De repente um gosto amargo pousou sobre meus lábios, O silêncio; sólido e feroz, Diante da sua presença, Espasmos! O silêncio; anárquico é algoz, Foi seu olhar que me fez este furo entre as pernas! Por quê? Por que me fez tão real? Espasmos! As vezes chego ter a ilusão de que me governo, Que me força este amargo entre os lábios, Ao amor que é meu tirano.
Azedou minha língua.
Possuiu minha boca inerte.
Que me é como um estupro.
Escarrar antes que o engula.
Diante do seu olhar.
Eu era anjo!
Tão subjugada.
Intolerância ao azedo.
Mas diante de seu olhar...
Só me resta a entrega.