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OS CASSITAS (1530-1170 ANTES DA NOSSA ERA)



Os cassitas estabeleceram-se em cerca de 1800 Antes da Nossa Era na região oeste do Irã. Lá eles fundaram seus povoamentos, dos quais pouco se sabe. Algumas 300 palavras em cassita foram encontradas em documentos babilônicos. Não sabemos quase nada sobre a estrutura social dos cassitas ou de sua cultura. Parece que eles não seguiam um governo hereditário, que sua religão era politeísta, e destes, são conhecidos os nomes de 30 divindades.

O começo do domínio cassita na Babilônia não pode ser estabelecido com exatidão. Um monarca chamado Agum II governou uma área que se estendia do oeste do Irã até a metade do vale do Rio Eufrates; 24 anos após os Hititas terem roubado a estátua do deus Marduk, Agun II reconquistou tal estátua, levou-a de volta para a Babilônia e renovou o culto a Marduk, equiparando-O ao deus cassita correspondente, Shuqamuna.

Neste interim, príncipes locais continuaram a governar no Sul da Babilônia. Pode ter sido Ulamburiash quem finalmente anexou esta área em cerca de1450 e começou negociações com o Egitoe aSiria. O monarca Karaindash construiu um templocom ornamentos em baixo relevo em Uruk em cercad de 1420 Antes da Nossa Era.

Uma nova capital, a oeste de Bagdad, competindo com a Babilônia, foi fundada e chamada de Kurigalzu, segundo o monarca Kurigatzu II (c. 1400-c. 1375). Seus sucessores Kadashman-Enlil I (c. 1375-c. 1360) e Burnaburiash II (c. 1360-c. 1333) se corresponderam com os monarcas egípcios Amenhotep III e Akenaton (Amenhotep IV). Os cassitas tinham interesse em comerciar seu lápis lazuli e outros ítens por ouro, bem como em planejar casamentos políticos. Kurigalzu II (c. 1332-c. 1308) lutou contra os assírios, mas foi derrotado. Seus sucessores buscaram alianças com os hititas a fim de tentar parar com a expansão destes mesmos assírios.

Durante o reinado de Kashtiliash IV (c. 1232-c. 1225), a Babilônia entrou em guerra em duas frentes ao mesmo tempo, contra o Elam e a Assíria, culminando na catastrófica invasão e destruição da Babilônia por Tukulti-Ninurta I. Apenas na época dos reis Adad-shum-usur (c. 1216-c. 1187) e Melishipak (c. 1186-c. 1172) é que a Babilônia foi novamente capaz de experimentar prosperidade e paz. Seus sucessores foram novamente forçados a lutar, enfrentando o monarca conquistador Shutruk-Nahhunte do Elam (c. 1185-c. 1155). Os Elamitas finalmente destruiram a dinastia dos cassitas durante estas guerras (cerca de 1155). Alguns poemas lamentam esta catástrofe.Cartas e documentos da época mostram que após1380 muita coisa mudou depois que os cassitas subiram ao poder. Os cassitas da classe alta, sempre uma pequena minoria,tinham sido aculturados ou "babilonizados". Muitos deles encontravam-se ligados à nobreza local, sendo muitos funcionários públicos e empregados nos altos escalões do governo. O novo caráter feudal da estrutura social mostrava a influência dos cassitas.

A vida urbana dos babilônicos tinha renascido baseada no comércio e artesanato. A nobreza cassita, entretanto, mantinha mão de ferro nas áreas rurais, sendo que os cassitas mais ricos possuíam grandes propriedades rurais. Muitas destas tiveram suas origens em doações reais por serviços prestadosa funcionários públicos dedicados, sendo que muitos privilégios estavam ligados a tais concessões. A partir da época de Kurigalzu II, estes privilégios e/ou concessões foram registrados em tábuas de pedra, ou, em geral, em pedras-marco de fronteiras, chamadas de kudurrus. Estas pedras-marco tinham pinturas em baixo-relevo, muitas vezes uma variedade de símbolos religiosos, e freqüentemente continham detalhadas inscrições dando as fronteiras da área considerada. Também continham os privilégios recebidos. Finalmente, os invasores estavam devidamente amaldiçoados com punições terríveis.

A agricultura e domesticação de animais eram asatividades principais destas terras, bem como a criação de cavalos para carruagens leves de guerra. Cavalos eram exportados, bem como carruagens, ou trocados por matérias primas.

O declínio da cultura babilônica ao final do período Antigo Babilônico continuou por algum tempo sob os cassitas. Só a cerca de 1420 é queos cassitas desenvolveram um estilo de arquitetura e escultura distinto. Kurigalzu I teve papel importante, especialmente em Ur,como patrono das artes de construção naquela cidade. .

A poesia e a literatura científica apenas de forma gradual começaram a se desenvolver a partir de 1400. A existência de obras anteriores é vista de forma bastante clara na poesia, listas filológicas e coleções de augúrios, cuja existência já é comprovada por 1300 ou mesmo antes, material vindo de regiões como na capital hitita de Hatusa, na capital síria de Ugarit, e em lugares distantes,como a Palestina.

Algum tempo depois, outras obras começam a surgir,como diagnósticos médicos, receitas, mais listas de palavras sumérias e acádias, bem como coleções astrológicas e augúrios com suas interpretações.

A maior parte destas obras são conhecidas em nossos diasa partir de cópias mais recntes. A mais importante destas é o Épico Babilônico da Criação do Mundo, o 'Enuma elish'. Composto por um poeta desconhecido, provavelmente no por 1300, o épico conta a história do deus Marduk, patrono da Babilônia, contandocomo o jovem deus subiu ao poder, tornando-se de todos o mais importante, depois de ter derrotadoas forças do caos. Este épico era recitado durante o Festival de Ano Novo, tendo a tradição durado por quase mil anos.

A literatura desta época contém muito poucas palavras em cassita. .

Muitos estudiosos acreditam que a fundação para o desenvolvimento da cultura Babilônica dos anos posteriores deu-se durante o período final do domínio cassita.

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