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Risalvo Cavalcante Pinheiro, industrial e exportador de peles silvestres, nasceu em 22 de julho de 1917 em Jaguaretama (Solonópole), Ceará, e faleceu em 25 de junho de 1985, em Fortaleza. Era casado com Antonieta Barros Leal Pinheiro, de cuja união duradoura resultaram seis filhos: Roberto, Deanna, Mary, Dini, Jacqueline e Danielle.
Aos 17 anos, veio morar em Fortaleza e foi acolhido por seus padrinhos, Eponine e Luiz Gouveia, residindo com eles na rua Tristão Gonçalves, 273. De família tradicional cearense, era o segundo filho de Maria Cândida (Dona Santa) e Misael Pinheiro. Como bom pai, era um bom filho e irmão e seu grande tesouro era sua família, que sempre procurou preservar.
Iniciou logo seus estudos no Colégio Cearense, onde concluiu o pré-técnico. Ingressou também na Escola de Comércio Padre Champagnat, terminando o Curso de Contador em 1941. Ingressou no NPOR e CPOR, serviu no 23º BC e recebeu a patente de 2º Tenente / Arma de Infantaria, em 13 de julho de 1945.
Sua vida foi caminhando e se encaminhando...quando, em 3 de outubro de 1947 conheceu Antonieta, sua futura esposa, a quem carinhosamente chamava de “fuiquinha”. Residiu em um apartamento na Rua São Paulo, esquina com a Rua Senador Pompeu, e depois mudou-se para morar próximo a Igreja do Rosário, quando também administrava algumas tabacarias no centro da cidade. No posto de 2º tenente, trabalhava na 10ª Região Militar, no período de março de 1945 a julho de 1952.
Após quase dois anos de namoro, casou-se com Antonieta em 30 de abril de 1949. Em 3 de fevereiro de 1950 nasceu o primeiro filho Roberto.
Com a preocupação maior de manter a família, passou a trabalhar com seu cunhado Jaime no ramo de peles por um pequeno período. Depois juntou-se ao irmão mais velho, José Renes, e com a participação de D. Rosa Porciano, uma conhecida da cidade de Senador Pompeu, fundaram a Exportadora Americana, um negócio de compra, venda e exportação de peles silvestres.
Mais tarde com a saída de Dona Rosa, chamou tio Pinheiro para associar-se a eles.
Com o sucesso dos investimentos, logo veio a Continental Peles e Couros, em sociedade com seu cunhado José Benigno Soares, mantendo ao mesmo tempo a Exportadora Americana.
Foi membro do Centro das Industrias de Curtumes do Brasil, da Associação das Industrias de Curtumes do Nordeste Brasileiro, da Associação de Exportadores Brasileiros, do Centro dos Exportadores Brasileiros, do Sindicato da Industria de Curtimento de Couros e Peles de São Paulo, da Fundação Centro de Estudos e Comércio Exterior , da Federação das Industrias do Estado do Ceará, da Associação Comercial do Ceará, da Federação das Associações dos Centros Industriais e Comerciais do Ceará e da Associação Brasileira de Curtumes do Nordeste.
Fez parte do Rotary Clube de Fortaleza e teve sua biografia publicada no INTERNATIONAL REGISTRY OF WHO’S WHO (Genebra –Suiça) em 1978. De mais de 5.000 biografias publicadas de empresários mais destacados nas suas respectivas áreas de atuação, são escolhidas 150 para serem divulgadas em todo o mundo.
Com a família e os negócios bem estruturados, resolveu fundar a CINPELCO (Companhia Industrial de Peles e Couros), um curtume de grande porte, juntamente com seu irmão Manoel Pinheiro.
Assim, em 10 de outubro de 1970, foi inaugurado o maior e mais moderno curtume da América Latina.. E sempre ao seu lado, também nos negócios, estava seu filho primogênito, Roberto, como diretor administrativo.
Foi também proprietário da fábrica de calçados TAURUS, e mantinha escritórios representativos na Europa e Estados Unidos.
Homem de família, para ele, cada momento era importante, mesmo uma paradinha na estrada para uma foto. O tempo não podia esperar, era só aproveitar. Vida bem vivida !!!
Como diria sua filha mais velha, Deanna, “o bom mesmo de meu pai foi como ele viveu sua vida... com alegria , em qualquer lugar, por qualquer motivo, e com quem estivesse. Ele mesmo fazia o momento acontecer...ele era uma festa”.
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Ele era um “cabra” danado,
lutador e vencedor.
Era um “cabra” animado,
festeiro e vivedor.
Chegado a um “carteado”,
era só quem ganhava.
Não perdia pra ninguém,
mesmo sem ganhar um vintém.
Também gostava de fazer prosa,
e muitos versos de amor.
Para uma moça fogosa,
Fuiquinha, sua eterna queridinha.
Curtia a vida e era um curtidor.
Viajou muito ao “estrangeiro”,
mas não “parlava” nada em inglês.
Nem tão pouco em francês.
Homem bom, de coração grande e justo.
Homem de honra, de fé e de valor.
Assim era o nosso grande Campeão
Que há tanto nos deixou.
Deanna
RISALVO CAVALCANTE PINHEIRO, filho de MISAEL XAVIER PINHEIRO e MARIA CÂNDIDA CAVALCANTE PINHEIRO, nasceu em Jaguaretama (Solonópole) em 22 de julho de 1917 e faleceu em 1985. Casou-se com MARIA ANTONIETA BARROS LEAL, filha de JOÃO PAULINO DE BARROS LEAL NETTO, nascida em 29 de abril em Baturité, Ceará, Brasil. São pais de:
● Roberto, empresário na área de câmbio/turismo. Casado com Carlota de Fátima Pinheiro Maia, empresária. São pais de:
• Caroline, empresária com micro-empresa no ramo de chocolates. Casada com Germano Belchior, corretor de imóveis. São pais de:
Germano Filho
João Pedro
• Roberto Filho. Casado com Cláudia Alencar, nasceu em 6 de fevereiro
• Patrícia, advogada, nascida em 7 de setembro. Casada com Cláudio Macêdo
● Deanna, designer de interiores, nasceu em 22 de agosto. Casada com Mozart Marinho Júnior, engenheiro de pesca, nasceu em 30 de dezembro. São pais de:
• Juliana, arquiteta, nasceu em 12 de maio. Casada com o arquiteto Marcos Bandeira, autor do livro "Google SketchUp Pro aplicado ao desenho arquitetônico"
• Lourenço, estudante de computação, nascido em 27 de julho
● Mary. Casada com Ricardo Lagreca, médico em Natal, RN. São pais de:
• João Marcelo, advogado
• Mariana, arquiteta
• Igor, formado em informática, nasceu em 29 de novembro
●Dini, formada em economia e atua como assistente social. Casada com Ricardo Leite de Medeiros, engenheiro de pesca. São pais de:
• Marcela, estudante de direito, nasceu em 30 de dezembro
• Ticiana, estudante de psicologia, nasceu em 7 de janeiro
• Rafael, nasceu em 24 de setembro
●Jacqueline, nasceu em 9 de agosto. Casada com José Ramos Neto
●Danielle, bióloga e funcionária pública, nasceu em 26 de maio. Mãe de Pedro, estudante de administração de empresas, nasceu em 3 de janeiro
Maria Candida e Misael Pinheiro
Família Pinheiro
Família Ideal
Residência de Risalvo e Antonieta, situada à Rua Silva Jatahy 55 na praia do Meireles, em Fortaleza Ceará. Desenho do Arquiteto Marcos Bandeira, casado com Juliana, arquiteta, neta do casal.
COMPANHIA INDUSTRIAL DE PELES E COUROS
Em 1970 instala-se em Fortaleza, no bairro Barra do Ceará, em uma área litorânea de 10 hectares, a maior indústria de peles da América Latina, com o objetivo de industrializar peles de cabra, carneiro, cobra, lagarto, queixada, caititu, onça e gato selvagem, teju e camaleão.
Com produção de 10 mil peles por dia, a CINPELCO era modelo na arquitetura, equipamentos computadorizados e tecnologia alemã, a mais moderna existente. Toda voltada para exportação, seus acionistas majoritários, Manuel e Risalvo Pinheiro, eram experientes exportadores dessas peles in nature.
Os irmãos Pinheiro, uma família de 13 filhos, sendo dois do primeiro casamento e 11 do segundo, vieram do município de Cachoeira do Riacho do Sangue (hoje Solonópole) para a cidade vizinha de Senador Pompeu, e lá trabalharam com um tio, Bernardo Cavalcante Pinheiro.
Na seca de 1932, o tio Bernardo torna-se o maior comerciante da região, abastecendo de cereais todas as frentes de serviços e inicia o comércio de couros e peles.
Em 1945, os irmãos Pinheiro transferem-se para Fortaleza e vão trabalhar na empresa Norte Exportação, dos empresários Jaime Pinheiro e Luís Nogueira.
Em 1947, fundam a Exportadora Americana e logo são os maiores comerciantes do norte do Brasil e destacam-se com métodos novos de conservação e comercialização. Enviam para o exterior (EUA e Alemanha), a fim de aperfeiçoar-se nas línguas inglesa e alemã, o irmão mais novo, Rulian, que morre num desastre na Alemanha. Conhecedores do mercado de exportação, criam a empresa CINPELCO com a participação dos maiores exportadores de peles (Irmãos Fontenele, Quirino Rodrigues e L. Fernandes).
Do livro Ceará, a civilização do couro, de Cândido Couto Filho.
Agradecimento especial à Deanna Pinheiro Marinho, pelo seu excelente trabalho
"Francisco Risalvo Cavalvante Pinheiro, sua história e sua vida", fonte principal desta página.
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Última atualização: 4/08/2012
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