Mateus 11.25-30
25 Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.
26 Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.
27 Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
28 Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas.
30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve.
(Ler a partir do v.15)
Versículo chave: v.15: Quem tem ouvidos, ouça. > Questão da receptividade à Palavra de Deus, tudo gira em torno disso
v. 16ss A quem compararei esta geração: para certos ouvintes de Jesus, nada estava bom, a pregação de João Batista não prestava porque..., e Jesus não prestava porque.... Mas em síntese era simples falta de vontade de se converter, arranjando desculpas. Na verdade a pregação de João Batista e Jesus dispensam defesa, elas se justificam por si (é isto que quer dizer o final do v.19), mas Jesus exorta: AI!!! coitados daqueles corações duros, pois seus corações são mais duros que os de Tiro, Sidom e até Gomorra, pois naqueles lugares a Palavra de Deus não foi pregada de forma tão clara. Quem sabe eles teriam se convertido, (veja o caso de Jonas e Nínive). Milagres não levam ninguém à fé, se ela já de antemão não existir. O crente vê milagre em tudo: acordar de manhã, a cura de um canceroso, o milagre é rotina na vida do crente, ele não se espanta com nada. Para o incrédulo se dá o inverso: tudo tem outra explicação, não existe milagre que convença.
v.23 Cafarnaum, a cidade de Jesus é acusada: se Gomorra tivesse visto o que Cafarnaum experimentou, haveria uma cidade a mais no mundo.
v.24- Menos rigor no Juízo: quem tem mais conhecimento tem mais culpa: quem conhece as leis e as quebra está mais errado do que aquele que quebra por não conhecer. Cafarnaum ouviu a pregação de Jesus e viu seu poder, enquanto Gomorra nunca.
v. 25 e 26 Deus decidiu inverter a ordem da sabedoria humana: o mais simples tem mais facilidade de receber as verdades eternas. E a principal delas é o v.27: Jesus Cristo é a revelação de Deus, o caminho para Deus (preticamente uma transcrição de João 14.6!). Deus escolheu se revelar neste ser humano.
v.28 a 30 Observe a ênfase no MIM, MEU: Jesus está agora apontando para si: vinde a MIM: ele que é o caminho para o Pai, ele que alivia nossas dores, ele ensina, ele dá nova forma de viver!
Nos versículos anteriores Jesus estava lamentando sobre a falta de penitência das cidades de Corazim e Betsaida, comparando com outras, dizendo: se em Tiro e Sidom tivessem sido feitos os milagres que ele fez aqui, já teriam se arrependido. Quanto mais fundo no pecado, mais fácil é o arrependimento, pois o pecado está mais evidente; quanto mais religiosa e acostumada com a ação de Deus é a pessoa, mais díficil é a conversão. Nos vv 16-19, Jesus critica a sabedoria aparente, que só vive julgando os outros, como crianças: "tocamos música e não dançaram... João Batista ... está dominado por demônio ... O Filho do Homem ... é comilão e beberrão...". Jesus termina afirmando que estes julgamentos não levam a nada, são sabedoria falsa. A verdadeira sabedoria se mede pelos resultados.
Desvio: Os resultados da fé
Os resultados que Jesus fala não são números, cifras, estatísticas. Está falando de mudança de atitude: os versos 25-30 mostram que atitudes são estas: encontrar descanso e encontrar um sentido para a vida. Resultados numéricos os judeus conseguiam obter, eles também conseguiam levar pessoas à fé, mas que tipo de fé: a mente cheia de conhecimentos, o coração cheio de orgulho,e pouca paz de espírito. Por fim ele agradece a Deus por este milagre inerente à fé: somente os humildes e bondosos podem compreender a grandeza do Reino de Deus, que não é um Reino de fardos e deveres pesados, mas sim, leves.
Fardos e jugo
Jesus não abre margem à irresponsabilidade, mas pede uma mudança de pensamento. A vida cristã tem seus fardos, mas eles são compartilhados (perceba que jugo significa canga, ou seja trabalho compartilhado entre o crente e Jesus).
A vida do crente tem um rumo diferente. Com a canga ele não pode mais ir e fazer o que sua escolha mandar, mas é orientado por Cristo. Esta vida pode parecer mais difícil, pois a canga é pesada, mas na realidade é mais fácil e mais produtiva. O peso da canga é compensado pela força adicional que Cristo dá, e as forças unidas resultam em trabalho produtivo. O cristão sozinho não consegue arar a terra, quebrar a dureza do solo, mas juntos, com perseverança, isto é viável. Como uma junta de bois não consegue arar em linha reta se não tiver uma pessoa forte orientando atrás do arado, assim a orientação do Pai é indispensávem para que a obra se realize pelo plano traçado por Deus.
Conclusão
Jesus nunca se opôs ao ensino, pois ele mesmo esinava em todo lugar. Aprender faz parte constante da vida do cristão ("aprendei de mim..."). Mas Jesus alerta que o conhecimento afasta muitas pessoas de Deus, pois se enchem de orgulho. O pequeno (Linguagem de Hoje, sem instrução) tem mais facilidade para receber as verdades eternas e receber este descanso que Jesus promete aqui. O que Deus espera de cada um, independente de classe social ou grau de instrução é aprender de Cristo: ser manso (ling. de hoje: bondoso) e humilde.
O orgulhoso vai a Deus e volta sem entender nem receber nada. O humilde vai de espírito aberto para receber, e sai cheio do Espírito Santo, aliviado, descansado, vocacionado, entendendo, abençoado.
Amém.
Autor:
P. Rolf Joaquim Dietz / Tamareiras 1158 / J. Botânico / 78550-000 / Sinop MT
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