Urucubaca (Cabo João) "CTG Brazão do Rio Grande - www.brazao.cjb.net" E Nesse tal de mês de outubro o meu viver anda rubro B7 aqui pras banda do Palpaço Já falei pro tio Norato hay gado ilhado no mato E pois deu enchente no passo. Sou um índio aprevenido E7 mas me pegou distraído A essa chuvarada infame e na cruza lá da sanga B7 a ressaca se fez canga E e arrebentou os arame. Patrão velho olha pra baixo cuida desse pobre macho B7 nessa enrascada infinda o rancho perdendo a quincha do chapéu só tenho a vincha E pois ando de mal com a vida. Nessas noites de garoa E7 nem a cachorrada acôa A pra alegrar esse peão a lenha só faz fumaça B7 e ainda por desgraça E tô sem cordas no violão. Tão se terminando os vício tô ficando sem munício B7 a cosa tá ficando osca que miséria passa um homem bete frio e bate a fome E começa a apertar a rosca. O meu pingaço de fé E7 também me deixou de a pé A o que é ruim saiu da toca pois bateu o garrotilho B7 no meu cavalo tordilho E casco mol e pura broca. Qualquer índio se achica tô sem milho pra canjica B7 e sem farinha pra o mingau o rio já saiu da caixa e a sanga que era mais baixa E lá no passo não dá vau. Mas que baita urucubaca E7 tão morrendo tudo as vaca A tão pestiando meus bagual mas o meu santo não falha B7 no charque bateram as gralhas E e me limparam o varal.