Timbre de Galo (Aparício Silva Rillo e Pedro Ortaça) "CTG Brazão do Rio Grande - www.brazao.cjb.net" (G D) Rio Grande, berro de touro, quatro patas de cavalo. Quem não viveu este tempo, vive esse tempo a cantá-lo e eu canto porque me agrada neste meu timbre de galo. É verdade que alguns dizem que os tempos de hoje são outros, que o campo é quase a cidade e os chiripás estão rotos, que as esporas silenciaram na carne morta dos potros... Cada um diz o que pensa - isso aprendi de infância, mas nunca esqueça o herege que as cidades de importância se ergueram nos alicerces dos fortins e das estâncias. Não esqueça, de outra parte, para honrar a descendência, que tudo aquilo que muda, muda só nas aparências e até num bronze de praça vive a raiz da querência. Eu nasci no tempo errado ou andei muito depressa, dei ó de casa em tapera, fiquei devendo promessa mas se pudesse eu voltava pra onde o Rio Grande começa. E se me chamam de grosso, nem me bate a passarinha. A argila do mundo novo não tem a mescla da minha, sovada a cascos de touro, com águas de carquejinha... Rio Grande, berro de touro, quatro patas de cavalo ! Quem não viveu esse tempo vive esse tempo ao cantá-lo, e eu canto porque me agrada neste meu timbre de galo...