Estrelas de chão (Sergio C. Pereira / Luiz Marenco) 3º Lugar / 8º Acampamento - Campo Bom - 1991 "CTG Brazão do Rio Grande - www.brazao.cjb.net" Dm A O chuvisqueiro da tarde se foi virando aguaceiro Dm entrou a noite encardida nas nuvens de pernosco A galopeadita garoa, encharca o poncho campeiro Dm D pingam águas de sombreiros, destes mangaços de agosto G A a solidão toma conta e aperta a chuva guasqueada G A para lumbrar madrugadas, nem uma nesga de lua Dm A não se vê uma estrela nua vir se enfeitar nas aguadas D meu pingo fareja estrada, joga o freio e as cordas nuas A [e então tu surge solita, como a flor do parronal D como uma estrela bagual que ninho, pão e candeeiro Em A e meu gateado assustado que facilita, se nega G A D nem faz causo das macegas, só pra bombear teu luzeiro] Dm A Apressa o trote o cavalo com ganas de galopear Dm não há como sofrenar os queixos de um coração A o amarguear do galpão, já sinto adoçando a alma Dm D G e a tormenta só se acalma junto às estrelas de chão A Dm D amanhã, se o vento muda, se vão as nuvens "à lo léu" G A volto as estrelas do céu, clareando passos e ranchos Dm A mas tu, que embaixo das quinchas, vistes creser as melenas D segues templando morena, a raça bugra dos campos []