"Meu nome é Enéas"

Ao encerrar a Convenção Nacional do PRONA, quando seu nome foi indicado candidato à Presidência da República, Enéas Carneiro efetuou pronunciamento vigoroso, renovando obrigações de caráter social, já assumidas com a nação brasileira. Uma dessas obrigações, destacada pela ousadia e confiança com que se apresenta, foi repetida, com todas as letras, para que não restasse a menor dúvida: "Se, depois de tomar posse na Presidência da República, passado o período de seis meses, ainda existirem crianças nas ruas, abandonadas, sem escola, mendigando, eu e todos os meus companheiros de equipe renunciaremos às nossas funções".

Enéas transmite credibilidade e confiança, por mais absurda que possa parecer essa declaração, porque exibe um passado de coerência nas suas atitudes. Todos se recordam, ainda, de sua primeira disputa presidencial. Naquela ocasião (1989), ele assumiu, publicamente, o compromisso de jamais ser candidato a qualquer outro cargo eletivo, que não fosse o de presidente da República. Registrou, até, documento em cartório. Tudo por uma questão de princípios. Enéas sabe, perfeitamente, tem plena consciência, que somente o detentor do mandato presidencial, no nosso país, tem condições de promover as mudanças estruturais requeridas, dispondo de respaldo e autoridade para conduzir a nação através dos caminhos do desenvolvimento.

Os diversos presidentes, passados por nossa história, não demonstraram nenhuma preocupação com o povo brasileiro, desempenhando, unicamente, a função de títeres de interesses inconfessáveis. Por isso que chegamos a essa situação de desespero, de real descalabro, com a nação esfacelada, sem educação, sem saúde e sem segurança. Mais difícil do que implantar o caos que se presencia, é explicar como é que o Brasil, tão rico em recursos minerais, em terras férteis, em água potável, vive à míngua, rendendo-se à caridade internacional, mendigando favores, num plano de eterna subserviência.

Para se ter uma idéia do desperdício praticado, Enéas aponta o caso de nossas reservas de quartzo, considerado, em qualidade, o primeiro do mundo. É com o quartzo que são realizadas as maravilhas da eletrônica, tais como, televisões, rádios, computadores, etc. O Brasil possui a MAIOR reserva de quartzo do planeta. Pois sabem o que acontece? Esse importantíssimo minério é exportado, vendido a um preço inferior a cinco dólares o quilo, sendo importado, em forma de componentes eletrônicos (chips de computadores), ao preço de mais de três mil dólares, o mesmo quilo. Quer dizer: estamos entregando nossos recursos minerais, gratuitamente, para enriquecer países do chamado primeiro mundo, especialmente os Estados Unidos.

Outra questão pouco discutida é a do nióbio. "O nióbio", diz Enéas, "é o metal do próximo século. É com ele que são construídos os aviões supersônicos, trens sem trilho, sendo, ainda, de fundamental importância para a indústria pesada. O Brasil produz 95 por cento de todo o nióbio do mundo!" Mas, também, esse mineral, riquíssimo, é entregue às grandes potências, gratuitamente, enquanto continuamos pobres e miseráveis, na mendicância. Em Araxá(MG), existe uma reserva de oito milhões de toneladas de metal contido. Considerando-se um preço médio de 60 mil dólares a tonelada desse metal, teríamos um patrimônio de 480 bilhões de dólares! Nossos minerais são doados, entregues criminosamente, sem nenhuma responsabilidade.

Nós ainda podemos mudar! Nós ainda podemos resgatar valores, centrados na ética e no dever moral. É preciso que se dê um basta, definitivamente, a toda essa roubalheira que vem sendo praticada ao longo de nossos quase 500 anos de Brasil. Precisamos despertar para a realidade, antes que seja tarde demais. Antes que nos africanizemos de vez, antes que não nos reste mais nada, nada, absolutamente, sobre nada. Vamos construir um Brasil para os brasileiros, através da confiança, do trabalho conjunto, do esforço contínuo e sob a égide da lei. Vamos desalojar os corruptos e destruidores do Estado brasileiro, através da passagem democrática de Poder, nas eleições presidenciais que se aproximam. Ou tomamos uma atitude, agora, ou corremos o risco de não ter nada a legar, em termos de nação, às futuras gerações, aos nossos descendentes.