Perfil de estrada e tempo 	(Eron Vaz Mattos / Luiz Marenco) 
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Dm				A
Pra quem nasceu como aurora
			 Dm
num encontro de coxilhas
	           A
tendo a cor das madrugadas
			Dm
tipo de raça andarilha
Gm			 F
semblante de primavera
A			 Dm
nas flores da maçanilha
			 A
João soltou boleadeiras
			 Dm
no cepilhado dos planos
			 A
estendeu laços nos ares
			   Dm
nas potreadas de araganos
Gm			 F
somando no marca talhas
A			  Dm
a incerta conta dos anos
			   C
[juntou pelos nas esporas 
		  F		Dm
queimados no tirador
			A
no arquivo das retinas
		     Dm
imagens de cruzador
			   A
quando o apoujo das noites
		      Dm
serenava um maneador]
			A
Amassou tantos pelegos
			Dm
no rugado das canhadas
			A
cevou muitos horizontes
			  Dm
com boieiras e alvoradas
Gm			 F
ramalhou buscando rumos
A			 Dm
no relento das estradas
			  A
Perfil de campo dobrado
			   Dm
ladeirando prá o banhado
		     A
açoita cavalo antigo
			 Dm
de copa cinza prateado
Gm			  F
sombra de touro ralhando
A		     Dm
num caponete povoado
			    C
[restos de tropas, fogões
			    F		Dm
sinuelo, apartes, rodeios
		          A
cinchando o gasto da vida
			Dm
na sedeira dos arreios
				A
quem modulou com a existência
			 Dm
pelo xergão dos anseios
			  C
reminiscência e distância
			    F		Dm
num par de esporas caladas
			 A
e os pelegos purilhados
			   Dm
descansando das troteadas
			   A
deixou impresso seu tempo
			  Dm
nos anais das invernadas]