Rastos e Milongas (Eron Vaz Matos/Luiz Marenco) "CTG Brazão do Rio Grande - www.brazao.cjb.net" (falado) Firmei a mala do poncho, compus de novo os arreios cruzei as rédeas do mouro que vem atirando o freio sigo cantando milongas com assovios pelo meio. Cm G Ab G Meu verso não tem costeio mas tem alma de tahã Cm G Ab G cor de cinza e picumã que se perde céu acima Cm Bb Eb troca de pluma reanima faz ninho em peça postura G Cm chocando alma e lonjura prá descascar uma rima Fm Cm G Cm chocando alma e lonjura prá descascar uma rima Cm Ab Tem feições de cardo e tuna em meio a campos floridos Bb Eb e nos acordes sentidos com primavera nas mãos Ab Cm Ab libera a voz da emoção com ressabios e segredos G Cm e o que me falta nos dedos, me sobra no coração Bb Eb Deixar rastos e milongas sinais de cascos e esporas G Cm Fm Cm é como semear Rio Grande vida à dentro, campo à fora G Cm vida à dentro, campo à fora. (falado) A minha voz se confunde com a voz do vento zunindo que tendo rumo e destino também canta sobre os pastos e nos ermos campos vastos eu canto o que sei e penso sobre os varzedos imensos onde desenho os meus rastos Cm G Ab G Meu canto é parte de mim, anda comigo à cavalo Cm G Ab G por entre domas e pealos em tropas ou recorridas Cm Bb Eb com esperanças perdidas e saudades mal domadas G Cm com cicatrizes lavradas dos esporaços da vida Fm Cm G Cm com cicatrizes lavradas dos esporaços da vida Cm Ab Por isso tenho milongas entranhadas no meu ser Bb Eb e poucos hão de entender que meu verso pêlo duro Ab Cm Ab abre rasto prá o futuro, sesteia em sombras de molhos G Cm e guarda luas nos olhos para enxergar no escuro