Batendo água	(Gujo Teixeira / Luiz Marenco)
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     G
Meu poncho emponcha lonjuras batendo água
	Am					   D
e as águas que eu trago nele eram pra mim

asas da noite em meus ombros sobrando casa
 C			    D			   G
longe "das casa" ombreada a barro e capim.


Faz tempo que eu não emalo meu poncho inteiro
     Am					       D
nem abro as asas de noite pra um sol de abril

faz muitos dias que eu venho bancando o tino
  C			   D			   G
das quatro patas do zaino pechando o frio...


Troca um compasso de orelhas a cada pisada
						    D
no mesmo tranco da várzea que se encharcou
 Am			Am7/B		  C		D
topa nas abas sombreras, que em outros ventos
							   G
"guentaram" as chuvas de agosto que Deus mandou


Meu zaino garrou da noite o céu escuro
   Am						 D
e tudo que a noite escuta é seu clarim

de patas batendo n'água depois da várzea
  C			    D              G
freio e rosetas de espora no mesmo trim!


Falta distância de pago e sobra cavalo
    Am					 D
na mesma ronda de campo que o céu deságua

quem tem um rumo de rancho pras quatro patas
 C			    D		    G
bota seu mundo na estrada batendo água!!


Porque se a estrada me cobra, pago seu preço
						 D
e desabrigo o caminho pra o meu sustento
 Am		        Am7/B   C		D
mesmo que o mundo desabe num tempo feio
						    G
sei o que as asas do poncho trazem por dentro!!