Na minha Solidão (Gujo Teixeira/Luiz Marenco)
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De repente as coisas mais comuns, me foram ausêntes,
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e o sorriso que andava no retrato, desbotou;
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de repente as saudades que habitavam, minha gente,
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me trouxeram lentamente, ao lugar aonde estou!

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Aqui na minha solidão, sou dono do meu tempo,
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e ele é quem me faz pensar, em mim;
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eu visito meus recuerdos e diviso, as distâncias,
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e ainda busco os meus limites, mesmo assim!

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[Não sei, porque não sei,
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porque tua voz, me faz ouvir;
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silêncios que não sei nem mais sentir,
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deixando tão ausêntes outras palavras!
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Que o tempo foi calando na garganta,
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perdendo a força que ele tinha e era tanta;
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parecendo que não vinha mais de mim!]

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Faz bem, pra mim, guardar e revirar, o meu passado,
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olhar pra trás e ver tudo mudado, os silêncios que eu tinha e perdi;
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faz bem, eu sei, recordar, tuas cores nos retratos,
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minha gente, tempo exato, das saudades que andavam por aqui!

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