"Cavalo bom vai pro céu!" (Gujo Teixeira / Luiz Marenco) "CTG Brazão do Rio Grande - www.brazao.cjb.net" (recitado) "...Ficou uma cruz cravada e um silêncio de arreio nem rangido, nem um coscorro da mordedura do freio. Ficaram estrivos juntos xergão de carda, suado e uma silhueta estendida da dimansão do gateado." Bm Quem foi potro em primaveras F# Em madrugando minhas encilhas já foi barco de alma leve F# Bm navegando essas coxilhas cascos de lua crescente F# Em pra o céu grande das flexilhas. Há de encontrar invernada F# rincão, querência ou potreiro Em Bm lugar que o Deus dessa pampa F# Bm reserva para os seus campeiros. Quem sabe o céu te espere Em com garras de corvos negros G ou intempéries de chuvas Bm trocando a dor por sossegos A lavando um lombo sem viço D sem forquilha, nem pelego. G Quem já foi flor nos setembros G A F# sendo Rio Grande na praça Em Bm vai matar campo e flexilha F# Bm pra consumir sua carcaça. Quem soube morrer de velho F# Em -destino bom de cavalo- numa várzea de sol posto F# Bm entrega-se qual regalo pras mão certeiras do tempo F# Em que nunca erra o pealo. Pois só quem teve um gateado F# conhece as coisas que digo: Em Bm -Não mate ou venda um cavalo F# Bm que estás traindo um amigo... Quem foi terra, sem cobrá-la Em retorna agora prá ela... G Querência da minha encilha Bm fechou pra sempre a cancela A entregando os olhos-pampa D pra uma estrela sentinela. G Rogando à sombra da cruz G A F# boto no peito o chapéu Em Bm reverencio pra terra... F# Bm -"Cavalo bom vai pro céu!"