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Toda sistematização é enganosa.

Com razão Kierkegaard prometia levantar-se do sepulcro se algum "professor" ousasse transformar suas obras em lições...

Perfeitamente de acordo. Não posso, entretanto,imaginar uma iniciação a qualquer problema - todo curso, afinal, não passa de uma iniciação - sem um mínimo de sistematização. Aceitemos as vantagens alertando-nos para seus inconvenientes.

Apontemos alguns

É evidente que toda a síntese filtra e empobrece a realidade. A divisão de escolas, estilos, linhas que não refletem com precisão o que de fato se passa na história e, em parte, obedecem as premissas subjetivas. Fossem outras as premissas e a sistematização, seria diferente. Heidegger já nos advertiu de que a história - Geschichte - não é um relatório mas uma interpretação.

Em particular a cronologia é sempre aproximativa. O fluxo da história não se processa por compartimentos estanques. O novo nunca é absolutamente novo, nem os processos consolidados coexistir com ele. Não se pode enquadrar os compositores em um único padrão ou dividir cartesianamente fases que reflitam com precisão suas posturas.

Seria errôneo supor que o caminhar da técnica se dê sempre em sentido progressivo ou que a sua evolução corresponda a evolução estética. A verdadeira arte, o artista de valor independem dos condicionamentos técnicos e cronológicos.

Não se preocupe o aluno. Deixar-se conduzir, certo de que se libertar dos esquemas. Na medida em que se familiarize com a grande música através da observação e do estudo, irá se libertando dos estreitos esquemas dos "professores"...

Nossa exposição se dovodorá e, três segmentos: Pré-Vanguarda, 1900 - 1922 Vanguarda histórica, 1923-1974 Post-vanguarda, 1975

Não será i,a história de ,úsica ou de músicos. Montaremos apenas referenciais que nos ajuidem a entender a música de nosso tempo inclusive a nossa, brasileira.

Por isso, não trataremos de compositores nacionais, deixando-os para outro trabalho.

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