Por um canto triste (João Carlos Fontoura) "CTG Brazão do Rio Grande - www.brazao.cjb.net" A A secura pelo mate D me trouxe ao rancho mais cedo Bm E e cantando sem segredo, A garboso, cheio de estilo, D não me veio de carrancho, E surgiu num canto do rancho A o canto triste de um grilo. Insistente no cantar D como criança em pergunta Bm E e o silêncio me assunta A porque o matear é sagrado, D meu coração é um navio, E o peito porto vazio A nesse mar abandonado. Então soltei a cuia D e peguei meu violão Bm E pra compor uma canção A a quem um dia partiu C#m nas asas do pensamento, Bm E fui me encontrar com o vento A cantando à beira de um rio. E seguiu contraponteando D ao triste ronco do mate, Bm E há um silêncio de aparte A quando um fica o outro vai D sempre depois da partida E sem passageiro de ida A sou um triste barco sem cais. E nessa triste canção D forgei meu estribilho Bm E e fui buscar o meu trilho A nas ondas longas do além, D como o silêncio é gelado, E o meu coração calado A se congelou também.