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A Família Lopes de Sobral, Ceará


Genealogia Cearense

1. Genealogia da Família Lopes, de Sobral (abaixo)
2. Genealogia da Família Barros Leal
3. Genealogia da Família Castro Alves
4. Família Holanda
5. Genealogia da Família Gurgel do Amaral
6. Genealogia da Família Moreira de Azevedo
7. Lista dos Primeiros Colonizadores Portugueses no Ceará 1700-1800
8. Os Cristãos Novos no Ceará
9. Links


Brasão da família Lopes


     Importante polo sócio-cultural cearense, Sobral encontra-se a pouco mais de 230 quilômetros da capital, na região Norte do estado. O ano de 1712 é considerado para a maioria dos historiadores como o ano em que os arredores da fazenda Caiçara começaram a ser povoados. Mais tarde, em 1743, o Capitão Antonio Rodrigues Magalhães, então proprietário da fazenda, doou parte de suas terras visando a construção de uma Capela. Anos depois, a igreja de Nossa Senhora da Conceição passou a ser a Matriz da cidade de Sobral. Em 1773 a povoação Caiçara foi elevada à Vila Distinta e Real de Sobral. Em 1841 foi elevada à categoria de Cidade com o título de Fidelíssima Cidade Januária do Acaracú, pela Lei Provincial número 229 de 9 de janeiro e no ano seguinte passou a ser denominada Cidade de Sobral. O rio Acaraú e a Serra da Meruoca se destacam como ícones naturais na paisagem da cidade.

     Pode-se afirmar que a cidade foi escolhida por muitas famílias que deixaram o Recife em meados do século XVII após a Guerra contra os holandeses, lá se estabelecendo para viverem livre e pacificamente longe dos conflitos que assolavam a região àquela época. Contribuiu muito para seu progresso a proximidade de um ótimo porto natural, o de Camocim, que permitia a comercialização de produtos como a carne charqueada e a farinha, que eram levadas ao norte e sul do país por navios que faziam escala naquele ponto.

     As famílias povoadoras de então, acostumadas ao rigoroso labor na Capitania de origem, se adaptaram bem à região sobralense, conseguindo expandir com diligência os seus negócios num comércio bastante produtivo para a época. Alguns dedicaram-se à negociação do couro e outros ao ouro, chegando a produzir figuras sacras naquele precioso metal. Em 1887, a Estrada de Ferro Sobral – Camocim, construída a mando de Dom Pedro II, concretizou de forma definitiva a conexão do comércio circunvizinho com as cidades mais importantes do Brasil e da Europa.

     Sobral é berço de inúmeras famílias tradicionais do estado, como os Ferreira da Ponte, os Cardosos, os Fonsecas, os Dias, os Valenças, os Lopes Freire, os Prados, os Bezerras, os Henriques, os Pintos, os Linhares, os Ferreira Gomes, os Lourenço da Costa, os Vianas, os Xerêses, os Bessas, Aragões, os Marinho de Andrade, os Figueiras de Melo, os Mendes de Vasconcelos, os Paula Pessoas, os Gomes Parentes, os Saboias, os Arrudas, os Rangéis, dentre muitas outras.




   DESCENDENTES DE VICENTE LOPES FREIRE  


1.VICENTE LOPES FREIRE, natural de Vila do Conde, Arcebispado de Braga, nasceu em 1 de outubro de 1727. Era filho de VICENTE FREIRE, de Lagos, Bispado de Algarve e de Da. FRANCISCA LOPES, natural de Azuzara, Vila do Conde. Casou-se em 25 de julho de 1757 com ANA MARIA DA CONCEIÇÃO, nascida em 11 de junho de 1741 em Caiçara (Sobral), Ceará e falecida em 1 de março de 1797 em Caiçara (Sobral), Ceará, filha do Capitão ANTONIO RODRIGUES MAGALHÃES e QUITÉRIA MARQUES, moradores da antiga Fazenda Caiçara, hoje Sobral.

Filhos de VICENTE e ANA MARIA:

      ● ANTONIO Lopes Freire



2. ANTONIO Lopes Freire, nasceu em 10 de novembro de 1771 em Sobral, Ceará. Casou-se em primeiras núpcias com ANA MANUELA DE OLIVEIRA, filha de ANTONIO MATIAS MAGALHÃES e TERESA PINTO DE OLIVEIRA a 11 de novembro de 1793. Dona Ana Manuela faleceu de parto com quarenta anos na Fazenda Logradouro em 6 de outubro de 1818. Antonio casou-se em segundas núpcias com FRANCISCA MARIANA LOPES FROTA CAVALCANTE, conhecida depois como D. Mariana do Logradouro, nascida em 2 de abril de 1803 no Sítio São Félix, Meruoca, Ceará, e falecida em 1903 na Fazenda Logradouro, Meruoca, Ceará, filha de MANUEL DA FROTA e Da. FRANCISCA CAVALCANTE DE ALBUQUERQUE, irmã de José Mariano Cavalcante de Albuquerque que foi presidente do Ceará.

Filhos de ANTONIO e ANA MANUELA (primeiro matrimônio)

      ● VICENTE Lopes Magalhães
      ● REINALDO Lopes Freire
      ● CARLOS Lopes Magalhães
      ● ALEXANDRE Lopes Freire
      ● MIGUEL Lopes Freire
      ● JOÃO CARLOS Magalhães
      ● FRANCISCO Lopes Freire
      ● ANTONIO Matias de Oliveira
      ● FRANCISCA MANUELA da Conceição
      ● NORBERTA SOFIA de Oliveira
      ● TERESA FRANCISCA do Sacramento
      ● RITA FRANCISCA das Chagas

Filhos de ANTONIO e MARIANA (segundo matrimônio)

      ● JOSÉ RAIMUNDO Lopes Cavalcante
      ● ANTONIO MANUEL Lopes Cavalcante
      ● JOSÉ Lopes Cavalcante
      ● VALDEVINO Lopes Cavalcante
      ● DURVAL Lopes Cavalcante
      ● ANA MARIA da Conceição
      ● URSULA FRANCISCA das Chagas (URSULA Lopes Cavalcante)
      ● MARIA DA GLORIA Cavalcante
      ● FRANCISCA DAS CHAGAS Freire



3. JOSÉ RAIMUNDO LOPES CAVALCANTI, nasceu em 1834 na Fazenda Logradouro, Meruoca, Ceará, e faleceu em 1902 em Sobral, Ceará. Casou-se em /11/1859 com FRANCISCA FURTADO DE MENDONÇA, nascida em 1837 em Sobral e falecida em abril de 1920, filha de JOSÉ FURTADO DE MENDONÇA e MARGARIDA GOMES.

Filhos de JOSÉ RAIMUNDO e FRANCISCA:

     ● Uma MENINA (nascida por volta de 1882 ou 1883)
     ● FRUTUOSA Lopes
     ● MARIA JOSÉ Lopes
     ● ANA VIRGINIA Lopes (Mana), solteira
     ● ANTÔNIO Lopes Furtado de Mendonça
     ● JOSÉ ADRIANO Lopes
     ● LUIZ NELSON Lopes
     ● JOSÉ MARTINIANO Lopes
     ● RAIMUNDO HIBERNON Lopes Furtado (foto)
     ● ESPECIOSA Lopes Furtado



4. FRUTUOSA LOPES, nascida em 28 de fevereiro de 1861 em Sobral, foi segunda mulher de MANUEL ROMUALDO DE HOLANDA FILHO, nascido em 7 de julho de 1853 em Fortaleza e falecido em 9 de outubro de 1920 em Sobral, filho de Manuel Romualdo de Holanda e de Maria Augusta de Holanda.

Filhos de FRUTUOSA LOPES e MANUEL ROMUALDO FILHO (2° matrimônio) - todos nascidos em Guaramiranga, Ceará:

     ● JOSÉ da Frota Hollanda (Zezé), nasceu em 1899 em Guaramiranga, Ceará, e faleceu em 1969 em São Paulo. Casou-se em 1928 com Zilda Hollanda, natural de Trás-os-Montes - Portugal. Foram pais de:

          ●José Carlos
          ●Vera
          ●Maria da Glória (Irmã Beatriz)
          ●Frederico Guilherme
          ●Manuel Francisco


     ● MARIA DE LOURDES (Teteca), casou com Ângelo Sampaio Guimarães. Foram pais de:

          ●Eneida      Veja a genealogia de Eneida
          ●Maria Nílcea      Veja a genealogia de Maria Nílcea.


     ● MARIA DOLORES HOLANDA, nasceu em 13 de agosto de 1900 no Sítio Montebelo, em Guaramiranga, Ceará, e faleceu em janeiro de 2002 em Fortaleza, Ceará. Casou-se com JOÃO PAULINO DE BARROS LEAL NETTO, filho de João Paulino de Barros Leal Filho e Teresa Bemvinda Gurgel do Amaral. João Paulino Netto nasceu em 22 de janeiro de 1894 em Quixeramobim, Ceará, e faleceu em 3 de maio de 1979 em Fortaleza, Ceará. Foram pais de:

          ● Vinícius
          ● Maria Antonieta
          ●Maria Helena
          ●George
          ●Mary
          ●José
          ●Maria Áurea



  
TERMO TRANSCRITO DA REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO DO CEARÁ

1891  

  CONSTA DA DOCUMENTAÇÃO DE CRIAÇÃO DA VILA DE SOBRAL

  





TERMO de juramento dado aos novos
eleitos que hão de servir os cargos
de Juizes Ordinarios, Orphãos,
Vereadores e Procurador do Conselho.


     Aos vinte dias do mez de Julho de mil setecentos e setenta e tres annos n’esta villa distincta real de Sobral, Capitania do Ceará Grande, em casas de aposentadoria do Doutor Ouvidor Geral, Corregedor da comarca, João Costa Carneiro e Sá, onde eu, escrivão de seu cargo, vim aqui, perante elle apparecerão os Juizes Ordinarios – sargento-mór Sebastião de Albuquerque Mello, o capitão Manoel José do Monte, e vereadores o capitão Vicente Ferreira da Ponte, o capitão Manoel Ferreira Torres, e o capitão Manoel Coelho Ferreira, e procurador do Conselho – o capitão Antonio Furtado dos Santos, e o Juiz de Orphãos – Gregorio Pires Chaves, aos quaes deferio o dito ministro o juramento dos Santos Evangelhos em um livro d’elles, encarregando-lhes que bem e verdadeiramente servissem seus cargos como erão obrigados, guardando em tudo o segredo da justiça, e o regimento. É recebido por ells o ditto juramento, assim prometterão fazer como lhes era encarregado; do que para contar mandou o dito ministro fazer este termo, em que com elles assignou. Bernardo Gomes Pessôa, escrivão da ouvedoria geral e correição o escrevi. (assinaram) Carneiro e Sá, Sebastião de Albuquerque Mello, Manuel José do Monte, Vicente Ferreira da Ponte, Manoel Ferreira Torres, Manoel Coelho Ferreira, Antonio Furtado dos Santos

TERMO de veriação.

     Aos sete dias do mez de Julho de mil setecentos e setenta e tres annos n’esta nova villa distincta real de Sobral, ribeira do Acaracú, capitania do Ceará Grande, nas casas que interinamente servem de paço do Conselho, n’ella se juntarão os juizes ordinaries - o sargento-mór Sebastião de Albuquerque Mello e o capitão Manoel José do Monte, os vereadores o capitão Vicente Ferreira da Ponte, o capitão Manoel Ferreira Torres, e o capitão Manoel Coelho Ferreira, e o procurador do Conselho o capitão Antonio Furtado dos Santos, comigo escrivão da camara, para effeito de consultarem os ditos officiaes d’ella, como cabeças de governança e republica, sobre o bem commum, e accordarem nas couzas pertencentes a esta mesma villa, seu augmento e bem publico. Accordaram os ditos officiaes da camara em que primeiro de tudo nomeassem almotacés para que, como são obrigados, tratassem do bem publico, fazendo conduzir mantimentos para esta villa, abrindo estradas, fazendo pontes onde necessarias fossem, e calçadas onde forem precisas n’esta mesma villa, e para servirem os mezes de Julho e Agosto forão nomeados o alferes Romualdo do Ó Coutinho, e o capitão Feliciano José de Almeida, para os mezes de Setembro e Outubro o sargento-mór Antonio Alves Linhares e o capitão VICENTE LOPES FREIRE, e para os mezes de Novembro e Dezembro o capitão José da Paschoa Lourêto e o tenente João Gonçalves Ferreira; elegendo-se d’esta sorte annualmente seis pessoas de actividade, zelo e probidade para servirem os ultimos seis mezes de cada um anno, por quanto nos primeiros seis mezes servirão os officiaes da Camara passada, como é de costume. E logo se deo posse e juramento ao almotacé Manoel do Ó Coutinho. E por não haver mais sobre que de presente se consultasse mandarão fazer este termo, que todos assinarão. E eu, André Moreira da Costa Cavalcante, escrivão interino que o escrevi. (assinaram) Albuquerque – Monte – Ponte – Torres – Ferreira – Santos.


* A grafia da época foi respeitada.




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Última atualização: 26/03/2011



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