentei abrir ficheiros HTML no Englisheditor2 e para meu espanto até as links de URL's ficam fixes! Realmente o HTML é uma maravilha! Ainda temi que houvesse problemas no text encoding, mas não; UTF-8 para toda a gente e toda a gente está feliz! Mesmo aqui em OSX consigo abrir com o OmniWeb, por isso, posso fazer o que quizer com os ficheiros produzidos pelo EE2... O formato HTML/XML é realmente muito versátil.
Tenho pena de ter perdido uma disertação sobre o EE2 que compus no BeOS5. Tinha muitas ideias chave sobre o editor. Nunca poderei recuperar isso.