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Prédica para o mês de Agosto 98

Texto: Lc 10.38-11.4

 

Introdução

Pergunta: o que é mais importante numa visita: uma mesa farta, ou uma gostosa amizade?

Texto de Maria e Marta

Ordena-lhe...: Marta achou natural que Jesus fosse apoiá-la em seu trabalho. Razões: 1-Estava preparando a refeição que seria para Jesus 2-Naquele tempo era muito forte a noção de que lugar de mulher é na cozinha (aliás, até é difícil para os conceitos da época aceitar uma mulher ouvindo os ensinamentos de um Rabi)

Uma coisa só é necessária:

Não era tão importante colocar um banquete, melhor seria fazer algo simples e aproveitar a presença de Cristo.

Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas

Estes dois sentimentos (inquietude e preocupação) são muito combatidos por Jesus: "porque vos inquietais..." (sermão do monte). Ele nos quer ensinar uma vida muito mais pacífica e confiante.

Maria escolheu a boa parte

A vida é feita de escolhas: Marta tinha escolhido (mesmo inconscientemente) se inquietar e preocupar pelo alimento, mas esta é uma opção pelo perecível. O trabalho visa o nosso sustento, nosso conforto, mas isso é passageiro. Por isso Jesus sempre avisa: não vamos gastar energias mais que o necessário no trabalho: de que adianta ajuntar posses ou Ter uma casa sempre impecável e em troca disso perder a comunhão com Cristo, e os irmãos, e o momento de ensino?!

2) O Pai nosso

A oração é um momento especial de comunhão: entramos em contato direto e íntimo com Deus.

Esta parte se liga à anterior pelo argumento da preocupação: Marta se preocupava. A oração é o momento onde trazemos nossas preocupações a Deus. Neste sentido o Pai nosso quer nos ajudar a entender quais devem ser nossas preocupações em oração (e portanto, quer nos reeducar nas nossas preocupações diárias):

- (Pai...) Viver como Filhos de Deus: ser filho de Deus deve ser a coisa mais comovente, mais emocionante, a coisa primeira que nos sustenta.

- Santificar o nome de Deus. Deus é um ser especial. Santificar quer dizer dar um alto valor a Deus e o que falamos sobre ele.

- Buscar o Reino de Deus. É a petição mais comprometedora do Pai nosso: seria incoerência fazer este pedido e não querer ser instrumento desta obra. Quem ora o Pai nosso está se comprometendo à ser um missionário.

- O pão nosso: "Uma coisa só é necessária": entre 7 petições, as coisas materiais estão colocadas como uma só, em quarto lugar. Seis pedidos falam de coisas espirituais, e só um de materiais. Jesus não desvaloriza nosso sustento, mas coloca na perspectiva certa: se temos Deus como pai, nosso sustento se torna uma preocupação mínima. Quantas vezes as muitas coisas que temos ou queremos nos impedem de chegar a Cristo! Talvez poderíamos dizer que atualmente o consumismo é o maior obstáculo entre nós e Deus.

- Perdoa nossos pecados. Dois fatos sobre o perdão.

1) O pecado precisa ser confessado. Poderíamos fazer uma pergunta: se no último momento da vida cometer um pecado e não tiver tempo de confessar, serei condenado? Quanto a isso Jesus responde em João 13. Todo o episódio do lava-pés é fala sobre a pureza, e o perdão: se não vos lavar os pés não tens parte comigo (diz a Pedro), logo Pedro pede que Jesus lave também as mão e a cabeça e Jesus responde: quem já se banhou não necessita lavar senão os pés, pois no mais está todo limpo. Quando aceitamos a Cristo todo o pecado é lavado, mas os pecados diário precisam ser confessados, como que para "lavar os pés". Cristo nos limpa totalmente, mas para preservar a humildade, vamos reconhecer nossos pecados.

2) Humildade: reconhecer o pecado é um dos gestos mais necessários para o cristão. Neste momento reconhecemos o quanto precisamos da cruz para nos salvar, e a fraqueza de nossa própria vontade.

- Assim como nós perdoamos. Existe em nossa teologia a tendência de usarmos o texto de 1 João 1.9 para falar de perdão ("Se confessarmos... ele é fiel... para nos perdoar"). Mas Jesus gosta de dar uma ênfase diferente. Façamos uma pesquisa nos textos de Jesus que falam sobre perdão, e veremos que o argumento é sempre parecido com: "perdoai e sereis perdoados por Deus" (Mt 6.12,14,15; 18.27,32,35; Lc 6.37). Existem muitos textos no NT que falam também "perdoai PORQUE fostes perdoados" (Ef 4.32; Cl 3.13). Na verdade é um sistema de duas vias. Por exemplo: na eletrecidade sempre precisamos de dois fios, pois é a circulação dos elétrons que gera a energia que aproveitamos. Assim quanto ao perdão: é algo que circula: Como uma torneira d’água, que só recebe à medida que passa adiante. O perdão é algo dinâmico: não podemos só receber: recebemos e damos, damos e recebemos. É um sistema de vida: quando não há perdão, há estagnação, há podridão, é preciso haver circulação, troca.

- Não nos deixes cair em tentação. O cristão odeia o pecado, mas Jesus reconhece que ninguém está livre dele. Por isso inclue nesta oração um pedido de forças para que consigamos evitar o pecado o mais possível.

Desafios

Como desafio volto à primeira petição. Nossa preocupação é ser filho de Deus. É possível ser um "crente" sem ser um convertido de coração. Ter a certeza de ser um filho de Deus e viver como tal, isto é o mais importante.

Converter significa mudar de rumo: mudar as ênfases de minhas preocupações, prioridades: em primeiro lugar aquilo que não nos pode ser "tirado" (lembrando as palavras de Jesus acerca de Maria): estar com Cristo.

 

· Autor

P. Rolf Joaquim Dietz

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