M.F.P., 13 anos, iniciou quadro há aproximadamente 4 ( quatro ) anos. Apresentava febre em torno de 38° C, com dor abdominal intermitente por período de aproximadamente 1 ( uma ) semana e redução de desenvolvimento e crescimento. Há 30 dias da realização do exame reiniciou o quadro febril, desta feita notando o aparecimento de um nódulo ( caroço - gânglio cervical anterior, fixo e duro ) no pescoço. Há 10 dias iniciou diarréia líquida, amarelada, com freqüência de 4 ( quatro ) episódios diários.
A reto-sigmoidoscopia e a coloscopia constituem recursos valiosos para a confirmação diagnóstica. A colonoscopia pode evidenciar rigidez de parede, mucosa congesta e friável, úlceras rasas e nodulações dispersas na mucosa, em grande extensão do intestino grosso ou de maneira segmentar ( Celestino Fernandez et ai., 1979 ) O Paracoccidioides Brasilienses é encontrado nas secreções que recobrem úlceras mucosas ou em fragmento de tecido retirado por biópsia. Neste caso encontramos a forma segmentar no colon descendente, onde a mucosa encontrava-se congesta, friável e com ulcerações esparsas. Notem os detalhes das imagens do exame endoscópico.
Cortes histológicos evidenciam fragmentos de mucosa de intestino grosso onde, no corion conjuntivo, há presença de estruturas granulomatosas constituídas por histiócitos e por células gigantes multinucleadas, no meio das quais vemos microorganismos arredondados, encapsulados, identificados como fungos da espécie Paracoccidioides brasiliensis. Há, ainda, denso infiltramento de linfócitos, plasmócitos e neutrófilos.
Paracoccidioidomicose Intestinal