O
carnaval
O
carnaval tem origem nas festas de Baco (Dionísio para os gregos), o deus do
vinho e da fartura. É chamada de festa da carne.
Já na Idade Média, a Igreja Católica
instituiu a quaresma, que são os 40 dias anteriores à Páscoa começando pela
quarta-feira de cinzas. Trata-se de um tempo em que a Igreja pede para a
conversão e ou reflexão dos fiéis sobre a paixão, morte e ressurreição de
Jesus. Os quarenta dias de quaresma são para lembrar os quarenta dias de jejum
e orações que Jesus fez no deserto. Até meados do início do século XX, a Igreja
pedia a abstinência de carne durante a quaresma. Como quarenta dias é um tempo
muito longo para deixar de se comer carne, muitos membros da igreja instituíram
(não oficializada) por iniciativa própria que nos quatro dias antecedentes à
quaresma fosse feita uma festa para se comer carne. Isto é “coma carne nos
quatro dias porque durante 40 não poderão faze-lo". Daí, esta festa se
chamou de Carnaval ou festa da carne. O carnaval foi uma substituição
das festas de Baco.
A festa muda de data todo
ano porque varia de acordo com a páscoa que por sua vez também varia de data
todo o ano.
Quer saber porque a data da
páscoa varia todo o ano?
Bem a páscoa é instituída de
acordo com as fases da lua. No hemisfério norte a páscoa é instituída no
primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera.
Para nós aqui no hemisfério sul seria a
primeiro domingo após a primeira lua cheia do outono.
Portanto o carnaval é uma festa que varia
de acordo com o a páscoa. São os quatro dias que antecedem a quarta-feira de
cinzas.
Obs: Todas as igrejas
cristãs, Católicas ou Evangélicas condenam o Carnaval por ser uma festa que tem
origem numa festa pagã.
O carnaval foi introduzido
no Brasil pelos portugueses, provavelmente no séc XVII, com o nome de entrudo.
Essa forma de brincar, que persistiu durante a Colônia e a Monarquia, consistia
num folguedo alegre mas violento. As pessoas atiravam água com bisnagas ou limões
de cera e depois pó umas nas outras, cal e tudo que tivessem às mãos. Combatido
como jogo selvagem, o entrudo prevaleceu até aparecerem objetos menos
agressivos, como o confete, a serpentina e o lança-perfume. Daí em diante,
através dos tempos, o carnaval no Rio de Janeiro foi inovando, Em 1840
realizou-se o primeiro baile. Em 1846 surgiu o Zé Pereira, grupo dos foliões de
rua com bombos e tambores, Vieram depois os cordões, as sociedades
carnavalescas, blocos e ranchos. O corso, hoje desaparecido, consistia num
desfile de carros pelas ruas da cidade, todos de capota arriada, com foliões
fantasiados atirando confetes e serpentinas uns nos outros. Em 1929, com a
fundação da primeira escola de samba (Deixa Falar), no bairro carioca do
Estácio, o carnaval passou a ter como ponto alto o desfile dessas entidades.
Até o fim do séc. XIX, os foliões dançavam e cantavam nas ruas quadrinhas
anônimas, ao ritmo de percussão e ao som de bandas. Foi a partir de Abre-Alas
(1899), da maestrina Chiquinha Gonzaga, que a folia passou a ser animada por
composições especialmente elaboradas para ela: são a marcha-rancho, o samba, a
marchinha, a batucada e o samba-enredo, no Rio de Janeiro, e o frevo, de rua ou
de salão, característico do carnaval pernambucano.
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