Com o desenvolvimento da atividade cafeeira, a mão-de-obra passou de escrava a assalariada.
Quando o preço do café começou a subir no mercado internacional, a produção aumentou e houve necessidade de mais braços para trabalhar na lavoura.
A partir de 1860, o aumento da demanda por mão-de-obra deparou-se com uma oferta limitada por fatores internos e externos.
As limitações internas estavam associadas ao fato de a população escrava estar decrescendo e a mão-de-obra do Nordeste achar mais vantajoso ir trabalhar na região da borracha.
Além disso, o preço do algodão, que estava subindo no mercado internacional por causa da guerra civil americana, provocou o aumento da produção e do emprego de mão-de-obra no Nordeste, impedindo sua transferência para o Sudeste.
A mão-de-obra do setor de subsistência, espalhada de norte a sul do país, encontrava-se dispersa e com dificuldade de comunicação. Por isso, o negócio do café não conseguiu atraí-la.
A limitação externa provinha do fato de o tráfico de escravos vir diminuindo e ser proibido definitivamente em 1850.
Restou aos cafeicultores a alternativa da mão-de-obra européia. Com ela, o trabalho assalariado foi introduzido no Brasil.
Por volta de 1870, ocorreu a unificação da Itália. A nova tecnologia agrícola fez com que grande parte da população fosse expulsa dos reinos italianos menos desenvolvidos do sul.
O maior fluxo migratório italiano ocorreu entre 1870 e 1900.
Com o fim do regime de trabalho escravo em 1888, o trabalho assalariado já existente na empresa cafeeira tornou-se generalizado.
O fim da escravidão já era previsto pelos cafeicultores, que cada vez mais utilizavam mão-de-obra assalariada. A elevação do preço do escravo, nas duas décadas anteriores à Abolição da Escravidão, não mais compensava sua utilização.