Entre o final do século dezesseis e a primeira metade do século dezenove, a economia brasileira não passou de uma grande empresa dirigida pela metrópole portuguesa.
Portugal precisou inicialmente garantir a posse de suas terras na América e, ao mesmo tempo, valorizá-las. A solução encontrada foi a colonização através da agricultura tropical.
A empresa portuguesa no Brasil colonial desse período caracterizou-se pela produção especializada em apenas um produto para exportação e utilização de mão-de-obra escrava.
Toda a produção brasileira era vendida à metrópole. Esta, por sua vez, fornecia à sua colônia tudo o que ela necessitava para consumo.
A produção de bens agrícolas complementares aos bens europeus era feita em grandes propriedades chamadas latifúndios. Foi assim com a cana-de-açúcar, o algodão, o fumo e, mais tarde, o café.
Por causa da abundância de terras, foi inviável o emprego do trabalhador livre, porque este trabalhador iria preferir, sem que se pudesse impedir, tomar para si um pedaço de terra para produzir para sua subsistência, em vez de trabalhar como assalariado.
Nessas condições, o salário que precisaria ser pago ao trabalhador para convencê-lo a ficar como empregado inviabilizaria a lucratividade da produção.
A empresa estatal portuguesa decidiu utilizar escravos trazidos da África como mão-de-obra. Este regime de trabalho foi a solução mais lucrativa.
Entre o final do século dezesseis e o início do século dezenove, a produção de açúcar e, em seguida, a mineração foram as duas principais atividades econômicas. Todos os demais setores da economia colonial se desenvolveram em função destas.