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O Plano de Metas


Diversificação da Indústria

O Plano de Metas do governo Kubitschek programou investimentos para o período de 1956 a 1961 com o objetivo de expandir e diversificar a indústria.

O plano delimitou a área de atuação do governo, do capital estrangeiro e do capital nacional. O governo e o capital estrangeiro passaram a liderar a industrialização a partir daí.

Os investimentos governamentais em infra-estrutura concentraram-se nos setores de energia, transporte, comunicação e insumos básicos.

A finalidade era fornecer, a baixo custo, aço e outras matérias-primas para a indústria de carros.

A produção do governo criaria demanda para os produtos da indústria estrangeira, que poderia remeter seu lucro para o exterior sem problemas, além de ter garantia de reinvestimento e facilidade de importar.

Reserva de Mercado Para Empresas Estrangeiras

A "Lei do Produto Similar Nacional" de 1957 garantiu a reserva de mercado para produtos de empresas estrangeiras que viessem para o Brasil. Como consequência, muitos capitais externos foram atraídos. Mais uma vez, a indústria foi protegida da concorrência.

Imposto Inflacionário

A política econômica desse período não se preocupou com a inflação: a prioridade foi dada ao crescimento econômico. De fato, a arrecadação do imposto inflacionário foi uma fonte importante de receita para os investimentos do governo.

Novas Indústrias

Entre 1956 e 1961, os investimentos expandiram-se em setores complementares entre si, como os de energia elétrica, aço, mecânica e transporte. Como consequência, a renda e o emprego aumentaram.

Foram montadas as indústrias de automóveis, de material elétrico, mecânica, construção naval e outras indústrias de bens de capital. Também aumentou a produção de insumos básicos, como petróleo, siderurgia, metais não-ferrosos, celulose, papel e química pesada.

Os investimentos na produção de bens de capital foram os principais responsáveis pelo crescimento da economia no período. A indústria passou a produzir não apenas bens de consumo e intermediários, mas também bens de capital.

Financiamento do Crescimento

O crescimento da indústria nacional foi financiado com empréstimos a juros negativos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico. Os grandes investimentos realizados pelo governo aumentaram o déficit público, que era financiado com criação de base monetária.

Com a taxa de câmbio oficial mantida valorizada para proteger a indústria, recursos do setor exportador migraram para esta. Isto também contribuiu para o crescimento industrial do período.

Déficit do Balanço de Pagamentos

Com o acúmulo de déficits comerciais e aumento dos pagamentos de juros da dívida externa, o balanço de pagamentos ficou deficitário entre 1958 e 1961.

Desaceleração do Crescimento e Inflação

O crescimento econômico desacelerou entre 1960 e 1961. Os investimentos em bens de capital maturaram e não houve novos financiamentos. Entre 1962 e 1967, o crescimento desacelerou ainda mais. Com o déficit do governo financiado pelo imposto inflacionário, a inflação também aumentou.


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Exercícios