Funeral de Coxilha (Sérgio Carvalho Pereira/Luiz Marenco) "CTG Brazão do Rio Grande - www.brazao.cjb.net" E B7 Repouso o corpo tranqüilo, E no funeral da coxilha; terra bordada em flechilha, B7 é o catre de quem retorna; a terde em comprida forma, E de guanxumas e alecrins; B7 não há tristezas nem fins, E na morte que o campo adorna! B7 Não há tristeza no pio, E da perdiz siscando a vida; não há fim quando a partida B7 vai se tornando chegada; quem foi de campo e de estrada, E não quer melhor companhia; B7 que o largo das sesmarias, E E7 Am D G ao luxo de uma invernada! G Morreu num final de tarde, D entre pasto rebrotado; quando uma ponta de gado, G B7 buscava a paz de algum capão; A noite acende um clarão, E prendendo velas miúdas; Abm F#m em dois olhos de coruja, B7 E no castiçal de um moerão! B7 E o campo todo recebe, E corpo e alma em funeral; se tornará cinza e sal, B7 fundida com terra e água; e o choro da madrugada, E que entre seus pêlos entranha; B7 da brilho a teia da aranha, E na macega, deu pousada! B7 Por isso que minha gente, E jamais enterra um cavalo; o campo sabe cuidá-lo, B7 quando pra nós tudo encerra; a natureza não erra, E ressucita na coxilha; B7 nas flores da maçanilha, E trazem forças sobre a terra!