De vida e tempo (Rogério Villagran / Edilberto Bérgamo) "CTG Brazão do Rio Grande - www.brazao.cjb.net" G D G Quando tapeio meu sombreiro sobre a nuca Bm Am o coração me cutuca, bate forte igual sincerro C D G sinto que o sangue pulsa mais forte nas veias Bb D G D parece que me arrodeia o assombro de "Martín Fierro" G Bm Me criei solto, correndo pelo banhado C gritando forte com o gado D G nos dias de lida bruta Em Bm no batovi, extraviei sonhos e mágoas C que se "olvidaram" com as águas D G das cheias do "reculuta" Em Em Cortei caminhos em culatras e fiadores Am D erguendo penas e amores num grito largo de venha Cm Gm rondei recuerdos em noites de calmarias D G aclimatando invernias da minha pampa "surenha" D G Trago nos tentos poncho emalado e saudade Bm Am de um tempo que foi verdade e a cada aurora rebrota C D G a vida passa e a "mala-suerte" se adoça Bb D G D depois que a espora faz "mossa" no contra-forte da bota G Bm Nasci num rancho quinchado de santa-fé C sou de junco e agua-pé D G caraguatá e japecanga Em Bm sou do Rio Grande, meu pago retrata a estampa C de touro que afia a guampa D G nos "cacurutu" da sanga Diz o ditado: que um fronteiro não se entrega e a raça buena não nega quando vem de pai pra filho trago na alma o corpo d'um peão de estância e uma tropilha de ânsias que tempo adentro encilho.