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SENSIBILIZAÇÃO AO SOM

  1. FENOMENO SONORO

Os mais variados assuntos ao serem trabalhados com crianças devem partir de elementos ou situações já conhecidas e vivenciadas por elas. A música não é exceção. Quando o objetivo é sensibilizar ao fenômeno sonoro, todos os tipos de som, principalmente aqueles que fazem parte do dia-a-dia, devem ser explorados.

A importância do som emerge quando se sugere à criança imaginar o mundo sem sons. Evocando-se fatos e situações onde a sonoridade é absolutamente necessária, observa-se que, sem ela, o telefone, o despertador, a música e mesmo a fala não teriam razão de ser. Com o intuito de despertar a criança para os sons à sua volta, devem-se desenvolver atividades onde ela possa ouvir atentamente, ou seja, deve-se estimular a criança prestar especial atenção à aqueles sons não facilmente percebidos. Descrevemos a seguir alguns procedimentos utilizados para auxiliar neste tipo de sensibilização.

a. Atividade inicial:

As crianças aprendem a canção Sssilêcio, que age como elemento incentivador para as atividades de ouvir e escutar.

b. Audição de sons de fora da sala:

Canta-se a melodia aprendida e ao termina-la todos fecham os olhos por alguns instantes, para favorecer a concentração, e escutam os sons que ocorrem fora da sala de aula. Ao sinal do professor (previamente estabelecido), reabrem os olhos e relatam o que ouviram.

c. Audição de sons de dentro da sala:

Canta-se novamente a canção Sssilêncio e as crianças, de olhos fechados, se concentram para ouvir sons ocasionais ou produzidos intencionalmente pelo professor dentro da sala de aula. Ao sinal do professor, reabrem os olhos e contam o que ouviram.

d. Coleção de sons:

Como tarefa, o professor sugere às crianças que ouçam com atenção, diversos sons em sua casa, na rua ou no parque, por exemplo, e, entre esses, selecione os menos evidentes. Exemplo: som de torneira pingando, de borracha apagando sobre o papel, do pisar na grama. Durante a aula seguinte, os alunos relatam os sons ouvidos e os imitam com sons de boca.

e. Representação gráfica:

Depois de escolhidos alguns sons dentre os apresentados em aula, as crianças inventam uma representação gráfica para eles. Todos devem ter oportunidade de colocar suas idéias no quadro-de-giz, e a partir das sugestões de escrita expostas chega-se a um consenso sobre qual a representação que mais se aproxima do som em questão. É importante salientar que não se deve desenhar a fonte sonora, mas algo que represente o som ouvido. O zumbido da abelha, por exemplo, não deve ser traduzido pela figura da abelha, mas por algo que represente o som. Exemplo:

f. Exploração:

As crianças procuram objetos capazes de produzir sons (talheres, caixas, latas, papéis, gravetos etc.), evitando-se instrumentos musicais, e os levam à sala de aula. Cada um demonstra as diversas formas de resultado sonoro obtido pelo ato de raspar, bater, amassar, soprar, jogar ou sacudir esses objetos, para que o restante da turma, de olhos fechados, tente identificar a fonte sonora.

Na aula seguinte, novamente cada criança traz objetos diversos e os apresenta aos colegas, que devem opinar sobre possíveis relações existentes entre os sons produzidos e outros a que estes se assemelham. Exemplo: o bater de duas moedas, uma na outra, pode assemelhar-se ao tique-taque de um relógio de pulso.

Dentro da sistemática apresentada, podem-se introduzir mudanças, proporcionando diversidade de situações. É importante que a criança explore e perceba diferentes tipos de fontes sonoras, pois além de lhe dar prazer, essa experiência prepara-a convenientemente para etapas posteriores.