De noite no galpão (Roberto Huerta / César Oliveira) "CTG Brazão do Rio Grande - www.brazao.cjb.net" E O pai de fogo do universo se bolqueia Abm a noite chega arrastando as nazarenas F#m B7 traz tropilhas de estrela no cabresto F#m B7 E e uma brisa sopra morna e serena B7 E noite clara que até parece um dia B7 E B7 pra uma caçada não "hay" lua mais "buena" E B7 E Recorro os campos da memória num segundo B7 E pra colher versos que a safra não é pouca D C#m o fogo grande em labaredas se consome B7 E pego a guitarra e a voz já meio rouca D C#m vai recitando velhos poemas campeiros B7 E B7 que um a um saltam da alma para boca E B7 E Embuçalo a xucreza do velho Jayme B7 pra mesclar com o telurismo que há aqui F#m Abm A na poesia universal do Silva Rillo B7 E vou passar a vida cevando "um mate por ti" B7 E E no "canto claro do guri campeiro" B7 E milongueio Aureliano e Noel Guarany Um trago largo vai dando mais inspiração Abm pra o payador que canta o pago na essência F#m B7 busco na lida as razões pra um verso xucro F#m B7 E que traz nas rimas todo o encanto da existência B7 E velho mistério que o gaúcho tem consigo B7 E B7 este amor grande pela campeira querência E B7 E Vem de guri a mania de cantar verso B7 E de andar disperso payando o meu pago D C#m na boca da noite na quietude do galpão B7 E mais vale a ilusão no canto que eu trago D C#m do que a verdade crua que se vê nas ruas B7 E que deixa esse nosso mundo mais amargo.